Os destaques do Sporting: Edwards numa revolução tardia
Entrada do inglês para a segunda parte revolucionou a jogo do leão; Geny Catamo também ajudou os verdes e brancos a fazerem o que a Atalanta fizera no primeiro tempo
A figura
Marcus Edwards
7 Arrancou um cartão amarelo aos 51’ e logo a seguir cruzou com conta, peso e medida para a cabeçada de Gonçalo Inácio que atirou o 2-1 ao lado. Aos 60’ arrancou pelo centro e só foi parado em falta, mais um amarelo para os italianos. Ao minuto 77, isolado, teve o 2-2 nos pés mas Musso tirou-lhe o empate quando já se gritava golo. O inglês entrou ao intervalo e revolucionou o Sporting, injeção de energia que faltara à equipa durante toda a primeira parte. Porque realmente a sua ação no jogo foi autêntica revolução que empurrou a equipa para a frente, remetendo a Atalanta àquilo que fora o Sporting na primeira parte. Aos 78 ofereceu o golo que Catamo atirou ao poste.
5 Adán — Aos 5’ aliviou mal, notando algum nervosismo, parecendo adivinhar o que aí vinha durante a primeira parte. A defesa leonina chegou a passar momentos de sufoco e não fosse defesa do espanhol a remate de Lookman aos 40’ e os verdes e brancos tinham ido para o intervalo não a perder por 0-2 mas por 0-3. Aos 90’ evitou outra vez o terceiro italiano.
6 Diomande — Nunca o central se tinha visto com tanto trabalho num jogo do Sporting, mais ainda quando na direita teve de fazer mais vezes do que devia as dobras a Fresneda. Depois, já liderado por Coates, descansou e até subiu à área adversária — falhou o 2-1 porque Scalvini fez... pénalti!
5 Gonçalo Inácio — Confirmada a ausência de Coates no onze inicial, Inácio assumiu as funções do capitão, saindo da esquerda para o centro do trio defensivo. Na primeira parte viu-se e desejou-se para comandar uma defesa bombardeada por todo o lado e quando recuperou a bola não conseguiu a saída, tal a pressão italiana, nem mesmo quando tentou o passe longo que tão bem sabe fazer — o problema era colocar a bola em quem? Aos 52’ teve o golo na cabeça mas cabeceou ao lado. Ainda assim tónico para a melhoria leonina nos segundos 45 minutos.
5 Matheus Reis — A deslocação de Inácio para o centro abriu-lhe a porta da esquerda. Muitas vezes viu-se obrigado a dobra no lado contrário. Melhorou quando o leão melhorou.
3 Fresneda — Estreia a titular pela equipa do Sporting. E levou logo com Lookman, perigo à solta no ataque italiano. O problema foi que o jovem espanhol nunca soube bem como se comportar em campo, desnorteado, de cabeça à roda, deu trabalho a Diomande e a Morita para lhe fazerem as dobras e até Matheus Reis teve de ir, um par de vezes, de costa a costa. Só tranquilizou depois do intervalo.
4 Hjulmand — Aparecia-lhe tanto para fazer pela frente que não conseguia assentar. Nas tarefas defensivas nunca conseguiu chegar a todo o lado onde era solicitado e quando a bola lhe aparecia pela frente a pressão italiana não o deixava pensar. Viu o segundo tempo no banco.
5 Morita — Voluntarioso, cortou perigo para canto aos 7’. Mas com os minutos a avançarem e os italianos a massacrarem no meio-campo sportinguista viu-se e desejou-se com tanto trabalho defensivo. E ainda teve de ter atenção ao desnorte de Fresneda. Com a bola nos pés, os passes não lhe saiam redondos nem a progressão acontecia. Cresceu, como a equipa, no segundo tempo.
5 Nuno Santos — Teve contributo nas poucas vezes que o Sporting conseguiu chegar à área da Atalanta na primeira parte. Mas foi logo nos primeiros minutos que percebeu que teria de ter atenção a Zappacosta. Sem possibilidades de subir pelo corredor direito, saiu ao intervalo.
5 Pedro Gonçalves — Das poucas vezes que a bola chegou aos seus pés na primeira parte não tinha a quem a colocar, com a equipa muito atrás não permitindo opções na transição ofensiva. Ocupou a vaga de de Hjulmand na segunda parte e ajudou o leão a instalar-se no meio-campo italiano. Já foi tarde...
6 Gyokeres — Se na primeira parte não existiu, na segundo foi outra vez aquele sueco alto, loiro, nada tosco. Poço de força a segurar a bola, tentou o remate que ficou na barreira de Bérgamo. Na marca de penálti não tremeu.
5 Paulinho — O jogo não lhe chegava, descia para tentar receber o passe longo da defesa, segurar e distribuir. Esforçou-se mas o jogo não estava para isso, os companheiros estavam sempre muito atrás.
5 Coates — De emergência saltou para comandar a defesa, que a partir daí teve pouco trabalho.
6 Geny Catamo — A partir da esquerda emprestou profundidade à equipa. Entrou muito bem no jogo e merecia que o poste não lhe tivesse defendido o empate aos 78’.
5 Esgaio — Rendeu Fresneda na direita. Cumpriu a missão.
— Daniel Bragança — Entrou na compensação.