Daniel Sousa: «Vitória é um convite irrecusável»

NACIONAL26.12.202416:20

Treinador foi apresentado e revelou que o apelo por treinar um clube com uns adeptos tão apaixonados foi muito forte; técnico admite que tem de perceber aquilo que estava a ser bem feito pelo seu antecessor

O Vitória de Guimarães apresentou Daniel Sousa - assinou contrato até 2026 - que nas primeiras palavras como treinador dos conquistadores fez questão de salientar a importância dos adeptos e de como também o ajudaram a aceitar este desafio.

«Vou ter de rever um ‘lugar-comum’ no futebol, que é o do elogio aos adeptos do V. Guimarães, pois quem é apaixonado pelo futebol sabe perfeitamente da intensidade com estes vivem o clube. Quando recebi o convite, pensei que era uma coisa perfeitamente lógica aceitar. Tinha manifestado junto de pessoas próximas que o meu próximo passo poderia passar pelo estrangeiro, mas apareceu o Vitória. Pelo projeto e pelos adeptos era irrecusável.»

O treinador, de 40 anos, entende que a exigência do clube é a de ganhar, sendo que também admitiu que precisa entender tudo o que vinha a ser feito pelo seu antecessor Rui Borges, que saiu para o Sporting.

«Por princípio respeitamos aquilo que tem sido feito pelos treinadores anteriores. Confio nessa nossa capacidade para perceber o que foi bem feito. Claro que a urgência de ganhar é imediata, seja qual for a sequência de resultados, sendo que é mesmo isso que aumenta a pressão sobre o treinador. Queremos ganhar todos os jogos. Essa tem de ser a mentalidade desde o início. A forma como vamos gerir a semana de trabalho pode ter mais implicações nos resultados do que a obrigação de ganhar, porque aqui é para ganhar todos os jogos.»

Daniel Sousa aponta já a um triunfo, este domingo, frente ao Farense, na 16.ª jornada da Liga, pois é de vitórias que se vive e sobrevive no futebol. O técnico também confessou que esteve atento ao nosso campeonato, depois da saída do SC Braga e, por isso, está a par daquilo que o V. Guimarães tem feito.

«Tento seguir a filosofia de respeitar a essência do futebol e isso passa por ganhar, isso define o jogo. Queremos ganhar, a começar pelo próximo fim de semana. Todo este processo está a ser rápido e tem de ser acelerado, mas tudo o que queremos é ganhar o próximo jogo, aproveitando o que de bom tem sido feito e introduzindo já algumas das nossas ideias. Faz parte da vida de um treinador acompanhar os campeonatos. O Vitória é uma das equipas que fui seguindo, não por uma questão de potencial entrada. Claro que ontem, em particular, estive a estudar o plantel com mais afinco.»

Já António Miguel Cardoso, presidente do V. Guimarães, começou por dar as boas-vindas ao novo timoneiro da equipa principal do emblema minhoto.

«Estamos muito contentes com um mister que já acompanhámos há bastante tempo. Rapidamente entrámos em contacto e acertamos agulhas. Vamos começar já a trabalhar, com treino à tarde. Damos as boas-vindas ao mister que a partir deste momento terá um clube, uma cidade e uma região a lutar por si.»

O presidente ainda esclareceu os pormenores que envolveram a saída de Rui Borges para o Sporting.

«Todos os clubes têm formas diferentes de pensar. Não pedimos os 30 dias, porque, a partir do momento em que um treinador manifesta vontade de sair, para nós sai cinco minutos antes. Respeito a posição do Rui Borges em relação à ida para o Sporting. Fiquei surpreendido, mas faz parte do futebol. Não exigimos mais 30 dias ao Rui Borges, porque sentimos que era preciso mudar. Houve uma negociação com o Sporting e com os adjuntos e para o Moreirense não será 50 por cento, como se tem dito, mas será um valor aproximado.»