Da Suíça a Alemanha, não faltará apoio ao Vitória de Guimarães

Encontro entre o Vitória de Guimarães e o Zurique tem início às 18 horas (19 horas locais).

A poucas horas do encontro entre o Vitória de Guimarães na Suíça, os adeptos vitorianos estão reunidos na praça Bahnhof Altstetten, em Zurique, onde apoiantes de vários pontos da Europa aquecem antes do apito inicial da primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga Conferência.

Em conversa com A BOLA, Manuel Fernandes, de 57 anos, confessa que os sacrifícios que faz pelo clube valem «a pena». Contudo, o «clube tem de dar algo em troca», referindo-se ao bom rendimento da equipa dentro de campo, esperando que «os jogadores deem o litro» no jogo desta tarde, cujo início está agendado para as 18 horas (19 horas locais).

Este adepto da cidade vimaranense gastou cerca de 500 euros, entre voo e alojamento, para apoiar a equipa nas competições europeias.

Ricardo Dias, que vive fora de Portugal há 13 anos, conta que se mudou para a Suíça devido «aos maus caminhos» que a vida estava a tomar, dizendo ainda que o país que o acolheu oferece melhores condições.

«Estou aqui e consegui alcançar e comprar certas coisas que, se calhar, em Portugal seriam impossíveis», disse Ricardo Dias, afirmando que, sempre que pode, acompanha os jogos. «Vejo sempre os jogos do Vitória na televisão. Nos jogos importantes, desloco-me a Guimarães. Sempre que vou de férias e há jogos, vou ver. Sinceramente, já não sou aquele adepto que era há 10 anos. Mas, pela televisão, vejo sempre.»

Ricardo Dias mostrou-se confiante para a época 2024/25, contudo, alertou para a necessidade de «estabilidade financeira». A mesma opinião é partilhada por Paulo Abreu, de 29 anos, residente em Nuremberga, na Alemanha.

«Acho que o quarto lugar é o mínimo que os adeptos pedem a cada ano, ficar sempre à frente do SC Braga ou dos três grandes. Acho que, se conseguirmos manter essa estabilidade de ficarmos sempre em quarto ou quinto lugar, juntamente com uma estabilidade financeira, o clube será melhor. Podemos depois ambicionar mais, como continuar a qualificar-nos para as provas europeias», disse Paulo, que destacou a alma vitoriana, diferente das demais.

«Quando o clube não está bem, ou quando não ganha, conseguimos sempre arrastar multidões atrás do clube, mesmo nas piores horas. Acho que essa é a grande diferença para os outros clubes. O Vitória confunde-se com a cidade, que é algo intrínseco: quem é de Guimarães é do Vitória, e mesmo pessoas que possam não ser do Vitória respeitam o clube, respeitam a identidade e respeitam os adeptos. Acho que essa é a nossa maior valia, e os adeptos vão ser sempre a força do clube. É um clube especial; é a forma como se vive o clube», diz o adepto, que percorreu 400 quilómetros para apoiar a equipa.

São esperados cerca de dois mil adeptos vitorianos no Estádio Letzigrund, em Zurique.