Croácia - Jogadores

Data de nascimento: 09-01-1995

Posição: guarda-redes

Clube: Fenerbahce

Quando o número 1 croata defendeu 3 penáltis no Mundial de 2022, frente ao Japão, tornou-se apenas no 3.º da história a fazê-lo. Depois, ainda salvou mais um, de Rodrygo, nos quartos de final, diante do Brasil. Tinham passado apenas uns meses desde que teve a posição sob ameaça. «Estás a radiar insegurança e isso reflete-se na equipa», disse-lhe Modric durante uma palestra que veio a público mais tarde em Captains, um documentário da Netflix. «Todos cometemos erros. O teu problema é teres medo de os cometer», acrescentou. Livakovic reergueu-se e tornou-se herói no Catar. O pai Zdravko, engenheiro civil, foi secretário de Estado no ministério do mar, transportes e infra-estruturas. Livakovic jogou basquetebol em criança e estudou diplomacia e relações internacionais na universidade, mas entretanto deixou o curso em suspenso.

Data de nascimento: 02-04-2000

Posição: lateral-esquerdo

Clube: Bayer Leverkusen (por empréstimo do Bayern)

São dias felizes os que vive o lateral nascido em Munique, que optou por representar o país dos pais, ao invés da Alemanha, apesar de ainda ter alinhado pelos sub-19 germânicos. Passou da reserva no Bayern a opção regular nos novos campeões, o Bayer Leverkusen, e ameaça tornar seu o lugar de Josip Juranovic na seleção, como opção ligeiramente mais defensiva. Curiosamente, Zlatko Dalic promoveu a sua estreia pelos AA em outubro de 2021, apenas 3 meses depois de assinar o primeiro contrato profissional no Bayern, mas vários antes sequer de se ter estreado pelos sub-21.

Data de nascimento: 11-09-1997

Posição: central

Clube: Lecce

O defesa nascido na Alemanha teve uma passagem difícil não só no Wolfsburgo, ao sentir-se obrigado a processar juridicamente o clube por bónus alegadamente não pagos, como também no Dortmund, quando aí esteve emprestado, especialmente com Mark van Bommel, o técnico na altura. «Estava a dar em maluco e queria agarrá-lo. Mas não é assim que se fazem as coisas, tens de te sentar com ele e falar como um político», explicou em 2021. Depois de recusar pedir desculpa pelos comentários, começou a sentir-se indesejado e acabou por rumar ao Lecce, ao serviço do qual assinou uma boa temporada.

Data de nascimento: 23-01-2002

Posição: central

Clube: Manchester City

Today a gente gosta de Little Pep, é um facto. «Adoram-no tanto que nem iriam acreditar», disse Pep Guardiola, ou Big Pep, recentemente. E porque não? Aos 22 anos, é um dos melhores defesas do mundo, mas também uma pessoa com os pés bem assentes na terra, que não deixa a fama subir-lhe à cabeça. Há apenas seis anos pensou desistir do futebol e juntar-se ao pai, Tihomir, na venda de peixe no mercado de Dolac, em Zagreb. Em vez disso, pegou num mapa mental que um amigo de família lhe deu e pendurou-o na parede do quarto. «SUCESSO», dizia, tudo a maiúsculas, com outras palavras sublinhadas: disciplina, clube de topo e plano A. E que tal um plano B? «Nessa altura já não me podia dar a esse luxo», disse.

Data de nascimento: 24-01-1998

Posição: defesa

Clube: Sassuolo

«Quando era criança vivia debaixo do mesmo telhado do que animais de quinta, só uma parede nos separava», disse o defesa do Sassuolo numa entrevista reveladora. «Houve tempos difíceis, em que colecionávamos garrafas para vender… Não tenho vergonha disso», admitiu. Erlic, que está à beira de se tornar titular na Croácia, deixou o seu país aos 16 anos para rumar a Itália, e passou por inúmeras dificuldades devido às muitas mudanças, empréstimos e lesões, antes de finalmente chegar à Serie A. Quando se estreou pela seleção, em junho de 2022, a chamada foi tão inesperada que teve de faltar ao casamento do irmão para poder jogar. «Tive pena», disse. «Mas foi para isto que treinei e sacrifiquei tanto.» E foi uma estreia e tanto: um jogo em casa frente aos ainda campeões mundiais em título, a França, que terminou 1-1, com uma boa exibição sua.

Data de nascimento: 28-02-2000

Posição: central

Clube: Ajax

Antes do Mundial 2022, parecia que iria ser o titular durante os anos vindouros. Central entusiasmante, rápido, calmo e muito competente com a bola nos pés – tinha 14 anos quando saiu da pequena Metkovic e se mudou 320km para norte para ingressar na academia do Dínamo de Zagreb –, preparava-se para ajudar a rejuvenescer uma defesa envelhecida, quando viu Lovren passar-lhe à frente antes do início do torneio. Lovren retirou-se da seleção no final do Campeonato do Mundo, mas Sutalo nem por isso tem sido mais feliz. A mudança para o Ajax tornou-se um pesadelo e a titularidade está longe de estar garantida.

Data de nascimento: 17-01-1998

Posição: médio

Clube: Wolfsburgo 

O pai de Majer, Egon, representou a Croácia no taekwondo, porém o futebol era a única coisa em que Lovro pensava. «Nunca quis saber muito de outras coisas», reconheceu. Em 2008, foi uma das crianças que acompanhou Luka Modric na entrada em campo no grande dérbi entre Dínamo e Hadjuk. Pouco tempo depois, nenhum dos dois estava no clube: Modric foi vendido ao Tottenham e Majer saiu para continuar a evoluir em clubes mais modestos. Só voltou passados dez anos e, desde então, já representou o Rennes e, na época transacta, o Wolfsburgo. O versátil médio nunca se conseguiu fixar como titular, mas aproxima-se, ainda assim, das 30 internacionalizações.

Data de nascimento: 06-05-1994

Posição: médio

Clube: Manchester City

Apesar de todos os troféus conquistados ao serviço de vários clubes – e muitos ganhou, incluindo quatro Ligas dos Campeões, embora só tenha participado numa final, pelo Chelsea, contra o Manchester City, em 2021, e mesmo essa durante apenas 10 minutos –, e as suas 100 internacionalizações, Kovacic nunca esteve entre os jogadores mais populares da Croácia. Talvez seja por falta de carisma natural, andar sempre na sombra de Modric ou por nunca parecer dizer nada de remotamente interessante em entrevistas. É, por vezes, chamado de menino de altar – porque, na verdade, foi um deles e conheceu a então futura esposa quando ela fazia parte do coro –, e também por isso todos foram surpreendidas quando, em 2018, na chegada da seleção a Zagreb depois do Mundial, agarrou o microfone e disparou: «Estamos bêbados que nem uns gatinhos!» Um momento particularmente bizarro numa carreira de resto bem sólida.

Data de nascimento: 19-06-1991

Posição: ponta de lança

Clube: Hoffenheim

Mais um dos veteranos da Vatreni que já passou por tudo. Começou por ser um avançado puro, porém já evoluiu para outros papéis, como o de um jogador que aparece muito bem entre linhas. Uma das consequências foi ter dificuldades em encontrar a sua verdadeira função na seleção, apesar de somar mais de 90 internacionalizações. Golos, contudo, sempre foram uma grande obsessão, desde que começou a bater recordes na formação do Dínamo. Kramaric fazia parte do Leicester campeão inglês em 2015/16, mas nunca recebeu a medalha porque foi emprestado ao Hoffenheim a meio da temporada, após meramente duas presenças. Tornou-se numa lenda do clube germânico e cumpriu recentemente o 250.° jogo na Bundesliga, com mais de 100 golos na competição.

Data de nascimento: 09-09-1985

Posição: médio

Clube: Real Madrid

«O que as pessoas sabem sobre o Luka», disse o falecido Tomislav Basic, um dos seus primeiros treinadores e a quem Modric chamava de segundo pai, «é que ele aprendeu quase tudo sozinho. Durantes dias e meses a feio, este miúdo pequeno e malnutrido jogava sozinho no parque de estacionamento dum hotel para refugiados, a mandar a bola contra a parede e a controlá-la com a meia-volta que se iria tornar o seu movimento de marca.» A história do menino que testemunhou a guerra e virou vencedor da Bola de Ouro é bem conhecida, bem como – se bem que não ao mesmo nível – os problemas com a lei, incluindo acusações de perjúrio e de evasão fiscal, no entanto, são os detalhes e as várias camadas do caso que o tornam tão especial. Especialmente agora, com quase 39 anos, 18 de seleção. Será o último torneio do maestro? Por esta altura, só ele o saberá.

Data de nascimento: 16-11-1992

Posição: médio

Clube: Al Nassr

A tatuagem de uma bomba distingue-se de imediato no pescoço do incansável médio. É, na verdade, um tributo ao pai, Ivan, cuja alcunha nos dias de futebol amador era precisamente essa: Bomba. «Futebol e escola não combinam bem», disse uma vez o pai de Brozovic, um talhante, ao filho, quando este quis, aos 16 anos, perseguir a carreira de jogador e desistir da escola. A Arábia Saudita talvez fosse o último sítio onde o veríamos o amável e alegre Epic Brozo acabar, mas hoje é colega de equipa de Cristiano Ronaldo no Al-Nassr. Ainda assim, o herói improvável da Croácia ainda é insubstituível no meio-campo. Obcecado com jogos de bar como dardos, bilhar e matraquilhos, comprou uma propriedade onde existia já um bar muito popular, quando procurava casa na cidade-natal de Velika Gorica.

Data de nascimento: 10-10-1999

Posição: guarda-redes

Clube: Rijeka

Talvez o melhor guarda-redes da liga croata e, provavelmente, primeira alternativa a Livakovic. Foi crescendo no clube da terra, o Junak Sinj, e no Sibenik, da segunda divisão, até chegar aos candidatos ao título Rijeka, mostrando sempre uma marcante força mental e liderança. «Sempre fui guarda-redes», disse. «Desde que comecei a jogar futebol foi esse o meu papel. Não sei porquê, talvez porque não conseguia correr muito!». Gosta de heavy metal e de ver filmes, mas o hobby favorito é fazer pub quizzes com os amigos. E eles garantem que ele é mesmo muito bom.

Data de nascimento: 04-10-1997

Posição: médio

Clube: Torino 

Em 2014, quando o incluíram na primeira lista Next Generation elaborada pelo Guardian, Vlasic já tinha construído há alguns anos uma certa reputação na Croácia. O seu pai, Josko, ex-decatleta e consagrado preparador físico, falara dele em algumas entrevistas, chamando-o de monstro motorizado e vaticando que poderia tornar-se um jogador de topo. As pessoas acreditaram porque Josko já tinha treinado uma atleta que acabaria por conquistar o mundo – a filha, Blanka, no salto em altura – antes de começar a trabalhar individualmente, desde os quatro anos, com o filho mais novo Nicola, jogando com ele e aperfeiçoando a sua habilidade. Embora não tenha conseguido causar impacto na Premier League – ao serviço de Everton e West Ham –, tornou-se depois peça importante no Torino. Aos 26 anos, já soma bem mais de 50 jogos pela Croácia.

Data de nascimento: 02-02-1989

Posição: extremo

Clube: Hadjuk Split (por empréstimo do Tottenham)

No passado verão, quando Mate Pavic e Lyudmyla Kichenok ganharam o torneio de Wimbledon em pares mistos, viraram-se para a bancada e gritaram: «Ivan, está na hora!» Perisic, presente no público, riu-se, incrédulo. Este foi um dos pontos altos da campanha para o trazer de volta ao Hadjuk Split, clube de juventude e do qual saiu aos 17 anos sem se ter estreado pela primeira equipa. Nessa altura, o pai tinha uma quinta que passava por grandes dificuldades financeiras e que precisava do dinheiro que Ivan ganhasse no estrangeiro. Começava assim uma carreira marcante durante a qual conquistou títulos em 2 países diferentes, bem como ainda a Liga dos Campeões pelo Bayern. Acabou por voltar ao Hadjuk, assinando primeiro por empréstimo do Tottenham. Contudo, uma lesão no ligamento cruzado do joelho fez com que não conseguisse competir antes do final de abril. Ainda assim, mesmo a tempo do EURO.

Data de nascimento: 09-02-1995

Posição: médio

Clube: Atalanta

Quando estava vinculado ao Chelsea, Pasalic foi por cinco vezes emprestado e a emblemas de quatro países diferentes – Espanha, França, Itália, Rússia e de novo Itália – antes de o clube inglês o libertar sem um único jogo realizado. Encontrou uma casa na Atalanta, que o contratou em definitivo em 2020. Demorou igualmente a afirmar-se na seleção como opção valiosa, frequentemente a partir do banco. Aprendeu sobre a importância da paciência quando, aos 17 anos e com o rótulo de promessa já a si colado, os sonhos foram esmagados por uma infeção que o obrigou a passar 6 meses no hospital. «Pensei, por vezes, que não ia poder continuar a jogar», lembrou. Um ano depois, marcou os dois golos do Hadjuk na vitória no dérbi com o Dínamo e, no verão seguinte, assinou pelo Chelsea.

Data de nascimento: 22-07-1991

Posição: ponta de lança

Clube: Osasuna

Pesquisem «pior penálti da história» e encontrarão o avançado do Osasuna a falhar um de forma tremendamente bizarra diante do Valência, em abril deste ano, espantando tudo e todos, no banco e nas bancadas. Foi tão mal batido que nem há palavras para descrevê-lo. Budimir, refugiado da guerra Bósnia, estudante universitário de economia e gestão e uma muita boa pessoa que só se estreou na seleção aos 29 anos, já foi chamado de Mario Mandzukic dos pobres devido ao espírito lutador, ética de trabalho e forte capacidade no jogo aéreo. Nunca foi um goleador prolífico até apontar 16 golos na época passada na La Liga e, a dado momento, figurar como melhor marcador – imediatamente antes daquele penálti, na sequência do qual se lesionou. É esperado que recupere mesmo a tempo do EURO.

Data de nascimento: 16-09-1994

Posição: ponta de lança

Clube: Dínamo Zagreb

Apesar do físico de clássico 9, não é o típico avançado-centro, impressionando com a técnica e a visão. «Gosto de pensar fora da caixa, no futebol e na vida», garante. Por vezes, a versatilidade trouxe-lhe problemas. Em 2018, esteve dois anos sem marcar, apesar de jogar regulamente tanto na Serie A como na B, e Zlatko Dalic, o selecionador, já disse que o quer ver na área e não fora desta. Até no Dínamo lhe tiraram a camisola 10, trocando-a pela 9, o que foi lido como uma mensagem clara. No entanto, o teimoso Petkovic nunca se sentiu na obrigação de fazer jus à mesma, mesmo que isso tenha significado falhar alguns encontros de tempos a tempos. É ainda um bom jogador de xadrez: «As outras pessoas jogam videojogos no telemóvel, eu jogo xadrez. Sou o tipo de pessoa que gosta de estar sempre a pensar.»

Data de nascimento: 26-11-1998

Posição: médio/extremo

Clube: Feyenoord

Ao não ser convocado para o Mundial 2022, o então jogador do Dínamo de Zagreb assumiu que concordava completamente com a decisão do treinador. «Não estive ao nível exigido esta época», reconheceu. «Se estiver bem o suficiente, de certeza que consiguirei ganhar o meu lugar no futuro. Ainda sou jovem e vou dar o meu melhor.» E assim fez. Depois de impressionar na época seguinte, transferiu-se para o Feyenoord e prolongou o bom momento, tendo ganho um papel igualmente importante ao serviço da Croácia. No meio-campo ou como extremo, o talentoso jogador de 25 anos poderá ser uma das armas secretas da Vatreni no EURO.

Data de nascimento: 21-01-1998

Posição: lateral-esquerdo

Clube: Ajax

«Perturba a ordem estabelecida», lê-se numa das várias tatuagens do lateral, esta gravada abaixo do peito. E foi o que fez depois de se juntar no último verão ao Ajax, onde tem passado ainda pior do que Sutalo. Aconteceu o mesmo em maio de 2021, ao declarar-se elegível para jogar pela Alemanha devido à mãe, Vesna, ter nascido em Berlim. Depois de perceber que não ia ser chamado pela Croácia para o EURO 2020, decidiu ainda averiguar sobre um possível interesse de Joachim Löw, mas já era tarde demais para realizar a troca a tempo do torneio. Sosa desculpou-se publicamente pelo ocorrido já perto do final do ano, quando já jogava pela Croácia. Apaixonado por animais, apadrinhou um elegante num zoo em Estugarda, ajuda um resort de animais selvagens em África e adotou um koala chamado Jimmy na Austrália.

Data de nascimento: 06-05-1995

Posição: extremo

Clube: Rijeka

Quando se mudou, em 2016, do Dínamo para a Juventus a troco de 23 milhões de euros, o sucesso parecia aposta segura. O extraordinariamente talentoso extremo, capaz de dribles devastadores em grande velocidade, era um dos croatas mais excitantes dos anos anteriores e já tinha impressionado no EURO, em França. Contudo, uma rotura de ligamentos cruzados no joelho estragou-lhe as perspetivas pelo clube e pela seleção, e acabou por voltar à Croácia depois de uma série de empréstimos. Impressionou ao serviço do Rijeka na época passada e voltou às opções de Zlatko Dalic.

Data de nascimento: 29-04-1989

Posição: central

Clube: AEK Atenas

«Todas as equipas precisam de um Vida», afirmou, há alguns anos, um adepto da Croácia quando se referia ao central de agora 35 anos e já com mais de 100 internacionalizações amealhadas, que, apesar de tudo, nunca jogou num clube de topo. Muitos já o tinham reformado, mas ainda fez uma grande época com o AEK e pode muito bem ser titular em alguns jogos na fase final. Filho de Rudika, um jogador de culto, um avançado em forma de fortaleza voadora que marcava quase todos os golos com a sua afamada testa, Vida é o casamenteiro da equipa e dono de uma quinta na região natal de Donji Miholjac. «Tenho vários restaurantes que me compram carne porque sabem que é fresca», disse. Joga todos os jogos como se fossem o último.

Data de nascimento: 16-08-1995

Posição: lateral-direito

Clube: Union Berlin

«O meu sonho é jogar um dia pela seleção!» Foi o que disse um anónimo jogador da terceira divisão depois de ganhar uma competição nacional de futebol amador e de tirar uma fotografia com Mario Mandzukic. Poderia ter sido esse o momento mais alto da sua carreira, mas o Hadjuk Split ficou suficientemente intrigado para o contratar para a equipa de reservas aos 19 anos. A transferência não fez dele um homem rico: recebia cerca de 150 libras por semana. Dois anos depois, chegou o dia da realização do sonho, a estreia pela Croácia, já depois de fazer a transição de médio ofensivo para lateral. No Catar, foi um dos heróis, particularmente nos quartos de final, frente ao Brasil, ao anular Vinícius Júnior. Não teve uma grande época com o Union Berlin, mas o seu passado deu-lhe algum crédito.

Data de nascimento: 01-02-1995

Posição: guarda-redes

Clube: Pafos

«Se falhar no futebol, não será tarde para me tornar num bom pasteleiro», afirmou o jogador cujos pais são donos duma pastelaria na cidade costeira de Rijeka. Não falhou, embora a trajetória esteja a ser pouco comum e muito desafiante. Ivusic saiu de casa aos 14 anos para ingressar no Inter, onde aprendeu com Samir Handanovic, porém voltou à Croácia seis anos depois para se juntar ao Istra, da primeira divisão. Após uma estadia curta e desapontante nos gregos do Olympiacos, regressou ao seu país, agora ao Osijek, e tornou-se num dos melhores guarda-redes do campeonato. No ano passado, contudo, assinou pelo Pafos, do Chipre, e manteve o lugar na seleção como suplente.

Data de nascimento: 14-09-2000

Posição: extremo-direito

Clube: Rijeka

«Agora posso morrer em paz», atirou o extremo nascido em Alemanha, em novembro de 2023, após a estreia pela Croácia em jogos a doer, frente à Letónia. «Não consigo descrever o quão feliz estou porque era um sonho. Costumava ir aos jogos como adepto e nunca esperei que este momento chegasse tão cedo.» Pasalic jogou em vários clubes alemães na sua juventude e trabalhou na construção civil com o irmão. Somou apenas duas presenças pelo Borussia Dortmund antes de se juntar ao Rijeka em final de contrato no último verão. Aí, fez explodir a carreira de tal forma que garantiu a presença no EURO.

Data de nascimento: 08-09-2002

Posição: médio

Clube: Red Bull Salzburgo

O próximo Luka Modric. Muitos jovens croatas têm sentido o peso do rótulo na última década e nenhum correspondeu às expetativas. Por momentos, pareceu que o miúdo nascido na Áustria lhe pudesse suceder no trono. É um talento efervescente em Salzburgo: é capaz de coisas extraordinárias, embora de uma forma muito terra-a-terra e muito mais direta do que o maestro que pauta o jogo. As lesões têm prejudicado a sua evolução, mas agora está à beira de ser protagonista na seleção, esperando que chegue o seu momento.

Data de nascimento: 16-02-2003

Posição: médio

Clube: Dínamo Zagreb

Antigo talento da formação do Hadjuk Split, acabou por precisamente se afirmar nos grandes rivais de Zagreb. Foi uma das maiores promessas croatas dos 14 aos 21 anos, a idade que agora apresenta. Joga regularmente pelo clube e fez o primeiro jogo completo pela seleção em novembro do ano passado. Com apenas duas internacionalizações, já eclipsou o pai, Mate, que conseguiu uma única presença na seleção em 1999. É visto como aposta de futuro e um dos futuros líderes da seleção após a retirada da velha guarda. Tem sido observado por vários grandes clubes e pode ser protagonista de uma grande transferência no verão.

Textos de Alex Holiga, que escreve para o 'Telesport'. Publicados em A BOLA no âmbito da Guardian Experts' Network, rede de troca de conteúdos para o Euro 2024 liderada pelo jornal inglês 'The Guardian', e que tem A BOLA como representante português.