«Benfica, FC Porto e SC Braga não tiveram tantos internacionais como nós»
Treinador do Famalicão orgulhoso pelo reconhecimento da qualidade dos jogadores. Espera um Aves SAD difícil, «que sabe que cada ponto pode valer uma vida»
Hugo Oliveira, treinador do Famalicão, salientou este sábado as dificuldades que a receção ao Aves SAD encerra, depois de um período de pausa para os compromissos das seleções marcado por várias ausências.
«Foi uma semana atípica no clube, batemos o recorde de jogadores a representar as seleções, é motivo de orgulho para nós ea demonstração do projeto de desenvolvimento com jogadores de qualidade e potencial. As chamadas à seleção não são mais do que a prova do que tem sido feito individual e coletivamente. Deixa-nos orgulhosos, mas ao mesmo tempo trouxe uma semana atípica, ou seja, problemas que normalmente só os grandes têm, penso que só o Sporting teve mais do que nós, nem Benfica, nem FC Porto, nem SC Braga tiveram tantos internacionais como nós», observou.
«Trabalhámos com os que estavam cá, preparámos as ideias, mas sem jogadores importantes para nós. Foram chegando e fomos preparando para um jogo que vai ser difícil. Entramos na reta final do campeonato e cada jogo vale pontos extremamente importantes para cada equipa e este jogo vai ser muito difícil. Preparámos o jogo dentro das possibilidades com o foco de dar a vitória aos adeptos», acrescentou.
Sobre o adversário, anteviu dificuldades:«Espero uma equipa extremamente competitiva, que sabe que cada ponto pode valer uma vida, uma sobrevivência, uma grande festa e conquista, para os objetivos do Aves. Tenho noção e plena consciência de que vai ser um jogo muito difícil, que vai ser uma batalha competitiva, que vai ser uma batalha de duelos, mas temos a obrigação de trazer o jogo para o nosso lado.»
«Não vamos ganhar os jogos todos, mas temos de chegar ao final dos jogos com a nossa forma de estar agressiva, com muita ambição, que deixe os adeptos orgulhosos», sublinhou o técnico, frisando que«é muito difícil jogar contra o Famalicão, é uma equipa difícil de parar».
O treinador falou ainda da continuidade de Leo Realpe no Famalicão: «É a prova de que o clube sabe para onde quer ir, o perfil que quer e a ambição que tem para o projeto, ter jogadores de qualidade para desenvolver. Mostra que o clube está em consonância com o treinador. Foi com grande agrado que vi a renovação do Leo, que achamos que tem rendimento imediato e futuro. É alguém muito querido dentro do grupo de trabalho e tem muita margem de progressão para atingir ainda mais qualidade do que a que já tem.»
Já o tema Sorriso, cuja opção de compra ainda não foi acionada, foi contornado: «O foco agora é o AVS SAD, é o que nos interessa. É aquilo com que estamos preocupados. Já conhecem o clube, trabalhamos em conjunto e trabalhamos muito. Não só o hoje mas o amanhã, este clube sabe para onde quer ir, este treinador sabe para onde quer ir e queremos todos juntos. Viajar juntos é o lema deste momento e será o lema deste clube enquanto eu cá estiver.»
Um dos assuntos do momento, a árbitra Catarina Campos no Casa Pia-Rio Ave, também mereceu referência: «Estive no primeiro jogo na Premier League que teve uma árbitra, um jogo do Fulham e o jogo correu muito bem. Não há género, homem ou mulher, há qualidade. Se foi escolhida para esse jogo é porque tem qualidade e está preparada para isso. Os árbitros portugueses têm muita qualidade, mais do que é reconhecida, acredito que podemos evoluir no espaço pedagógico e educacional. Há uma espécie de uma bolha que não deveria existir. Qualidade não falta aos nossos árbitros. Espero que um dia possa arbitrar um jogo do Famalicão, se acontecer, vai correr muito bem.»
Sobre a permanência no clube, disparou: « Completamente e com toda a satisfação.»
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