«As autoridades competentes entenderam que deveria seguir diretamente para o hotel»

Marcelo Rebelo de Sousa está em Bruxelas, alvo de ataque com motivações religiosas esta segunda-feira, e explicou porque foi impedido de ir ver o jogo de Portugal num bar, junto a emigrantes lusos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, viu o programa da visita a Bruxelas, iniciada esta segunda-feira, a convite da família real belga, alterado pelo ataque que ocorreu esta noite nas imediações do estádio Rei Balduíno, onde se realizou o Bélgica-Suécia de qualificação para o Euro-2024, que acabou por ser suspenso depois de conhecido o trágico balanço que provocou duas vítimas mortais, adeptos suecos, e um terceiro ferido.

«As autoridades competentes entenderam que eu deveria seguir diretamente aqui para o hotel e eu, naturalmente, respeitei. Quando se trata de segurança num país estrangeiro o chefe de Estado visitante não se pode permitir entrar em colisão com as indicações de segurança», explicou o presidente da República aos jornalistas na capital belga,

«Neste momento, aquilo que eu sei é que ainda não foi detido o agressor, que ele invocou, de facto, um fator religioso associável a um problema que teria havido e que nós recordamos na Suécia há não muitos meses», afirmou, aludindo à queima de exemplares do Corão na Suécia, pelo que o grave incidente desta noite, considerou o Presidente da República, «parece ser mais uma questão anterior, que aparece agora neste momento por um facto muito simples, pela oportunidade que este desafio de futebol [Bélgica-Suécia] acabou por criar objetivamente».