Entrevista A BOLA António Miguel Cardoso: «Rui Costa foi muito compreensivo»
Líder vitoriano e candidato da lista B agradece ao homólogo pelos acordos e a paciência que teve para receber dinheiro em atraso
— O candidato Luís Cirilo coloca dúvidas sobre como vai ser pago o Manu Silva. Não seria melhor os sócios saberem os moldes desta e das vendas do Alberto à Juventus e do Kaio César ao Al Hilal?
— É muito raro em vendas ou compras que os negócios sejam pagos a pronto. Não vou dizer que não exista, mas a maioria dos negócios é feita com pagamentos a dois, três, quatro anos. Todos estes negócios preveem pagamentos no curto/médio prazo. Por não termos os direitos televisivos e uma série de receitas, é normal que o Vitória vá ao mercado e faça a antecipação desses valores. Quem está por dentro do que é a gestão desportiva e as dificuldades percebe isso.
— Havia dívidas pendentes com o Benfica. A transferência de Manu Silva teve alguma relação com esses débitos?
É evidente que quando fechamos o negócio do Manu, coube ao Vitória liquidar esse valor o mais rápido possível, porque não nos podemos esquecer de quem esteve ao nosso lado nos momentos difíceis
— Não, não há relação. Disse publicamente quando entramos que existiam dívidas pesadas a agentes, a clubes, a muitos fornecedores, e muito pouco dinheiro na conta. O presidente Rui Costa soube ser compreensivo, soube esperar e ir fazendo acordos com o Vitória, de forma a pagarmos dívidas que eram consideráveis. É evidente que quando fechamos o negócio do Manu, coube ao Vitória liquidar esse valor o mais rápido possível, porque não nos podemos esquecer de quem esteve ao nosso lado nos momentos difíceis.
Força Vitória!