Logo 1. Yann Sommer
1. Yann Sommer

Data de Nascimento: 17.12.1988

Posição: Guarda-redes

Clube: Inter Milão

Yann Sommer vai chegar ao Euro como recém-coroado campeão italiano. É o segundo título num ano para o histórico guarda-redes suíço, tendo vencido a Bundesliga com o Bayern em 2023. Mantém-se como número 1 na seleção, embora muitos acreditem que Gregor Kobel, do Dortmund, seja melhor. Mas Sommer não tem estado mal nos últimos quatro torneios pela Suíça. Desde a sua defesa a um penálti de Mbappé, nos oitavos de final do Euro 2021, que tem sido um herói nacional e o jogador favorito para muitos dos adeptos mais jovens. Fora dos relvados é confesso admirador do guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, e é também um apaixonado guitarrista e pianista. O pai de Sommer era guarda-redes na terceira divisão suíça. É casado com Alina e é pai de duas meninas.

Logo 2. Leonidas Stergiou
2. Leonidas Stergiou

Data de Nascimento: 03.03.2002
Posição: Defesa
Clube: Estugarda

Stergiou teve meses entusiasmantes. Após um início atribulado no Estugarda, com apenas 39 minutos de utilização, despontou após a pausa de natal: «Tive de me adaptar, ter paciência e lutar pelo meu lugar». Fez a estreia a titular em fevereiro, frente ao Friburgo, e acabou a época como presença regular no onze. O momento mais alto foi a vitória por 3-1 frente ao Bayern de Munique, jogo no qual marcou o primeiro golo na Bundesliga, e logo a Manuel Neuer. A recompensa para este jogo do lado leste da Suíça? Um novo contrato de quatro anos e um lugar no Euro. «A nutrição é muito importante para mim. Li uns quantos livros e interessa-me muito», confessou. Tem dois tios que gerem um restaurante Gault&Millau, em Lichtensteig, e o pai também trabalhou em catering. Toma um duche de água gelada todas as manhãs, e deita-se com uns óculos especiais que filtram luz azul, para que consiga dormir melhor.

Logo 3. Silvan Widmer
3. Silvan Widmer

Data de Nascimento: 05.03.1993

Posição: Lateral Direito

Clube: Mainz

Widmer teve uma época difícil. Esteve de fora a maioria do ano de 2023 com uma lesão no tornozelo e, após regressar em novembro, o capitão do Mainz perdeu o seu lugar no onze com o novo treinador, Bo Henriksen. Contudo, ainda a incontestável primeira escolha na ala direita para a Suíça, a sua importância para a equipa foi provada no Mundial 2022. Quando foi forçado a ficar de fora, no jogo dos ‘oitavos’, frente a Portugal, a equipa foi goleada por 6-1. Fora dos relvados, Widmer não tem receio de tirar as coisas a limpo. Antes do torneio no Catar prometeu que ia jogar com uma braçadeira de capitão arco-íris e, mais tarde, garantiu que nunca jogaria na Arábia Saudita. Widmer afirmou-se na segunda divisão suíça, no Aarau, antes de se mudar para a Udinese, em Itália, tendo lá passado cinco anos. Voltou à Suíça por três anos, via Basileia, mas depois foi para o Mainz, em 2021, e agora vive em Wiesbaden com a sua esposa, Céline, e as suas duas filhas.

Logo 4. Nico Elvedi
4. Nico Elvedi

Data de Nascimento: 30.09.1996

Posição: Defesa Central

Clube: Borussia Mönchengladbach

 O defesa cresceu no Lago Greifensee, no cantão de Zurique. No verão de 2015, após uma temporada na equipa principal do Zurique, transferiu-se para o Borussia Mönchengladbach, pela mão de Lucien Favre, com apenas 19 anos. Ainda lá está – em parte porque a sua transferência para o Wolverhampton, no verão passado, caiu no último minuto. Renovou contrato com o clube germânico, mas teve uma época de altos e baixos. A sua compostura desde a sua estreia frente ao Bayern de Munique deu-lhe a alcunha de ‘Eisvogel’ (uma família de aves) na Alemanha. O irmão gémeo de Nico também é profissional: Jan é defesa no Kaiserslautern, da segunda divisão germânica. Acabaram por não se defrontar na taça alemã desta época, sendo que o Gladbach acabou por ser eliminado nos quartos de final, de forma surpreendente, pelo Saarbrücken, da terceira divisão.

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5. Manuel Akanji

Data de Nascimento: 19.07.1995

Posição: Defesa Central

Clube: Manchester City

A sua mãe é de Oberwinterthur, o pai da Nigéria – Manuel foi o terceiro filho, após as suas irmãs, Michelle e Sarah. O seu nome do meio, ‘Obafemi’, significa ‘adorado pelo rei’, o que talvez explique a coroa tatuada no seu braço esquerdo. Aos 11 anos transferiu-se do FC Wiesendangen para o Winterthur, no qual, mais tarde, teve dificuldades em ser titular na equipa sub-18. No entanto, teve depois um salto de crescimento e a sua carreira disparou. Muitos críticos não acreditaram nele, e por isso fez nova tatuagem: «Prova-lhes que estão errados». Nem uma rotura nos ligamentos o deitou abaixo do seu melhor, e após muito tempo no Basileia conquistou uma grande transferência para o Borussia Dortmund, no início de 2018, com 22 anos. A sua mudança para o Manchester City, no verão de 2022, por menos de 20 milhões de euros, passou algo despercebida, mas fez bem o seu papel na conquista do triplete na sua época de estreia. Agora, aos 28 anos, é casado com Melanie e é pai de dois filhos, Aayden e Keeyan.

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6. Denis Zakaria

Data de Nascimento: 20.11.1996

Posição: Médio

Clube: Mónaco

Mönchengladbach, Juventus, Chelsea, Mónaco! A carreira de Zakaria fora da Suíça é variada e impressionante. Continua a ser um elemento regular na seleção, à qual se junta sempre com prazer – o jogador de Genebra pode ser médio defensivo ou mais ofensivo, mas também joga como central, posição que ocupou no Mónaco na última época, terminando em 2.º lugar na Ligue 1 e qualificando-se para a Liga dos Campeões. Tem o hábito de marcar golos espetaculares e o Mónaco capitalizou isso por diversas vezes na última temporada. É o líder e ‘irmão mais velho’ da delegação de Genebra na seleção, mas lida com um problema físico: rasgou um músculo no final de abril e ainda é incerto se estará em condições de jogar no jogo de abertura frente à Hungria, a 15 de junho.

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7. Breel Embolo

Data de Nascimento: 14.02.1997

Posição: Avançado

Clube: Mónaco

A estrela de Embolo começou a brilhar em 2014, quando marcou o seu primeiro golo profissional pelo Basileia, aos 17 anos. Designado como prodígio do futebol suíço há muito, seguiu-se uma mudança para o Schalke, em 2016. Desde aí que as lesões o têm abrandado, mais recentemente uma rotura de ligamentos, pelo que a questão sobre a verdadeira qualidade de Embolo ainda está por ser respondida. Além disso, rompeu um músculo pouco depois de regressar, o que deixou a presença no Euro em causa até ao anúncio da convocatória. Nascido nos Camarões, veio para a Suíça com a sua mãe; o seu pai ainda vive em África. O próprio agora é pai de uma menina, Naliya, e de um menino, Clay Enzo. O avançado não só dá tudo no campo, mas fora dele, e cria escândalos repetidamente: no início de 2021, quando estava no Borussia Mönchengladbach, foi a uma festa ilegal durante a altura do isolamento social e escondeu-se numa banheira quando a polícia foi chamada. Em 2023 foi condenado por múltiplas ameaças que fez num conflito na rua, às 5 da manhã, uns anos antes. Mais recentemente, o seu regresso ao Mónaco foi condicionado por alegações de que, em 2021, tinha feito dois certificados falsos de covid-19.

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8. Remo Freuler

Data de Nascimento: 15.04.1992

Posição: Médio

Clube: Bolonha

O médio nascido em Zurique não conseguiu afirmar-se no Gasshoppers, aos 18 anos, apesar de ter marcado um golo no dérbi da cidade com o Zurique. Freuler foi emprestado ao Winterthur da segunda divisão e afirmou-se depois no principal escalão com a camisola do Luzern, mas foi uma grande surpresa quando foi aposta da Atalanta, em janeiro de 2016. Demasiado cedo, disseram muitos críticos, mas Freuler provou que que estavam errados e tornou-se de imediato titular na Serie A. Depois de seis anos e meio em Bérgamo abraçou um novo desafio no verão de 2022 e mudou-se para o Nottingham Forest, candidato à subida para a Premier League. Mas, apenas um ano depois, voltou a Itália, desta vez ao Bolonha, por empréstimo. Foi um líder na equipa que surpreendeu na Serie A esta temporada. Tal como na seleção, no qual é um titular regular ao lado do capitão e médio, Granit Xhaka.

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9. Noah Okafor

Data de Nascimento: 24.05.2000

Posição: Ponta de lança

Clube: Milan

O avançado fez a sua estreia profissional pelo Basileia aos 18 anos, em 2018. A palavra espalhou-se rapidamente, sobre o talento de Okafor, e um ano depois juntou-se ao RB Salzburgo, no inverno de 2020. Afirmou-se na Áustria, com a sua velocidade, técnica e faro de golo. A carreira deu o passo seguinte no verão de 2023, assinando contrato com o AC Milan até 2028. Contudo, foi incapaz de assegurar um lugar regular na equipa, na sua época de estreia, em Itália. Ainda assim, deixou a sua marca como suplente de impacto. É difícil encontrar alguém em Itália que marca tantos golos vindo do banco, e deverá ser titular por mais vezes na próxima época. Okafor vem de uma família de fanáticos por futebol, e não é o único com enorme talento. Os seus irmãos Isaiah (19 anos, Bayer Leverkusen) e Elijah (20 anos, Lugano) estão também a tentar conquistar o seu lugar no futebol profissional.

Logo 10. Granit Xhaka
10. Granit Xhaka

Data de Nascimento: 27.02.1992

Posição: Médio

Clube: Bayer Leverkusen

Em 2011, o então selecionador suíço, Ottmar Hizfield, atirou um jovem de 18 anos aos lobos, em Wembley, no embate de qualificação para o Euro, frente à Inglaterra. Campeão mundial sub-17 em 2009, tornou-se, desde então, o recordista de internacionalizações pela Suíça. Quando se mudou para o Leverkusen, no último verão, após sete anos no Arsenal, muitos viram a transferência como uma despromoção. Mas Xhaka tinha outras ideias e provou a todos que estavam errados. Uma extensão do treinador Xabi Alonso dentro de campo, liderou a equipa à sua primeira Bundesliga de sempre, e em grande estilo. Os pais de Xhaka são do Kosovo e o seu pai, Ragip, foi preso aos 22 anos, em 1986, durante uma manifestação contra o governo comunista jugoslavo, e sentenciado a seis anos de cadeia. O seu irmão mais velho, Taulant, ainda joga pelo Basileia e fez parte do Euro 2016 pela Albânia, tendo encontrado a Suíça na fase de grupos.

Logo 11. Renato Steffen
11. Renato Steffen

Data de Nascimento: 03.11.1991

Posição: Extremo Direito

Clube: Lugano

No que toca a grandes torneios, Steffen foi azarado durante muito tempo. O extremo estreou-se internacionalmente em outubro de 2015, mas falhou os Europeus de 2016 e 2020 devido a lesão, bem como o Mundial 2018. O seu momento surgiu finalmente no Mundial 2022, e estreou-se em grandes competições na fase de grupos, frente ao Brasil. Ao contrário dos seus compatriotas, Steffen não se formou numa academia: após terminar a escola, tirou um curso de pintor e jogou na terceira e quarta divisões suíças. Foi então do Solothurn para a Bundesliga e Wolfsburgo via Thun, Young Boys e Basileia. Regressou ao campeonato suíço em 2022, pelo Lugano, e tem sido um indiscutível líder e um dos melhores jogadores na liga. Conhecido como “o pintor”, Steffen, que ainda pinta e faz decorações de tempos em tempos, casou-se com Quendresa em 2019 e, juntos, são pais de dois filhos.

Logo 12. Yvon Mvogo
12. Yvon Mvogo

Data de Nascimento: 06.06.1994

Posição: Guarda-redes

Clube: Lorient

Este verão, o guarda-redes do oeste suíço, da cidade de Fribourg, tem a oportunidade de ultrapassar a grande desilusão que foi a sua lesão no joelho mesmo antes do Mundial 2022, que o afastou do torneio. Mvogo sabe e aceita o seu lugar na hierarquia da seleção e, na verdade, a sua personalidade traz união ao grupo. O selecionador helvético, Murat Yakin, aprecia-o como guarda-redes, mas também como pessoa. Foi um dos maiores vencedores dos amigáveis frente a Dinamarca e República da Irlanda, em março, não sofrendo golos em qualquer um dos jogos. Mvogo é visto como a ligação entre os romandos da seleção e os suíços que falam alemão. Teve uma boa época no Lorient, na Ligue 1, mesmo que o clube tenha tido uma temporada para esquecer.

Logo 13. Ricardo Rodriguez
13. Ricardo Rodriguez

Data de Nascimento: 25.08.1992

Posição: Lateral Esquerdo

Clube: Torino

Filho de pai espanhol e mãe chilena, cresceu em Zurique. Os seus irmãos Roberto e Francisco, também se tornaram futebolistas, mas o mais bem-sucedido é evidentemente Ricardo, que fez a sua 100.ª internacionalização pela Suíça antes do último Mundial. Campeão do mundo pelos sub-17 da Suíça em 2009, despoletou uma carreira que o levou a Wolfsburgo, AC Milan, PSV e Torino, sendo regular destes últimos desde 2020. Rodriguez é o melhor amigo do capitão suíço Granit Xhaka, com o qual partilha quarto nos estágios da seleção. A sua carreira é marcante também pelo difícil início de vida: teve apenas 50% de probabilidades de sobreviver, ao nascer com uma hérnia no diafragma. Em 2015 perdeu a sua mãe, Marcela, vítima de um cancro, e tem o ano em que a sua mãe nasceu, 1968, tatuado nas costas.

Logo 14. Steven Zuber
14. Steven Zuber

Data de Nascimento: 17.08.1991

Posição: Ala / Extremo Esquerdo

Clube: AEK Atenas

Zuber, que pode fazer várias posições no ataque, pensava que o seu tempo na seleção tinha terminado após ter falhado o Mundial 2022 por não estar num bom momento de forma, tendo saído do Eintracht Frankfurt para se juntar ao AEK Atenas, por empréstimo. Contudo, como os principais problemas da Suíça surgem no ataque, Zuber voltou à convocatória para esta fase final. O antigo jogador do Grasshopper tem imensa experiência, tendo jogado no CSKA Moscovo, e na Bundesliga pelo Hoffenheim, Estugarda e Frankfurt. Está com o AEK desde 2021 e tornou-se campeão grego em 2023. Marcou o seu golo mais importante pela seleção no Mundial 2018, num empate (1-1) frente ao Brasil.

Logo 15. Cedric Zesiger
15. Cedric Zesiger

Data de Nascimento: 24.06.1998

Posição: Defesa Central

Clube: Wolfsburgo

O imponente central (1.94m) fez a sua estreia profissional no verão de 2015, com 17 anos, pelo Neuchâtel Xamax, da segunda divisão suíça, antes de se juntar ao Grasshoppers e, em 2019, ao Young Boys. Nos anos que se seguiram, ‘Zesi’, como é conhecido, celebrou três campeonatos e duas taças em Berna, sendo um elemento-chave na defesa. Há um ano sentiu que estava pronto para dar o passo em frente e mudou-se para o Wolfsburgo, no qual se tornou numa presença habitual. Tal como nos clubes anteriores, Zesiger também usa a camisola número 5 no atual emblema – porque o seu avô nasceu no dia 5 de março e, também, porque o seu jogador de eleição, Zinédine Zidane, usava esse número no Real Madrid.

Logo 16. Vincent Sierro
16. Vincent Sierro

Data de Nascimento: 08.10.1995

Posição: Médio

Clube: Toulouse

Vincent Sierro merece dois prémios: um pela sua paciência, já que apenas fez a estreia pela seleção em 2024, aos 28 anos, e outro por ser um médio que aproveita a sua inteligência. Apaixonado por táticas e a pensar constantemente no seu posicionamento, bem como no dos seus companheiros, foi nomeado capitão do Toulouse por vários motivos. Porque fala vários línguas fluentemente, mas também porque lidera pelo exemplo e mostrou isso por diversas ocasiões no Young Boys, após ter começado no Sion, o clube da sua região. Juntou-se ao Toulouse em janeiro de 2023 e terminou a sua primeira temporada ajudando o clube a levantar a sua primeira taça de França depois de um triunfo sobre o Nantes na final.

Logo 17. Ruben Vargas
17. Ruben Vargas

Data de Nascimento: 05.08.1998

Posição: Extremo Esquerdo

Clube: Augsburgo

O extremo de 25 anos é um dos favoritos do selecionador Murat Yakin. Joga sempre, em parte pela sua versatilidade no ataque. É também um regular no Augsburgo e fez uma boa época na Alemanha. Após cinco anos na Bundesliga, o nativo de Lucerna parece pronto para uma transferência no verão. Vargas ainda tem contas a ajustar com o Euro: nos ‘quartos’ de 2021 foi o terceiro e último suíço a falhar um penálti no desempate contra a Espanha (3-1, após empate a uma bola). O filho de pai dominicano e mãe suíça terminou um curso de três anos como pintor durante o seu tempo em Lucerna.

Logo 18. Kwadwo Duah
18. Kwadwo Duah

Data de Nascimento: 24.02.1997
Posição: Avançado
Clube: Ludogorets Razgrad

Foi o grande vencedor do estágio pré-Euro de duas semanas, em St. Gallen. Até então poucos teriam este jogador nascido em Londres e com raízes ganesas no radar, embora tenha o hábito de marcar regularmente pelo campeão búlgaro. Na verdade, a inclusão na convocatória foi tão inesperada que deixou em choque o próprio jogador. «Surgiu do nada. Consegui sempre uma boa média de golos, nos últimos anos, e nunca fui chamado», reagiu. Estreou-se a 4 de junho, frente à Estónia. «Um sonho tornado realidade. Foi tudo um pouco surreal. A camisola vai para um quadro, para pendurar na parede», adiantou. Fora de campo é um grande fã de banda desenhada. «Pato Donald, Rato Mickey... é um hobby especial, eu sei, mas acalma-me. Gosto de ler quando vou no autocarro da equipa, por exemplo.»

Logo 19. Dan Ndoye
19. Dan Ndoye

Data de Nascimento: 25.10.2000

Posição: Extremo Esquerdo

Clube: Bolonha

Foi apenas à segunda tentativa que o extremo veloz garantiu uma transferência de sucesso para o estrangeiro. Com 19 anos mudou-se do seu clube de formação, Lausanne-Sport, para o Nice, mas foi incapaz de progredir para além de suplente no sul de França. Voltou à Suíça e afirmou-se no Basileia, clube pelo qual chegou às meias-finais da Liga Conferência. No último verão, o Bolonha comprou-o por 9 milhões de euros. Em Itália tem estado entre o onze inicial e o banco, mas fez o seu papel na sensacional época do clube que assegurou a participação na Liga dos Campeões na próxima época. Na seleção, Ndoye terá sido o maior vencedor dos dois amigáveis em março. O jogador de Lausasse beneficiou da mudança para uma defesa a três e é provável que seja utilizado como ala a partir do flanco esquerdo.

Logo 20. Michel Aebischer
20. Michel Aebischer

Data de Nascimento: 06.01.1997

Posição: Médio

Clube: Bolonha

Junto de Dan Ndoye e Remo Freuler, fazem parte do contingente suíço do Bolonha que ajudou o clube a qualificar-se para a próxima edição da Liga dos Campeões. É titular regular no seu clube e é, ocasionalmente, capitão. Pela seleção, contudo, tem tido menos relevância, devido à forte concorrência no meio-campo. Só foi internacional por 18 vezes em cinco anos – à data em que se escreve este texto –, mas recentemente tem jogado mais com Murat Yakin. Aebischer é um produto da formação do Young Boys e celebrou a conquista de quatro campeonatos e uma taça pelo clube de Berna. Joga em Itália desde 2022. Cresceu num cantão de Fribourg e, por esse motivo, fala alemão e francês fluentemente. Conhecido por ser uma pessoa reservada, é eloquente e inteligente, sendo considerado um grande jogador de equipa.

Logo 21. Gregor Kobel
21. Gregor Kobel

Data de Nascimento: 06.12.1997

Posição: Guarda-redes

Clube: Borussia Dortmund 

No outubro de 2023 houve rumores sobre uma mudança de guarda-redes na Suíça, mas quando era suposto Kobel ter a sua oportunidade, na qualificação para o Euro, sofreu uma lesão que o retirou da corrida. Para o diretor desportivo do Borussia Dortmund, Sebastian Kehl, uma coisa é óbvia: «O Gregor é o melhor guarda-redes suíço!» O seu valor de mercado é acima de 40 milhões de euros e é regularmente votado como o melhor guarda-redes da Bundesliga: a sua saída do Dortmund para um clube maior e a chegada à titularidade na seleção são uma questão de tempo. Ainda assim, tudo podia ter sido diferente: na adolescência, Kobel aspirava uma carreira como tenista, snowboarder ou hoquista.

Logo 22. Fabian Schaer
22. Fabian Schaer

Data de Nascimento: 20.12.1991

Posição: Defesa Central

Clube: Newcastle

Philipp Dux, treinador de Fabian na formação, assumiu que não teria apostado que este ia tornar-se profissional. Embora um defesa talentoso, aos 16 anos jogava com os seus amigos na sétima divisão suíça. Depois de se formar como bancário, tudo indicava que se juntasse à fábrica de janelas do seu pai. Contudo, este disse-lhe para tentar o futebol novamente e o jovem ouviu as suas palavras, tornando-se num dos centrais mais fortes da história do futebol helvético. Viajou por clubes suíços como o Wil e Basileia, e depois para o Hoffenheim e Deportivo da Corunha, de Alemanha e Espanha, respetivamente. Após a saída do Deportivo, em 2018, o Newcastle assinou contrato com o jogador, que seis anos depois ainda por lá anda. Graças à sua habilidade goleadora é conhecido como o “Alan Shearer da defesa” em St. James Park. Como jovem estava igualmente confortável a jogar no meio-campo, e os seus passes diagonais a partir da defesa estão numa categoria à parte.

Logo 23. Xherdan Shaqiri
23. Xherdan Shaqiri

Data de Nascimento: 10.10.1991

Posição: Extremo Direito

Clube: Chicago Fire

Vencedor da Liga dos Campeões por duas vezes, está a entrar naquele que pode ser o seu último grande torneio. Embora esteja a jogar na MLS desde 2022, após carreira no Basileia, Bayern de Munique, Inter, Stoke, Liverpool e Lyon, ainda é dos jogadores mais importantes da Suíça. Sem o jogador de 32 anos a equipa parece não ter ideias no ataque. E Shaqiri é o homem dos grandes momentos. O seu hat-trick no Mundial 2014, contra as Honduras, o seu pontapé de bicicleta nos ‘oitavos’ do EURO 2016, frente à Polónia, e o seu marcante golo da vitória perto do fim, frente à Sérvia, no Mundial 2018, são momentos inesquecíveis para o futebol suíço. O canhoto é o único jogador europeu, além de Cristiano Ronaldo, a ter marcado nos últimos cinco europeus ou mundiais. E, não fossem as ausências repetidas por problemas musculares, Shaqiri seria, neste momento, o recordista de internacionalizações pela Suíça. 

Logo 24. Ardon Jashari
24. Ardon Jashari

Data de Nascimento: 30.07.2002

Posição: Médio

Clube: Luzern

O jogador de 21 anos evoluiu muito nos últimos dois anos. Tornou-se uma figura do campeonato suíço com o Luzern, tornando-se vice-capitão e, posteriormente, capitão. Foi convocado para o Mundial 2022 e, com as suas capacidades de liderança, o filho de emigrantes macedónios tem sido comparado a um jovem Granit Xhaka. Contudo, também tem sido notícia fora dos relvados, nos últimos anos. Primeiro porque queria forçar uma transferência para o Basileia e, depois, porque não queria honrar uma chamada à seleção sub-21. Jashari faz questão de responder às críticas com grandes exibições dentro de campo. O seu talento é bem evidente. Neste verão juntar-se-á ao Club Brugge, da Bélgica. Se o médio continuar sem problemas físicos e com os pés no chão, será certamente uma peça importante da seleção no futuro.

Logo 25. Zeki Amdouni
25. Zeki Amdouni

Data de Nascimento: 04.12.2000

Posição: Ponta de lança

Clube: Burnley

Aos 13 anos foi dispensado do Servette depois de contrair uma lesão grave no pé. A dor dessa saída permaneceu bem vincada, durante muito tempo, e quando se destacou no Lausanne-Ouchy, da segunda divisão, o Servette queria trazer de volta o seu filho pródigo. Mas Amdouni acabou por ir para o Lausanne-Sport e, desde aí – via uma época de empréstimo no Basileia – o avançado mudou-se para o Burnley por cerca de 18 milhões de euros, no último verão. Filho de um turco, dono de um quiosque, e de mãe tunisina, cresceu na cidade francesa de St. Julien, perto da fronteira suíça. A família mudou-se para Genebra quando tinha 5 anos, e abandonou o ensino secundário aos 16 – para desagrado dos seus pais. Amdouni apostou tudo na sua carreira futebolística e foi recompensado. «Tem uma qualidade incrível. É ambidestro, forte de cabeça, prepara-se bem, é um jogador de equipa, bom ouvinte e quer sempre aprender», disse o seu antigo treinador no Étoile Carouage, Jean-Michel Aeby. Impressionou na Premier League, mesmo com a descida de divisão do Burnley.

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26. Fabian Rieder

Data de Nascimento: 16.02.2002

Posição: Médio

Clube: Rennes

Rieder era júnior no Basileia quando decidiu mudar-se para os grandes rivais do Young Boys, em 2017. A história por trás é trágica: depois da morte do seu pai, Rieder queria passar mais tempo em casa com a mãe. Uma mudança altamente compreensível, mas ainda assim amarga para o Basileia: perderam o maior talento suíço da sua geração. Rieder estreou-se pelo YB em 2020 e deixou os campeões suíços em 2023, a troco de 15 milhões de euros, para o Rennes. Algumas lesões têm prejudicado o seu crescimento em França, ainda assim. Aos 22 anos ainda tem o tempo do seu lado, mas o prodigioso talento suíço tem falhado em alcançar o seu potencial nos palcos internacionais.

 

Textos de Lucas Werder, Sebastian Wendel e Christian Finkbeiner, que escrevem para o 'Blick'. Publicados em A BOLA no âmbito da Guardian Experts' Network, rede de troca de conteúdos para o Euro 2024 liderada pelo jornal inglês 'The Guardian', e que tem A BOLA como representante português.