Yannick Carrasco partilhou balneário com João Félix na difícil caminhada do português no Atlético de Madrid de Simeone
Yannick Carrasco fez história com a camisola do Atlético de Madrid vestida e partilhou balneário com João Félix quando o português se transferiu para o clube no verão de 2019. Hoje Carrasco é jogador de Vítor Pereira no AL Shabab, da Arábia Saudita, e em conversa com A BOLA e o Maisfutebol recorda o tempo do internacional português em Madrid: «Todo o mundo do futebol sabe que o João é um jogador com muito talento. Nasceu com muito talento, mas nota-se que no futebol às vezes o talento não é o mais importante, também é a disciplina, estar concentrado e trabalhar. O Atlético é uma equipa tão fácil, porque lá pede-se muito esse esforço, e não só jogar com talento. Nota-se que com o mister foi um pouco difícil, mas como é um jogador com muito talento, sempre encontrou equipas de topo, como o Barça, o Chelsea, ou o Atlético. Eu desejo-lhe tudo de bom, e vai crescer ano após ano, porque chegar tão jovem a um clube tão grande como o Atlético, com a pressão de uma transferência tão cara, não é fácil. Acho que tem melhorado e espero que seja feliz no Chelsea, e que ele possa demonstrar isso ao mundo inteiro.»
Mas, o que falhou na atitude de João Félix? Nada, garante Carrasco, reforçando: «A atitude dele foi boa, mas pode ser que não tenha feito o que o mister pediu. Quando és jovem todos os ofensivos querem atacar e não defender, e às vezes pode ser que não tenha defendido o suficiente, como o mister queria. Às vezes os sistemas não entram no estilo de jogo, até do melhor jogador do mundo. Foi um momento difícil para ele no Atlético, mas se lembrarmos os primeiros momentos no Atlético, ele também fez jogos com muito talento. Noutros o mister pode ter gostado um pouco menos do seu estilo de jogo.»
O internacional belga, filho de mãe espanhola e pai português, recorda que o início da própria carreira também foi difícil: «Para mim também foi assim difícil quando cheguei jovem ao Atlético, vindo do Mônaco. Durante três meses não joguei. Depois ganhei a minha posição, tive de mudar o chip na minha cabeça. Há jogadores que custa um pouco mais, depende de cada jogador, eu tive sorte que a minha cabeça fez o clique, porque senão ao fim de seis meses eu tinha de sair, se não mudasse o chip.»
A BOLA foi até Riade, a convite da Liga saudita, conhecer melhor a realidade de um país cada vez mais falado no futebol. No AL Shabab, de Vítor Pereira, há uma estrela belga, que tem pai português, com ligações a Elvas e a Campo Maior