Destaques do Benfica: O rei chegou de bicicleta
Arthur Cabral marcou de bicicleta, D.R.

Destaques do Benfica: O rei chegou de bicicleta

NACIONAL29.01.202421:43

Arthur Cabral sobressaiu com golo fantástico, assistência e cabeçada à trave, meia assistência para o 3-1 de Otamendi

O melhor em campo: Arthur Cabral (8)

No início da partida, não parecia particularmente inspirado, mas foi-se envolvendo sem precipitações nos movimentos de ataque, começando a sobressair perto do intervalo. Bem servido por Di María ao minuto 38, acabou por fazer entrega a Bruno Brígido. O caminho mais fácil não é para ele, como se confirmaria ao minuto 44: novamente servido pelo argentino, escolheu o caminho difícil e, então sim, fez golo espetacular, matando no peito antes de disparar de bicicleta. Ao minuto 45+1’ , o que parecia um passe banal para Rafa transformar-se-ia em assistência. O nível manteve-se no segundo tempo e foi de uma bola que partiu da sua cabeça e que a barra devolveu a sair o 3-1, de Otamendi.

Trubin (5) — Começou por ter uma noite fácil para o guarda-redes do Benfica, limitando-se a deter, sem dificuldades, tentativas de Leo Jabá e Ronaldo Tavares, disparos muito parecidos, bolas rasteiras para a mão do ucraniano. Os problemas a sério começaram ao minuto 28, quando se viu frente a frente com Leo Jabá. Primeiro, deteve o cruzamento do brasileiro, mas a bola voltou direitinha para o mesmo pé e Trubin já não evitou que a bola disparada para a baliza lhe passasse entre as pernas. Demorou um pouco a levantar-se e a reagir. Aos 40’, porém, foi determinante perante Régis, com uma bela mancha, que obrigou o adversário a ir buscar a bola mais longe do que pretendia, o suficiente para ficar sem ângulo para visar a baliza. E falhou. 

Aursnes (5) — Primeira parte difícil, não conseguindo aparecer em termos ofensivos e ausente defensivamente no lance do golo de Leo Jabá. Estava adiantado, no meio campo adversário, e não teve tempo de reagir depois de a bola mudar de lado. Aos 64’, sobressaiu finalmente do ponto de vista ofensivo, com passe impecável para João Mário. Estava com vontade de fazer qualquer coisa, aos 66’ apareceu na marca de penálti a tentar visar a baliza. Ainda experimentou o lugar de João Mário.

António Silva (5) — Não evitou a fuga de Leo Jabá, mas divide responsabilidades com Otamendi. Sofreu com a mobilidade do brasileiro na primeira parte, mas recompôs-se na segunda.

Otamendi (5) — Perda de bola comprometedora ao minuto 19, depois, aos 28’, partilha culpas com António Silva em relação à abordagem a Leo Jabá, que escapou mesmo, aos 40’ chegou primeiro à bola do que Régis, mas cortou a bola contra o corpo do adversário, permitindo que fugisse para a área. O intervalo foi como que um respirar de alívio para o central argentino. Parecia outro no segundo tempo, mais a mais com o brinde do 3-1, recarga fácil depois de ver a bola de Arthur Cabral ser devolvida pela trave.

Morato (5) — Mau passe ao minuto 7, sem consequências, serviu de alerta. Depois desse momento  colocou a cabeça no sítio.

João Neves (6) — Pouco espaço para progredir, sempre muito marcado. Esteve perto do golo ao minuto 60’, mas João Reis impediu a festa, oferecendo o corpo. O pequeno jogador do Benfica foi valente em jogo durinho.

Kokçu (6) — Belo livre direto aos 11’, bela defesa de Bruno Brígido. De resto, foi primeira parte de sofrimento, de queixas sobre a dureza dos adversários. Saiu para o balneário ao intervalo a coxear e com cara de poucos amigos. Acabaria por não regressar para a segunda.

Di María (7) — Primeira parte bem espremida significa dois grandes passes para Arthur Cabral, um deles a dar golo. O pé esquerdo fez de tudo e ainda apareceu no pontapé de canto de onde nasceu o golo de Otamendi.

Rafa (7) — Apareceu tarde no jogo, mas ao minuto 45+1’ disparou impecavelmente para o 2-1, consumando a reviravolta. Aos 50’ atirou por cima, quando estava em excelente posição — deve pedir responsabilidades ao seu pé esquerdo. Ao minuto 56, nova ocasião perdida, desta feita por mérito de Brígido.

João Mário (6) — Tentou a sorte aos 37’, bola sofreu desvio e saiu à figura, e foi visto em boas recuperações defensivas. Fez bom passe, deixando Rafa em posição de marcar e poderia ter feito melhor aos 64’: bem servido por Aursnes, atirou forte, para a bancada. Foi boa ajuda para Morato.

Florentino (6) — Boa pressão, boa recuperação ao minuto 50, que rendeu oportunidade para Rafa.

Marcos Leonardo (6) — Entrou aos 75’ e não entrou muito bem, mas tudo mudou perto do fim, quando, aos 90+3’, recebeu de Neres e escolheu o lado da baliza para marcar.

Neres (5) — Entrou aos 75’. Concentrado, foi rápido a recolher a bola passada por...Pedro Sá e a servir Marcos Leonardo.

Bah (5) — Entrou aos 75’, regresso três meses depois da lesão. Cumpriu.

Rollheiser (-) — Entrou aos 87’, para a estreia de águia ao peito.