Ancelotti emocionado por causa de Valência: «Nem tenho vontade de falar de futebol»
Treinador italiano fala em tristeza devido às cheias na província de Valência que fizeram mais de 200 mortos
Numa semana de grande consternação em Espanha, devido às cheias em Valência e mais de 200 mortos, o futebol não parou por completo, algo que deixou o treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, consternado, até porque era o Valência o adversário da jornada deste fim de semana, encontro que acabou por ser adiado.
O treinador compareceu à antevisão ao jogo com o Milan, da 4.ª jornada da Liga dos Campeões, - clube onde jogou e treinou - mas disse estar contrariado. E mostrou-se abatido tendo, ao contrário do que é habitual, comparecido antes do jogador que ia falar, Lucas Vázquez.
«Há quase uma semana que aconteceu esta tragédia, estamos tristes... é esta a emoção que temos, estamos muito próximos de todas as pessoas que foram afetadas. Espero que isto se resolva rapidamente… falar de futebol é muito complicado. Por respeito a vós e também para não desrespeitar as pessoas, vou tentar ser breve, porque não me apetece falar de futebol. Para mim, amanhã é um jogo muito especial... mas vou tentar falar o menos possível», disse, garantindo que toda a semana houve um ambiente de tristeza no balneário.
«Isto afecta toda a gente pelo que se ouve falar, se lê... e o que aconteceu foi terrível. Preparámo-nos para o jogo porque somos profissionais e vamos obviamente tentar ganhar. É isso que temos de fazer», referiu ainda, falando sobre o adiamento de apenas alguns jogos da jornada:
«Fomos claro, ninguém queria jogar. Parecia ser a decisão correta. Mas não somos nós que mandamos. Quem está no topo é que toma essa decisão. O futebol devia ter parado e depois pode tomar medidas para ajudar. O meu sentimento agora é falar o menos possível sobre futebol. Como já disse, é a nossa profissão. Temos um jogo importante e especial contra o Milan, mas em segundo plano. Sentimos muita tristeza de ver tantos afetados. Estamos em 2024, com toda a informação que temos... e não somos capazes de resolver este tipo de tragédia.»