«Sou treinador de futebol, não sou milagreiro»
António Oliveira não gostou de comentários à exibição do Corinthians após garantir oitavos da Taça do Brasil: «Estavam à espera de quê, de um 10-0?»
António Oliveira, treinador do Corinthians, lembrou que o objetivo frente ao América era garantir a passagem aos oitavos de final da Taça do Brasil e que esse propósito foi alcançado, desvalorizando comentários à atuação da equipa perante um adversário da Série D, com orçamento inferior.
«Não há jogos iguais. Contra o Fluminense passámos sufoco? Não, claro que não. Contra o Argentinos Juniors passámos sufoco? Estamos a falar de um jogo que foi há sete dias e foram os mesmos jogadores, portanto, não há jogos iguais, porque os adversários são diferentes, colocam-nos problemas diferentes e temos que arranjar as melhores soluções. Isto aqui não é PlayStation nem Football Manager. Estamos a lidar com pessoas, independentemente de investimentos. A nossa obrigação perante o América era passar. Estavam à espera de quê, de um 10-0?», questionou.
«Fizemos o nosso trabalho, fizemos bem, os jogadores estão de parabéns e merecem aquilo que estão a viver dentro das dificuldades que temos sentido», salientou o técnico português, reforçando: «O importante é o resultado final, porque somos sempre julgados pelo resultado. Se não ganhássemos era porque não criávamos e tínhamos dificuldade. Ganhámos, é a mesma situação.»
«Sou treinador de futebol, não sou milagreiro, mas aquilo que os jogadores têm feito tem sido de grande qualidade e deve ser valorizado e não arranjar aí situações para criar mais o pânico porque quando uma equipa cria 30 finalizações não é porque teve grande dificuldade. Se uma pessoa for intelectualmente honesta, percebe que a quantidade de vezes que a bola era bloqueada batia em toda a gente, acabou por bater e entrar no fim. A vitória foi merecida, um dia vamos ganhar 3-0, outro dia vamos ganhar 2-1. O importante aqui é ganhar. Porque se ficar 0-0 vão criticar na mesma. O importante aqui é ganharmos porque as vitórias trazem-nos confiança», sublinhou.