E. Amadora-V. Guimarães, 2-2 De penálti em penálti até ao empate final
Vitória de Guimarães esteve duas vezes em vantagem, mas não soube segurar os três pontos. Minhotos não ganham para a Liga há quatro jogos; Estrela soma sexto ponto e mostra qualidade
O Vitória de Guimarães voltou a não ganhar. É o quarto jogo consecutivo dos vimaranense sem conseguirem somar três pontos e na Reboleira por mérito de um Estrela, que foi duas vezes atrás do resultado e nos últimos minutos até esteve muito perto de vencer. Com sete alterações em relação ao jogo europeu, a equipa de Rui Borges pode queixar-se do erro de Manu a fazer um penálti desnecessário, mas também por não ter conseguido acabar com o jogo no momento de maior sofrimento para a formação da casa.
O jogo teve praticamente 22 minutos sem que uma ou outra equipa criassem oportunidades. O primeiro lance a criar algum burburinho aconteceu com cruzamento de Nilton Varela ao qual Bucca respondeu com remate de cabeça ao lado.
A jogar com três centrais e Danilo Veiga (na direita) e Nilton Varela (na esquerda) muito subidos, o Estrela da Amadora conseguiu sempre equilibrar o jogo e evitar que o Vitória de Guimarães criasse perigo. Assim, lutava-se muito a meio-campo, sem oportunidades numa e noutra baliza.
Até que num canto (bem) estudado, Tiago Silva colocou a bola na entrada da área e de primeira Nuno Santos fez um grande golo com o intervalo muito próximo.
Rui Borges pedia atenção à sua equipa para o pouco que faltava do jogo. Sentia o perigo e os receios confirmaram-se: lance confuso, a bola em Nilton Varela, que fez cruzamento tenso que foi direitinho para a cabeça de Bucca, que já tinha marcado na vitória ao Moreirense e voltou e ser eficaz.
No segundo tempo houve mais Vitória, mas não deixou o Estrela de procurar sair em transições rápidas. Se antes tudo se jogava no meio-campo e quase sempre no centro do terreno, o Estrela ia procurando os flancos, principalmente depois da boa entrada de André Luís.
Até que o minuto 65 é madrasto para o Estrela da Amadora. Dramé tem entrada desnecessária sobre Samu e António Nobre não tem dúvidas e assinala penálti. Tiago Silva correu para a bola, assumiu a responsabilidade e marcou. Foi o numero 10 que fez a diferença neste jogo de muitos duelos individuais.
Parecia controlado o jogo, mas o Estrela arriscou subiu linhas, mas foi num erro de Manu que viria a empatar. Dramé, que tinha feito a falta que castigou a sua equipa com o segundo golo, foi à área contrária e foi travado à margem da lei por Manu. Voltava o jogo a ficar empatado.
De novo Rui Borges a arriscar, a passar de uma formação com mais cautelas para uma equipa a correr riscos, mas nos últimos minutos foi o Estrela a equipa mais perigosa, com Rodrigo Pinho e André a ameaçarem.