Destaques do Farense: tanto defenderam que se esqueceram de atacar
Zalazar disputa a bola com Merghem. Imagem: Hugo Delgado/Lusa

SC Braga-Farense, 2-0 Destaques do Farense: tanto defenderam que se esqueceram de atacar

Com exibições seguras, Ricardo Velho destacou-se ao impedir o SC Braga de marcar até onde pôde. Artur Jorge ficou aquém, permitindo que Bruma e El Ouazzani avançassem. No geral, o Farense lutou isolado e sem soluções eficazes

Ricardo Velho cedo começou a demonstrar que é um dos melhores guarda-redes da Liga, com defesas seguras e uma ou outra mais complicada, evitando o golo dos guerreiros. No primeiro dos bracarenses não teve qualquer hipótese, assim como no segundo.

Pastor foi subindo no terreno sempre que possível, mas faltou-lhe o requinte técnico em algumas ocasiões, falhando cruzamentos e embrulhando-se demasiado com a bola. Demasiado trapalhão. Artur Jorge falhou em duas ocasiões no primeiro golo do SC Braga, primeiro perdendo o duelo aéreo com Bruma e depois fica para trás, quando o mesmo muda de velocidade para fazer a assistência. Um jogo mal conseguido por parte do central português. Raul Silva é o responsável por controlar a linha defensiva e assume bem o papel de patrão, porém sempre com um estilo quezilento que lhe é característico, mas eficaz na grande maioria das ações, especialmente a jogar de cabeça.

Poloni teve nos pés a melhor ocasião dos algarvios, no primeiro tempo, numa aventura pelo ataque, mas o remate já junto a Matheus saiu direto ao guarda-redes adversário. Cláudio Falcão faz um trabalho, por vezes invisível, mas absolutamente necessário na forma como o Farense defende com as linhas muito juntas, compensando algumas subidas dos companheiros de equipa. Ângelo Neto muito esforçado, mas mais concentrado nas tarefas defensivas, sendo que ainda fez algumas faltas e uma delas valeu-lhe mesmo o amarelo.

Álex Millán esteve muito sozinho na frente de ataque e por isso, raramente, tocou na bola, estando apenas envolvido em batalhas com os centrais do SC Braga, mas em praticamente nenhum lance teve sucesso. Gio até entrou com tempo, mas não conseguiu demonstrar nada a mais do que os companheiros que tinham saído, tal como toda a equipa. Elves Baldé sofreu do mesmo mal, ficando demasiado sozinho na frente de ataque e se tocou uma ou duas vezes na bola foi muito. Não conseguiu acrescentar, nem sequer em saídas em velocidade que são o seu ponto forte.

As notas dos jogadores:

Ricardo Velho (5), Lucas Áfrico (5), Artur Jorge (4), Raul Silva (5), Pastor (5), Ângelo Neto (5), Cláudio Falcão (5), Derick Poloni (5), Miguel Menino (5), Bermejo (5), Álex Millán (5), Elves Baldé (5), Gio (5), Dario (5), Marco Moreno (-) e Merghem (-).