Ancelotti emocionado por causa de Valência: «Nem tenho vontade de falar de futebol»

INTERNACIONAL04.11.202412:45

Treinador italiano fala em tristeza devido às cheias na província de Valência que fizeram mais de 200 mortos

Numa semana de grande consternação em Espanha, devido às cheias em Valência e mais de 200 mortos, o futebol não parou por completo, algo que deixou o treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, consternado, até porque era o Valência o adversário da jornada deste fim de semana, encontro que acabou por ser adiado.

O treinador compareceu à antevisão ao jogo com o Milan, da 4.ª jornada da Liga dos Campeões, - clube onde jogou e treinou - mas disse estar contrariado. E mostrou-se abatido tendo, ao contrário do que é habitual, comparecido antes do jogador que ia falar, Lucas Vázquez.

«Há quase uma semana que aconteceu esta tragédia, estamos tristes... é esta a emoção que temos, estamos muito próximos de todas as pessoas que foram afetadas. Espero que isto se resolva rapidamente… falar de futebol é muito complicado. Por respeito a vós e também para não desrespeitar as pessoas, vou tentar ser breve, porque não me apetece falar de futebol. Para mim, amanhã é um jogo muito especial... mas vou tentar falar o menos possível», disse, garantindo que toda a semana houve um ambiente de tristeza no balneário.

«Isto afecta toda a gente pelo que se ouve falar, se lê... e o que aconteceu foi terrível. Preparámo-nos para o jogo porque somos profissionais e vamos obviamente tentar ganhar. É isso que temos de fazer», referiu ainda, falando sobre o adiamento de apenas alguns jogos da jornada:

«Fomos claro, ninguém queria jogar. Parecia ser a decisão correta. Mas não somos nós que mandamos. Quem está no topo é que toma essa decisão. O futebol devia ter parado e depois pode tomar medidas para ajudar. O  meu sentimento agora é falar o menos possível sobre futebol. Como já disse, é a nossa profissão. Temos um jogo importante e especial contra o Milan, mas em segundo plano. Sentimos muita tristeza de ver tantos afetados. Estamos em 2024, com toda a informação que temos... e não somos capazes de resolver este tipo de tragédia.»