A Copa de toda a América
Lionel Messi liderou a Argentina na conquista da última edição da Copa América

Antevisão A Copa de toda a América

Edição deste ano, disputada nos Estados Unidos, conta com 16 seleções: 10 do sul, quatro do centro e duas do norte do continente americano

Começa esta madrugada, pela 1 da manhã, a edição número 48 da Copa América, o torneio continental da América do Sul. Acontece que esta 48.ª versão da competição é uma verdadeira Copa América - seja ela do Sul, do Norte ou Central. Além das 10 seleções da CONMEBOL, organismo que tutela o futebol sul-americano, Estados Unidos, país anfitrião da prova, Canadá, México, Jamaica, Panamá e Costa Rica participam no mais antigo torneio de seleções, criando, assim, um torneio verdadeiramente intercontinental.

Depois de três a perder, a favorita quer três a ganhar

Dentro de campo, é frente ao Canadá que a Argentina, campeã em título, abre as hostes, com o objetivo bem definido: fazer o bis. Há dez anos, a albiceleste começou uma terrível série de derrotas em finais: em 2014, perdeu o Mundial para a Alemanha e, nos dois anos seguintes, cedeu vitória ao Chile nos desempate por grandes penalidades que deram aos chilenos as duas únicas medalhas de ouro da sua história.

Agora, esta Copa América pode ser o terceiro torneio seguido... a ganhar. A seleção argentina é campeã continental, campeã do Mundo e pode chegar à terceira conquista consecutiva - de certo modo, à semelhança da Espanha, que venceu dois Euros, em 2008 e 2012, com um Campeonato do Mundo pelo meio.

Messi ergue troféu de campeão do Mundo (IMAGO / ActionPictures)

Além da reputação que vem com os troféus, a comparação com as outras seleções não deixa dúvidas: a Argentina é a favorita à conquista desta Copa América. Lionel Messi é, ainda, o mágico astro. É certo que a idade pesa a todos, mas o detentor da Bola de Ouro continua a espalhar magia por qualquer relvado que pise. Ángel Di María e Nicolás Otamendi, jogadores do Benfica, são alguns dos veteranos, porém, importantes elementos para Lionel Scaloni, que conta também com jogadores mais jovens como Enzo Fernández, Lautaro Martínez ou Julián Álvarez como figuras importantes para atacar a prova.

Se, no grupo A, reside o grande favorito, está no grupo D a grande concorrente. Apesar do nível do Brasil não ser o mesmo que de outros tempos, a seleção de Dorival Júnior continua a contar com jogadores como Éder Militão, Lucas Paquetá, Gabriel, Rodrygo e, como figura de proa, Vinícius Júnior, que vem de mais uma época ao mais alto nível pelo Real Madrid.

Rodrygo e Vinícius Jr. são colegas no Real Madrid e na seleção do Brasil (IMAGO)

O preço de ver Messi

A prova será disputada na sua totalidade nos Estados Unidos, tal como aconteceu há oito anos, na Copa América Centenário. A fase de grupos, disputada a três jornadas entre quatro equipas, termina a 2 de julho e, dois dias depois, dá-se início à fase a eliminar. A 9 jogam-se as meias-finais e, no dia 14, o Estádio Hard Rock, em Miami, recebe o jogo decisivo.

Para Messi, chegar à final seria quase como jogar em casa - não exatamente, uma vez que o seu clube, Inter Miami, joga num estádio diferente -, já que a cidade da Flórida é a sua casa desde que se mudou para os Estados Unidos. E já que um bilhete para o jogo da equipa da MLS custa, em média, cerca de 300 euros, será esta oportunidade para ver o astro argentino por um preço mais acessível? Antes pelo contrário: além de os preços terem dobrado face à edição de 2016, os da Argentina subiram 150% quando comparado com a média. Ou seja, o preço médio para ver a campeã do Mundo está em qualquer coisa como... 357 euros.

Há muitos fãs de Messi nos Estados Unidos (IMAGO)

14 'portugueses' em prova

Os campeonatos portugueses serão representados por 14 jogadores nesta edição da Copa América.

Ángel Di María e Nicolás Otamendi, do Benfica, já venceram a prova em 2021 e entram como dois dos veteranos da Argentina para atacar a revalidação.

Do outro lado da rivalidade e da experiência está a tripla portista do Brasil: Pepê, Evanilson e Wendell estreiam-se em grandes competições com a Canarinha. O FC Porto é, de resto, o clube português mais representado. Além destes três, Stephen Eustáquio, do Canadá, e Jorge Sánchez, mexicano, estão convocados. Para fechar os três grandes, o único representante do Sporting é Franco Israel, no Uruguai.

Tal como o Brasil, a Venezuela tem três representantes a jogar em Portugal. Matías Lacava, do Vizela, Telasco Segovia, do Casa Pia e Jhonder Cádiz, do Famalicão, foram convocados, sendo que Puma Rodríguez, colega de clube de Cádiz, está, tal como Jovani Welch, do Académico de Viseu, ao serviço do Panamá. Jesús Castillo, peruano do Gil Vicente, fecha esta contabilidade.