Mundial Feminino-2023 Despedida de Megan Rapinoe: «Tem um certo humor negro...»
O Melbourne Rectangle Stadium, na Austrália, estádio do Suécia-Estados Unidos deste domingo e do Colômbia-Jamaica de segunda-feira (9 horas), último dos seis jogos nele previstos, foi uma autêntica tumba para os sonhos de despedida em grande das três lendas que elegeram este Campeonato do Mundo da Austrália/Nova Zelândia para encerrarem as carreiras nas respetivas seleções de futebol feminino.
Marta, de 37 anos, do Brasil, Christine Sinclair, de 40, do Canadá, e Megan Rapinoe, 38 anos, dos Estados Unidos, viram os percursos no torneio terminarem neste recinto de Melburne, na sequência dos desfechos inesperados dos jogos das suas equipas frente à Jamaica (0-0) e Austrália (0-4), respetivamente, no caso das duas primeiras logo na fase de grupos e sem o ambicionado recorde histórico de golos marcados em seis Mundiais diferentes.
Já a norte-americana, conseguiu chegar aos oitavos, fase em que perdeu com a Suécia (4-5), mas despediu-se igualmente em lágrimas, após anunciar, em julho, a intenção de retirar-se, finda a temporada na liga norte-americana de futebol feminino (NWSL), em outubro.
«É sempre triste. Deixar algo que amo e faço desde que criança... Mas sinto que me retiro de sorriso no rosto, consciente do incrível espaço que o futebol [feminino] ganhou, do impacto que causei e de todos os sucessos que tive. Estou muito agradecida», expressou aos jornalistas a avançada e n.º 15 dos Estados Unidos, terminado, para ela, o quarto e último Mundial.
«Sinto-me tão sortuda e grata por ter conseguido jogar tanto tempo e em tantas equipas de sucesso e por fazer parte de uma geração muito especial que fez tanto dentro e fora do campo, que seria difícil sentir-me desapontada de alguma forma. Obviamente, há esta deceção imediata de estar fora do torneio, mas estou bem. Sinto-me em paz», acrescentou.
Porém, não conseguiu evitar as lágrimas, ao refletir sobre o percurso de jogadora. «Adorei cada momento da minha carreira. Vou sentir muita falta disto. Mas também me parece ser este o momento certo. E não deixa de ter um certo humor negro falhar um penálti no final deste jogo...», concluiu Megan Rapinoe, já a sorrir.
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