Amorim sofre mas ganha na estreia em Old Trafford
Hojlund marcou duas vezes e foi a figura do jogo. Foto IMAGO/Pro Sports Images

Amorim sofre mas ganha na estreia em Old Trafford

INTERNACIONAL28.11.202422:01

Manchester United marcou cedo, mas permitiu a reviravolta. Mas a equipa está mais agressiva e eficaz e ainda resgatou a vitória. Hojlund, com dois golos, foi a figura do jogo

Já se sente que está diferente o Manchester United desde a chegada de Ruben Amorim. A equipa é agora mais agressiva, mais competente ofensivamente e mesmo que subsistam os erros defensivos, Old Trafford já viveu momentos incríveis e assistiu a uma reviravolta fantástica, com Hojlund a bisar e a demonstrar que pode ser pedra preciosa para o treinador português. Para a história fica o 3-2 no primeiro jogo em casa do treinador português.

Tal como tinha acontecido no jogo de estreia no banco, frente ao Ipswish (1-1), Ruben Amorim não demorou a celebrar o primeiro golo. Erro incrível de defesa do Bodo/Glimt e do guarda-redes Haikin e Garnacho, completamente sozinho só teve de encostar para o fundo da baliza. Muito mérito para Hojlund, que não foi opção no primeiro jogo do treinador português, mas entrou da melhor forma, adivinhando o lance e obrigando o guarda-redes a errar.

A reação do Bodo-Glimt foi imediata, com os jogadores das laterais a darem razão a Ruben Amorim, que os elogiou na conferência de imprensa do lançamento do jogo. Mesmo assim, o Manchester United foi crescendo, empurrando o adversário para junto da sua área e em poucos segundos houve remates perigosos de Mason Mount e Bruno Fernandes.

Nas bancadas os adeptos gostavam desde novo Manchester United, uma equipa com menos medo, mais agressiva e capaz de chegar a zonas de finalização. Mas a voltar a cometer erros defensivos e aproveitou o Bodo/Glimt para empatar aos 19 minutos: remate fantástico de pé esquerdo de Evjen, que fez a bola entrar no ângulo.

Pior ainda o minuto 23. Berg faz um passe fantástico, Malacia é batido em velocidade e Zinckernagel coloca a equipa norueguesa em vantagem. Tal como fez frente ao FC Porto, o Bodo/Glimt soube sempre sair em transições rapidíssimas e aos 27 minutos só não surgiu o terceiro porque Evjen rematou por cima da trave.

Tudo muito complicado para o Manchester United, que mandava no jogo, mas não conseguia travar as transições do adversário. Mas com o passar dos minutos foi crescendo a equipa de Amorim, foi tendo capacidade de empurrar o adversário para junto da sua área e justificou o empate, que chegou ao minuto 45 por Hojlund, que já tinha sido decisivo no tento de Garnacho.

Quatro golos e um jogo espetacular no primeiro tempo. Prometia a segunda parte, que teve a entrada de Diogo Dalot, num claro sinal de que Ruben Amorim pretendia ter maior solidez sem perder capacidade para chegar ao último terço. No banco ficou Malacia, que cometeu alguns erros defensivos.

O Manchester United entrou muito forte para a segunda parte e Mason Mount acertou na barra logo aos 48 minutos. Crescia a equipa de Ruben Amorim e como consequência disso o segundo da noite para Hojlung, que recebeu a bola de Ugarte e não falhou.

Queria mais o Manchester United, que não abrandava e só não marcou o quarto porque o remate de Garnacho teve como resposta do guarda-redes Haikin uma grande defesa (54’).

Rashford e Dialo entraram para a última meia-hora e dessa forma garantia o Manchester United que continuaria em alta rotação no ataque. Na defesa algo de totalmente novo:  Casemiro, médio de origem, jogou no centro e para completar o trio defensivo dois laterais: Dalot na esquerda e Luque Shaw na direita. Total ausência de centrais.

Mas foi mais o tempo em que o Manchester United esteve no ataque do que aquele em que foi obrigado a defender, acabando, no entanto, por pecar na finalização. Garnacho falhou duas vezes o 4-1 e Rashford também não foi feliz.

O jogo acabou com livre muito perigoso para o Bodo/Glimt. Patrick Berg bateu muito bem, mas a resposta de Onana foi fantástica.