Caio de mão cheia não chegou para secar o dragão: os destaques do Moreirense
Caio Secco, guarda-redes do Moreirense, ganha lance a Namaso (Grafislab)

Caio de mão cheia não chegou para secar o dragão: os destaques do Moreirense

NACIONAL31.10.202423:17

Guarda-redes brasileiro foi o melhor na eliminação dos cónegos diante do FC Porto

A figura: Caio Secco

O brasileiro de 33 anos, há sete a jogar em Portugal, tem estado na sombra do compatriota Kewin Silva está época, mas mostrou que César Peixoto tem uma excelente alternativa no banco, caso precise. Não teve um jogo de trabalho extenuante, fruto da boa exibição dos homens que tinha à sua frente, mas as defesas com que negou o golo a Namaso (54), Galeno (69) e Mora (90+2) são intervenções de grande qualidade.

Apesar do domínio portista, Caio Secco passou a 1.ª parte com muito pouco para fazer. Uma ou outra saída a cruzamentos e a incredulidade pela ‘traição’ de Buta foi aquilo que mais ficou marcado na exibição do brasileiro. No segundo tempo, porém, começou logo com uma grande defesa a negar o golo a Namaso. Já depois de ter sofrido o golo de Eustáquio, voltou a destacar-se após remate de Galeno e viu Samu falhar a recarga de forma incrível. Mesmo a fechar, ainda negou o golo a Zé Pedro e fez o mesmo a Rodrigo Mora. Uma mão cheia de defesas que não valeu de muito.

O capitão Carlos Ponck liderou a defesa com uma exibição que só foi manchada pela forma como foi ultrapassado por Eustáquio no segundo golo – descrição que se podia repetir para Fabiano, trocando o nome do autor do golo pelo de Galeno, que assistiu. Ainda na defesa, Buta bem tentou corrigir o autogolo de apanhados que ajudou o FC Porto a desbloquear o jogo, mas não foi capaz de bater Cláudio Ramos três minutos depois do lance de infelicidade, ele que foi o único com remates enquadrados nos primeiros 45 minutos: um em cada baliza.

Sidnei Tavares também sai do Municipal de Aveiro com nota positiva e foi um dos esteios defensivos que ajudou a travar os dragões durante tanto tempo. Colocado à frente da defesa, cortou linhas de passe, espaços e o caminho para a baliza.

E se atrás a consistência coletiva foi notável, faltou melhor acompanhamento ofensivo a Gabrielzinho. Foi sempre pelo brasileiro que a equipa tentou sair, como se viu no lance em que Buta ficou perto de marcar. Protagonizou depois ele mesmo os dois lances mais perigosos do Moreirense na 2.ª parte, ambos negados por Cláudio Ramos.

Notas dos jogadores: Caio Secco (6); Fabiano (5), Maracás (5), Ponck (6) e Buta (4); Sidnei (6) e Ismael (5); Benny (5), Pedro Santos (5) e Gabrielzinho (6); Asué (5); Ofori (5), Alan (5), Schettine (5), Madson (5) e Gilberto Batista (5)