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UEFA Ceferin defende tetos salariais: «Se os mesmos cinco clubes ganham sempre...»
Aleksander Ceferin diz que é possível criar um limite salarial no futebol europeu, à semelhança das ligas norte-americanas. O presidente da UEFA admite que as normas atuais de controlo financeiro «não são suficientes» e espera que a mudança chegue «o mais rápido possível».
«Temos de pensar seriamente em cortes salariais porque se o orçamento continuar a disparar, o equilíbrio competitivo torna-se problemático. Se os mesmos cinco clubes ganham sempre, já nada faz sentido», afirmou.
Reeleito a 5 de abril, o esloveno, de 55 anos, concedeu uma entrevista à plataforma Men in Blazers, com o objetivo de discutir as problemáticas do futebol europeu, sublinhando que luta constantemente para combater a retórica de muitos adeptos de que «o futebol é só sobre dinheiro», mas, revela, sem grande sucesso. «Eu repito milhares de vezes que distribuímos 97% do dinheiro e ninguém quer saber», desabafou.
Quanto à relação entre a UEFA e a FIFA, Ceferin admite sem rodeios: «É uma relação complicada, estaria a mentir se dissesse o contrário. Somos, financeiramente, três a quatro vezes maiores que a FIFA e eles sempre tiveram problemas com a riqueza da UEFA. Eu diria que nós somos mais futebol e eles são mais política», concluiu, sempre em tom de rivalidade.
O entrevistador confrontou Ceferin com uma declaração sua, em que referiu ter conhecido mais criminosos no mundo do futebol do que em 25 anos no direito penal. «Tem de se compreender que o futebol é uma indústria que envolve milhões, poder e influência, potenciado pela paixão [futebolística]. Isso vai atrair pessoas boas e más», resguardou-se o dirigente esloveno.
O líder da UEFA admitiu ainda a possibilidade de haver encontros da Liga dos Campeões nos Estados Unidos da América, algo a ponderar depois de 2025.
Veja a entrevista completa, publicada no Men in Blazers:
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