A análise de Rui Borges à goleada sofrida no Dragão
LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

A análise de Rui Borges à goleada sofrida no Dragão

NACIONAL20.01.202423:27

Treinador do Moreirense no rescaldo da derrota pesada dos cónegos diante do FC Porto (0-5)

Na sala de imprensa do Estádio do Dragão, após a goleada sofrida pelo Moreirense contra o FC Porto, Rui Borges admite superioridade dos azuis e brancos, mas garante que o percurso dos cónegos na Liga «não foi beliscado».

- Golo sofrido cedo acabou por condicionar a estratégia para o resto do encontro?

«É difícil vir jogar a uma casa destas e sofrer muito cedo. Entrámos bem no jogo, mesmo depois do golo. Até aos 25 minutos fizemos um belíssimo jogo. Quisemos assumir bola contra uma grande equipa. Fizemos uma primeira parte muito competente. Na segunda parte, entrámos muito bem outra vez, o FC Porto marcou nas três primeiras vezes que foi à baliza na segunda parte. Os erros pagam-se caro contra estas equipas. A segunda volta vai ser muito mais difícil do que a primeira. Ainda só tínhamos perdido fora com o Sporting, nada foi beliscado.»

- Equipa foi-se desligando à medida que foi sofrendo golos?

«Sim, claramente, depois do 2-0 a equipa sentiu muito, a derrota com o Sporting foi idêntica. Caímos muito animicamente depois dos golos. Primeira parte muito competente, segunda parte entrámos bem e ficámos perto de empatar. Depois do 2-0, a equipa foi muito abaixo mentalmente. Foi um golo muito sentido por todos, mesmo por quem entrou. Contra estas equipas não nos podemos dar ao luxo de levarmos transições de equipas grandes. Quinto golo é um erro na nossa construção, que não pode existir, mas faz parte.»

- Derrota pode deixar marcas para o que resta do campeonato?

«Não pode deixar marcas, tem de ferir, mas não pode deixar marcas no sentido de mexer no resto do campeonato. Sou muito positivo, temos de valorizar tudo o que fizemos até aqui. Apesar do 5-0, houve coisas boas, em alguns momentos do jogo. Esta derrota não pode beliscar o que foi e o que será o nosso campeonato.»

- O que retira de positivo desta goleada?

«Principalmente a primeira parte, porque acho que tivemos muita qualidade em alguns momentos, contra uma grande equipa. Trabalhámos imenso. Na primeira parte, até tivemos bastante bola, tivemos 4 ou 5 situações de contra-ataque. A diferença para o FC Porto é essa. Eles em 2 fazem golo… Não tomámos as melhores decisões no momento da finalização. Depois do 2-0 deixámos de existir, e isso não pode acontecer.»