Copa América: só não dá para James Rodríguez assistir Di María
James e Di María são duas figuras das respetivas seleções
Foto: IMAGO

Copa América: só não dá para James Rodríguez assistir Di María

Desde 2008, todos os títulos que a Argentina venceu tiveram golos de Di María na final. James Rodríguez é recordista de assistências numa só edição da prova, com seis; nove jogadores já passaram por Portugal

A Argentina procura o terceiro de três títulos consecutivos. Ou, melhor dizendo, o quarto: além da Copa América de 2021 e do Mundial 2022, a albiceleste também conquistou a Finalíssima, disputada frente à Itália, vencedora do último Euro.

São três finais vencidas com um elemento em comum: Ángel Di María marcou em todas. Aliás, el Fideo não marcou só nestas três consecutivas: em 2008, a Argentina foi campeã olímpica, com uma vitória por 1-0 frente à Nigéria. O marcador do golo decisivo? Di María, pois claro.

O extremo, que passou a última temporada no Benfica, já leva, então, cinco galardões pelo seu país - só no Mundial sub-20, em 2007, não marcou. Além disso, já somou mais três finais, em 2014, 2015 e 2016. Não marcou em nenhuma delas e… a Argentina perdeu. O golo de Di María é, portanto, talismã para o conjunto que procura somar o quarto troféu em três anos, naquele que será o seu último jogo com a camisola do seu país.

Pela frente, o adversário é tudo menos incapaz. Se, por um lado, a caminhada da Argentina foi relativamente tranquila, a Colômbia liderou o seu grupo, que também tinha o Brasil, e bateu, nas meias-finais, o Uruguai, que tem vindo a ser elogiado pela qualidade do seu futebol. Já leva 28 jogos consecutivos sem perder – o último foi em 2022, precisamente frente à Argentina.

Se, à partida, Luis Díaz, ex-FC Porto que atua no Liverpool era a grande figura dos cafeteros para este torneio, é outro antigo dragão que está num nível sensacional e, até, inédito. James Rodríguez, que há muito alcançou o ocaso da sua carreira de clubes (reforçou, recentemente, o Vasco da Gama, do Brasil), está a mostrar o seu melhor nível com a camisola do seu país, 10 anos depois de ter sido o melhor marcador do Mundial 2014. Em cinco jogos, James já marcou uma vez e assistiu… seis! É um recorde absoluto, que ultrapassa Lionel Messi que, em 2021, ofereceu cinco tentos aos colegas.

Portugal em peso

Neste duelo decisivo, Portugal tem peso importante. Di María, sem contrato, passou duas vezes pelo Benfica e pode continuar na próxima temporada, ao passo que foi no FC Porto que James Rodríguez se lançou para os grandes palcos do futebol. Além destes dois, há, de parte a parte, mais sete atletas que passaram por Portugal. Na albiceleste, Otamendi é jogador do Benfica e Enzo Fernández já o foi, enquanto Marcos Acuña representou o Sporting. Também pelos leões jogou Santiago Arias, lateral colombiano, colega de seleção de Uribe, Juan Quintero e Luis Díaz, todos eles ex-portistas. No total, nove dos 52 atletas que vão a jogo representaram o futebol português.