Boavista-Farense: axadrezados em marcha-atrás, algarvios a acelerar
Bancadas do Estádio do Bessa devem estar bastante preenchidas no duelo desta tarde entre panteras e alvinegros (ASF)

Antevisão Boavista-Farense: axadrezados em marcha-atrás, algarvios a acelerar

NACIONAL12.11.202308:00

Portuenses levam cinco jogos consecutivos para a Liga sem vencer e recebem hoje o Farense em boa cadência, à procura da terceira vitória consecutiva

Hoje, com início às 15:30h e em jogo da 11.ª jornada da Liga, o Bessa é palco de um confronto entre duas equipas em contraste. Longe vão os tempos de euforia do Boavista, que chegou a liderar no início do campeonato, em contraponto com a corrida de trás para a frente do Farense que, paulatinamente, está em crescimento na classificação: os algarvios, com 13 pontos, subiram a lugar tranquilo, a somente dois pontos dos axadrezados.

Depois de um início com fulgor, os boavisteiros vêm perdendo gás e para o campeonato não vencem desde a 5.ª jornada. Neste hiato, o único resultado positivo foi obtido na Taça de Portugal, diante da Oliveirense. E, treze dos quinze pontos conquistados pelos axadrezados, foram alcançados nesses cinco primeiros jogos.  Será, pois, um Boavista animicamente em baixo e pressionado, com duas derrotas consecutivas sem marcar qualquer golo, e em que nos últimos seis jogos venceu apenas a Oliveirense para a Taça de Portugal, que tentará dar um pontapé na crise de resultados, sabendo Petit – que foi expulso no jogo com o Rio Ave e não vai poder sentar-se hoje no banco de suplentes – que a tarefa não será fácil, até porque a sua equipa, além das dificuldades de finalização dos tempos recentes, ainda não encontrou a estabilidade defensiva, tendo sofrido golos em todas as 10 jornadas já realizadas. 

Em contrate positivo está o Farense, que venceu os dois últimos jogos que realizou na liga (4-3, ao Rio Ave e 2-0 ao Arouca), antecedidos de um empate a zero com o Vizela, o que confere uma invencibilidade de três jogos, na competição. A produção das duas equipas também apresenta dissemelhanças, com os algarvios a marcarem dois ou mais golos nos quatro últimos jogos, com o rendimento defensivo a deixar invioladas as suas redes em três dos 10 encontros que já disputou no campeonato. Agora, no Bessa, os algarvios vão tentar vencer pela terceira vez consecutiva, o que a acontecer, determinará a ultrapassagem ao seu adversário desta tarde. André Narciso (AF Setúbal) vai arbitrar o jogo e no VAR vai estar Hugo Miguel (AF Lisboa).

No histórico de confrontos, Boavista e Farense já se defrontaram por 55 vezes, com vantagem dos axadrezados: 23 vitórias, contra 15 dos algarvios. Na liga realizaram-se 48 jogos entre os dois clubes e os boavisteiros mantêm a vantagem sobre os algarvios, com 20 vitórias, 17 empates e 11 triunfos do Farense, assim como nos confrontos no seu reduto, com 18 vitórias em 28 jogos, com os Leões de Faro a obterem quatro. No entanto, o Farense não perdeu os dois últimos jogos entre ambos, realizados em 2020/2021, e venceu também nas duas últimas deslocações que efetuou ao Bessa. A última vitória do Boavista em casa frente ao Farense aconteceu na época do título de campeão dos axadrezados, em 2000/2001, com um golo de Elpídio Silva a determinar o resultado. Petit, treinador dos axadrezados, fazia parte do plantel e vai agora assinalar frente ao Farense, o 350.º jogo como treinador principal.

BOAVISTA

Sistema: 4x3x3

Onze provável: João Gonçalves; Salvador Agra, Chidozie, Abascal e Bruno Onyemaech; Makouta, Seba Pérez e Miguel Reisinho; Masaki Watai, Róbert Bozenik e Tiago Morais

Lesionados: César, Malheiro e Dabó

Castigado

Figura: Róbert Bozenik. Apesar de não faturar para o campeonato desde a 5.ª jornada, em que bisou na vitória do Boavista diante do Chaves, o avançado eslovaco de 23 anos, tem sido sempre um dos elementos mais perigosos da equipa boavisteira, que bem precisa dos seus golos para voltar a trilhar o caminho do sucesso do início de época. Bozenik já marcou seis golos em 2023/2023, cinco dos quais no campeonato, e soma três assistências.

Petit, treinador do Boavista: «Sabemos do momento em que estamos, nem éramos os melhores no início, nem agora somos os piores. Sabemos que estamos numa fase menos boa e que temos de continuar a trabalhar da mesma forma quando estávamos a ganhar. Compreendo a desilusão destes cinco jogos sem resultados positivos. Não é por falta de atitude nem compromisso. Trabalhamos da mesma forma, sabemos que o Farense vem de duas vitórias seguidas. Tem feito golos, bem trabalhada e com um treinador bastante experiente, com jogadores com maturidade e alguns que já trabalharam comigo. Que é composta por um sistema 4x3x3, com boas dinâmicas. Esperamos dar uma boa resposta perante os nossos adeptos, é essa a nossa ambição.»

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FARENSE

Sistema: 4x3x3

Onze provável: Ricardo Velho; Fran Delgado, Gonçalo Silva, Zach Muscat e Talocha; Fabrício Isidoro, Cláudio Falcão e Mattheus Oliveira; Elves Baldé, Bruno Duarte e Marco Matias

Lesionados: Jhon Velasquez e Zé Luís

Castigado

Figura: Bruno Duarte. O avançado vive os melhores dias desde que chegou ao Farense, destacando-se no último encontro com o Arouca, com um golo e estando na génese de outro. Nos últimos quatro jogos, o brasileiro de 27 anos, que só ganhou a titularidade na 5.ª jornada, só não marcou em Alvalade, com o Sporting, para a Taça da Liga. Numa equipa que marca muitos golos, e bem distribuídos pelos seus jogadores, Bruno Duarte é um homem de área e finalizador nato e vai ser a referência ofensiva da equipa no Bessa.

José Mota, treinador do Farense: «O Boavista é uma equipa muito competitiva e no seu estádio, que tem carisma e tradições, sabemos o que nos espera. Vai ser um jogo muito difícil, em que temos que defrontar um adversário muito aguerrido e que nunca desiste. Tem tido qualidade e vai ser um jogo interessante. Pela nossa parte, sabemos o que temos a fazer, temos que ter um bom comportamento, com os níveis de concentração muito elevados. E ter a ambição que temos demonstrado muitas vezes. Estamos a tentar ser uma equipa em evolução constante e este é mais um desafio de grande dificuldade para podermos demonstrar essa mesma evolução.»

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