«Balanço é muito positivo... mas queremos terminar a época com uma vitória»

Torreense «Balanço é muito positivo... mas queremos terminar a época com uma vitória»

NACIONAL25.05.202315:05

Oito meses depois de ter sido anunciado como novo treinador do Torreense - tendo sucedido a Nuno Manta Santos no cargo -, Pedro Moreira sente-se um homem feliz. Não só por ter conseguido projetar o clube para outros patamares (entenda-se, lugares classificativos), mas, sobretudo, por ter conseguido passar a mensagem que desejava ao grupo de trabalho, que voltou a elogiar, esta quinta-feira, na conferência de Imprensa de antevisão ao último jogo da época.

A deslocação ao reduto do Feirense, agendada para as 18 horas desta sexta-feira, marca o adeus à temporada 2022/2023, mas além da vontade de terminar o campeonato em beleza, o Torreense sonha ainda em chegar a lugares ainda mais cimeiros na tabela. Atualmente, a formação de Torres Vedras ocupa o 8.º lugar, com 44 pontos, tantos quantos tem o Mafra, mas cujo confronto direto beneficia os mafrenses. No entanto, o Torreense ainda pode aspirar chegar ao 6.º posto, que é atualmente pertença do Vilafranquense (45 pontos), mas também pode descer ao 9.º lugar, por troca, precisamente, com o Feirense (43 pontos).

Pedro Moreira antevê dificuldades para a deslocação a Santa Maria da Feira, mas também ambiciona à conquista de uma vitória que pode permitir galgar na tabela.

«Vai ser um jogo muito complicado, diante de uma equipa de qualidade e que tez uma época bastante tranquila. Estão em jogo mais três pontos e uma eventual subida na classificação e, como tal, vamos ser ambiciosos e tentar fazer um jogo de qualidade que nos possa ajudar a chegar à vitória. Sendo certo que, aconteça o que acontecer, vamos sempre ficar na primeira metade da tabela e isso é positivo».

Preferindo não se alongar sobre o futuro e, nomeadamente, sobre a questão da sua continuidade em Torres Vedras, Pedro Moreira optou por destacar todo o trabalho realizado desde que chegou ao clube, cujo principal mérito, sublinhou, é dos jogadores. Mas o técnico também elogiou a estrutura. «Quero agradecer e dar os parabéns a todo o grupo de trabalho pela forma como nos receberam e como se dedicaram ao longo da época. Só com aquilo que eles fizeram é que foi possível sairmos de um momento algo complicado. A equipa técnica só tem de estar grata a todos os jogadores do plantel do Torreense. Quando chegámos, havia alguma desconfiança, por eu nunca ter sido treinador principal, mas sentimos, desde a primeira hora, todo o apoio da estrutura. Acima de tudo, penso que é importante realçar a qualidade das exibições que realizámos, bem como a valorização de jogadores», analisou.

Na hora de fazer um balanço destes oito meses de trabalho naquela que é a sua primeira experiência enquanto treinador principal, o antigo adjunto de Paulo Fonseca não tem dúvidas: «muito positivo».

«A equipa adaptou-se aos nossos métodos e conseguimos construir coisas boas. Naturalmente que, montando um plantel de raiz, à nossa imagem, o trabalho será ainda mais facilitado. Sou um treinador extremamente ambicioso, que pretendo sempre subir na carreira e levar as equipas que treinos a patamares sempre melhores. Mas o balanço é mesmo muito positivo. Quando jogamos bem, quando as ideias e a organização estão lá, estamos sempre mais perto de vencer. Foi assim que construímos uma identidade enquanto equipa, com os jogadores a sentirem-se confortáveis com os nossos métodos. Jogámos olhos nos olhos com todos os adversários. Estou muito satisfeito com o trabalho realizado e muito ambicioso para o futuro. A forma de jogar que implementámos neste clube leva-me a perceber que é possível olhar para coisas melhores no Torreense no futuro. Este clube quer mais, merece melhor, e eu estou a trabalhar de forma afincada nesse sentido. Mas só depois da época terminar é que podemos abordar claramente essa questão», finalizou o técnico que, na soma dos 31 jogos em que orientou o Torreense nas três competições nacionais que disputou (Liga, Taça de Portugal e Taça da Liga), alcançou 13 vitórias, 7 empates e somou 11 derrotas. E como os números não mente, quando Pedro Moreira chegou ao clube, à 7.ª jornada, o Torreense estava no 18.º e último lugar da Liga 2 (apenas 4 pontos), e agora, à entrada para a derradeira ronda, o emblema do Oeste encontra-se confortavelmente no 8.º posto, com 44 pontos somados.