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Manuel Neuer. Foto: IMAGO
1. Manuel Neuer

Data de Nascimento: 27-03-1986

Posição: Guarda-redes

Clube: Bayern Munique

Para muitos, Manu é o melhor número 1 de sempre – o líbero que revolucionou o jogo. «É capaz de dar a uma equipa um sentimento que nenhum outro guarda-redes no mundo consegue», disse Leon Goretzka. Mas ainda será Neuer, aos 38 anos, o melhor guarda-redes alemão? Depois da desilusão a sair do Mundial 2022 na fase de grupos, Neuer foi esquiar com amigos – e partiu a perna direita. Enquanto recuperava no hospital, o Bayern despediu o seu amigo e treinador de guarda-redes, Toni Tapalovic. «Senti que me estavam a arrancar o coração», disse Neuer, em entrevista à Süddeutsche Zeitung. O veterano voltou aos relvados em outubro de 2023, mas não tem sido o mesmo, cometendo um erro crasso na derrota do Bayern frente ao Real Madrid na Liga dos Campeões. Mas Nagelsmann já o disse: Neuer começará o Euro a titular.

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2. Rudiger

Data de Nascimento: 30-03-1993

Posição: Central

Clube: Real Madrid

O líder da defesa. Venceu a Liga dos Campeões com o Chelsea em 2021, mudou-se para o Real Madrid no ano a seguir e agora é o patrão da defesa. Um sólido jogador defensivo que também pode ser usado na construção, Rudiger deve ser titular nos anfitriões. Por vezes é displicente e um pouco arrogante – como se pode ver em várias compilações. Um vídeo mostra-o a galopar à frente do japonês Takuma Asano no Mundial; mesmo jogador que mais tarde marcaria o golo da vitória. O alemão diz que os jogos psicológicos com os adversários fazem parte do jogo. A forma como aparece atrás dos avançados passava facilmente por uma personagem de Stephen King. Em março, o antigo editor-chefe do BILD, Julian Reichelt, partilhou uma fotografia de Rudiger no X, na qual levanta o dedo indicado, um sinal de fé muçulmana. Reichelt chamou-o de «dedo IS [Islamic State]» e «islamismo no onze inicial da Alemanha». Rudiger e a federação alemã tomaram medidas, com o defesa a oficializar uma queixa de difamação e incitação ao ódio.

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David Raum IMAGO
3. David Raum

Data de Nascimento: 22-04-1998

Posição: Lateral-esquerdo

Clube: RB Leipzig

Raum ainda jogava na segunda divisão com o Greuther Furth há três anos, com 23 anos. Mudou-se para o Hoffenheim e, depois de uma boa época, para o RB Leipzig, no qual já ganhou a taça alemã (embora estivesse no banco, na final). Joga mais vezes como um médio pela esquerda do que como lateral-esquerdo. Raum coleciona assistências – 13 esta época, em todas as competições –, mas também manda muitos cruzamentos para fora. Foi titular nos 3 jogos da Alemanha no Mundial 2022, mas foi-lhe dito por Nagelsmann em março que está atrás de Mittelstadt e que está na seleção como jogador de grupo. «Aceitei e abracei esse papel», disse Raum, à Kicker. É certamente o jogador alemão mais tatuado no Euro – com uma no peito em que se lê «living the dream».

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4. Jonathan Tah

Data de Nascimento: 11-02-1996

Posição: Central

Clube: Bayer Leverkusen

Porquê só agora? Até muito jovem, no Hamburgo, Tah era visto como um grande defesa a fazer-se. O central juntou-se ao Leverkusen em 2015, mas, até recentemente, parecia longe de se tornar num jogador importante para a seleção. Ainda não jogou num Euro ou Mundial, mas isso certamente vai mudar este verão. Desde que Xabi Alonso se tornou no seu treinador, Tah tem jogado da forma que as pessoas esperariam: forte nos duelos, bom no ar, difícil de ultrapassar e com poucos erros. Talvez Alonso lhe tenha salvo a carreira. «Mas agora ainda sou mais desagradável porque tenho sempre o meu adversário na mira.» Rudiger e Tah – não quereria ser um avançado frente a esta dupla.

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Pascal Gross. Foto: IMAGO
5. Pascal Gross

Data de Nascimento: 15-06-1991

Posição: Médio

Clube: Brighton & Hove Albion

Pascal quem? Muitos alemães nem sabem pronunciar o nome do seu clube inglês corretamente: Brighton & Hove Albion. Aos 15 anos, Gross ainda jogava pelos escalões jovens do VfL Neckarau como parte da ‘geração de ouro’ da sua equipa local. «Foram os melhores tempos. Nunca me diverti tanto novamente», disse à revista 11 Freunde. Após juntar-se ao Hoffenheim, acabou por passar 5 épocas no Ingolstadt antes de se mudar para a Premier League por apenas 3 milhões de euros em 2017. É vice-capitão e o maior goleador do clube na Premier League com 30 golos. Outra arma versátil, pode rematar com ambos os pés e fazer bons cruzamentos. Jogou em quase todo o lado pelo Brighton esta época: lateral-esquerdo, lateral-direito, na defesa e como médio ofensivo. Na seleção é opção junto a Toni Kroos no centro do meio-campo – Gross e Kroos, uma tarefa difícil para pronunciar esses sobrenomes.

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6. Joshua Kimmich

Data de Nascimento: 08-02-1995

Posição: Lateral-direito/Médio

Clube: Bayern Munique

Tem sido uma época difícil para Kimmich, despromovido de médio para lateral-direito no clube e na seleção. Thomas Tuchel disse publicamente para o Bayern assinar um novo médio defensivo; Kimmich disse em vão que era um. Alguns adeptos na Alemanha viam-no como futuro candidato ao Ballon d’Or, mas a sua reputação tem caído a pique. Kimmich ainda pertence naturalmente à seleção, agora como lateral-direito, embora deixe a ideia que jogar nessa posição o coloque mais pressionado do que quando atua no meio-campo. Tem tantas semelhanças com Philipp Lahm, incluindo o facto de Kimmich ter treinador no mesmo campo do modesto clube FT Gem, o mesmo que o campeão do mundo. A voz de Kimmich é muito audível em campo. Este Euro é importante para ele, que fez parte das últimas três eliminações precoces da Alemanha em torneios e culpa-se a si próprio por isso. Após a eliminação no Mundial, disse: «Estou com um bocado de medo de cair para um buraco». Talvez seja ator numa carreira após o futebol; Kimmich apareceu numa série alemã de longa data, Tatort, no ano passado.

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7. Kai Havertz

Data de Nascimento: 11-06-1999

Posição: Médio/Avançado

Clube: Arsenal

O ‘lateral-esquerdo do coração’ da Alemanha – é onde Nagelsmann o colocou em jogos frente à Áustria e Turquia no ano passado antes de abandonar essa experiência. A ideia era particularmente maluca, mas diz muito sobre um jogador que ainda está por encontrar a sua melhor posição. No Arsenal tem jogado maioritariamente a número 9, sobretudo devido a falta de alternativas – tal como na seleção –, mas tem estado muito bem na segunda metade da época. Um incrível talento, mas, aos 24 anos, está em risco de ser o eterno talento (apesar de já ter decidido uma Liga dos Campeões). Frequentemente em todo o lado, por vezes em lado nenhum: desapareceu na queda do Arsenal na Liga dos Campeões em Munique, por exemplo. Ainda que o atacante mais talentoso, não é um indiscutível para liderar a linha ofensiva este verão. Cresceu com muitos animais, o seu favorito sendo o burro. Consegue fazer a expressão facial cerrada de Buster Keaton e Rudi Voller chamou-o uma vez de «uma mistura de Michael Ballack com Mesut Ozil». Num dia bom, é exatamente isso que consegue ser.

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8. Toni Kroos

Data de Nascimento: 04-01-1990

Posição: Médio

Clube: Real Madrid

O melhor futebolista alemão está de volta à seleção. Kroos retirou-se da Alemanha após o Euro, em 2021, dizendo que queria passar mais tempo com a família e concentrar-se no Real Madrid. Mas Nagelsmann lançou um projeto para o regresso de Kroos assim que ingressou na seleção. «Claro, também estava perturbado pelo ambiente na Alemanha, que estava a piorar gradualmente», disse Kroos no podcast que apresenta com o irmão, Felix. Queria ajudar a Alemanha. Não lhe falta confiança e os seus colegas mais novos falam disso como os católicos falam do Papa. O maestro do meio-campo trouxe imediatamente calma a uma seleção que perdeu frente à Áustria, Japão e Turquia em 2023. Já ganhou tudo em Madrid, incluindo a Liga dos Campeões por várias vezes (e uma com o Bayern), mas ainda tem algo a provar na seleção. Kroos diz sentir-se parcialmente responsável pelo Mundial 2018 e Euro 2021, nos quais a Alemanha saiu cedo de cena. Depois do Europeu vai retirar-se e lançar a Icon League, uma competição num relvado pequeno, com o streamer Elias Nerlich.

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9. Niclas Fuellkrug

Data de Nascimento: 09-02-1993

Posição: Ponta-de-lança

Clube: Borussia Dortmund

Lucke (intervalo). É o que é chamado, por causa do espaço entre os seus dentes. Fullkrug mudou-se para o Dortmund em 2023 após jogar pelo Werder Bremen, Hannover, Nuremberga e Furth. Fez a sua estreia na seleção com quase 30 anos. Os adeptos gostam dele. Não contribui muito nos jogos da sua equipa em que não consegue marcar – mas marcou 11 golos em 15 presenças pela seleção na altura em que isto é escrito. Sabe usar o corpo e sente-se confortável na grande área, algo que não pode ser dito sobre todos os avançados alemães. Fullkrug tinha 16 golos marcados pelo seu clube a meio de maio, mas teve de aguentar um jejum de 9 jogos antes de encontrar o fundo das redes frente ao Atlético de Madrid. Disse, depois, à Amazon Prime: «Se virmos a época toda e de onde eu vim, e tudo o que experienciei, e que agora estou nas meias-finais da Liga dos Campeões, não importa que não tenha marcado durante 9 jogos.»

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10. Jamal Musiala

Data de Nascimento: 26-02-2003

Posição: Médio

Clube: Bayern Munique

No ano passado, Musiala fez do Bayern campeão com um golo tardio em Colónia, na última jornada. Esta época, contudo, o jovem parece ter regredido pela sua elevada fasquia. «O potencial é imenso, mas a sua eficácia esta época não tem estado nem perto do que estamos habituados», disse o seu treinador, Thomas Tuchel, em março. Os seus movimentos a serpentear com a bola são difíceis de travar e pode fazer algo perigoso do nada, mas ainda tem de aprender quando passar a bola. Nascido em Estugarda, Musiala tinha sete anos quando a sua família se mudou para Inglaterra e passou 8 anos na academia do Chelsea. Representou a Inglaterra até aos sub-21 até mudar a sua fidelidade à Alemanha, e está inquieto por descartar a alcunha de ‘Bambi’ e ter um papel de relevo pelo Bayern e pela seleção nacional. «Já não sou um Bambi. Tenho mais responsabilidade em ambas as equipas», disse ao Sport Bild, recentemente.

Logo 11. Chris Fuehrich
Chris Fuehrich imago
11. Chris Fuehrich

Data de Nascimento: 09-01-1998

Posição: Extremo-esquerdo

Clube: Estugarda

Nascido na cidade mineira de Castrop-Rauxel, Fuhrich jogou por equipas como o Schalke, Dortmund e Dortmund na sua juventude. Afirmou-se na segunda divisão, no Paderborn, antes de se deslocar para sul e ingressar no Estugarda em 2021. Fora dos relvados é um devoto cristão, vegan e condutor de um Porsche. Dentro de campo atua como médio atacante à esquerda. As suas imagens de marca são o cabelo (penteado com gel para um dos lados) e ser a antítese de Robben – flete da esquerda para o centro com seu pé direito. É improvável que seja titular no Euro com tanta competição no ataque. Tem, ainda assim, impressionado como suplente – tem mostrado que consegue jogar bem com o seu colega de flanco no Estugarda, Maxi Mittelstadt.

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12. Oliver Baumann

Data de Nascimento: 02-06-1990

Posição: Guarda-redes

Clube: Hoffenheim

Indicado como um dos melhores guarda-redes da Bundesliga nos últimos anos, mas nunca o melhor. Baumann jogou mais de 450 jogos por Friburgo e Hoffenheim, mas ainda está por se estrear na seleção. O seu maior sucesso data de 2008 quando venceu o campeonato alemão jovem com o Friburgo (e o técnico Christian Streich). À primeira vista é um bocado surpreendente que Nagelsmann o tenha convocado para os amigáveis frente a Alemanha e Países Baixos em março. Por outro lado, o selecionador sabe que, em caso de emergência, pode contar com Baumann. Fora do sudoeste alemão, poucas pessoas o reconhecem na rua – mas ninguém jogou mais encontros na Bundesliga entre 2010 e 2019. Um homem calmo e sólido no melhor sentido da palavra – e o 3º guarda-redes perfeito.

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Thomas Muller. Foto: IMAGO
13. Thomas Muller

Data de Nascimento: 13-09-1989

Posição: Médio/Avançado

Clube: Bayern Munique

O joker residente. As opiniões variam sobre o quão engraçado Muller realmente é, mas tem sempre uma na manga – e todas as equipas precisam de alguém assim. Joachim Low expulsou-o da seleção em 2018, mas voltou em 2021 para o Euro. Autointitula-se de «intérprete do espaço». Diz que a sua pior derrota foi a final da Liga dos Campeões, em 2012, frente ao Chelsea, em casa: «Foi como se alguém desligasse a cidade da tomada». No dia seguinte mandou uma mensagem aos seus colegas de equipa: «Animem-se, rapazes. Vamos voltar a lutar para o ano». Em 2013 o Bayern fez o triplete da Bundesliga, taça e Liga dos Campeões. Junto a Toni Kroos, o campeão mundial Muller é o membro de maior sucesso da seleção. Mas ainda há um título que falta a ambos: o europeu.

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14. Maximilian Beier

Data de Nascimento: 17-10-2002

Posição: Ponta-de-lança

Clube: Hoffenheim

O jogador de 21 anos disse não conseguir dizer uma frase coesa depois de Nagelsmann o ter convocado e telefonado em março, dizendo simplesmente: «Sim, sim, okay, sim.» Alguns analistas podem sugerir que qualquer alemão que marque na Bundesliga tem chances de chegar à seleção, mas Beier foi o segundo melhor avançado alemão no campeonato atrás de Deniz Undav. É rápido, mesmo com a bola, e prefere chegar à grande área a partir do corredor esquerdo. É originalmente de Brandenburg na der Havel, fazendo dele um de três jogadores da antiga RDA na seleção, junto do retornado Toni Kroos e de Andrich. Alinha atualmente na outra extremidade do país com o Hoffenheim, e tem a oportunidade de se tornar campeão europeu.

Logo 15. Nico Schlotterbeck
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15. Nico Schlotterbeck

Data de Nascimento: 01-12-1999

Posição: Central

Clube: Borussia Dortmund

É provável que o central seja o Flibbertigibbet – uma presença alegre. Há algum tempo que é designado como um dos grandes talentos defensivos da Alemanha – porque é robusto, bom de cabeça, sabe passar e até driblar adversários de tempos em tempos. Tudo o que se pode querer de um central moderno. Infelizmente também é apanhado bastantes vezes fora da posição, e consegue ser imprudente nos duelos ou carrinhos. Parece, por vezes, que não controla a sua própria força, e precisa de treinadores que coloquem o seu talento no caminho certo. O seu colega no Borussia, Mats Hummels, defendeu-o em maio: «É surreal quão pouca apreciação este rapaz ainda tem!» Ao lado de Hummels, impediu o PSG de marcar nas duas mãos das meias-finais da Liga dos Campeões. A inspiração de Schlotterbeck é Fabio Cannavaro, que ele viu jogar, como adepto, no Mundial 2006. O nível de Cannavaro, ainda assim, ainda é bastante superior.

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16. Waldemar Anton

Data de Nascimento: 20-07-1996

Posição: Central/Lateral-direito

Clube: Estugarda

Quase despromovido com o Estugarda o ano passado, na próxima época vai jogar na Liga dos Campeões. A equipa foi a surpresa desta época da Bundesliga – além do Leverkusen – e Anton foi muito importante para que tal acontecesse. O capitão do Estugarda é um defesa à moda antiga, liderando a linha e oferecendo versatilidade. «O Waldemar é um defesa extremamente estável com um grande coração», disse Julian Nagelsmann. Raramente tem dias maus, atreve-se a arriscar no passe – então pode ser opção como médio defensivo, bem como central ou lateral-direito. Nascido no Uzbequistão, os pais alemães originalmente chamaram-no de Wladimir, mas quando se mudaram para a Alemanha com ele, em 1998, o seu primeiro nome mudou. Em Estugarda chamam-lhe de Waldi ou Wowa. Aos 27 anos, fez a sua estreia pela seleção em março, frente à França.

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17. Florian Wirtz

Data de Nascimento: 03-05-2003

Posição: Médio

Clube: Bayer Leverkusen

Ao lado de Xabi Alonso, Wirtz é a principal razão pela qual o Bayer Leverkusen já não é ‘Neverkusen’. Inspirou o seu clube para o seu primeiro título nacional de sempre antes do seu 21º aniversário, tendo recuperado de uma rotura de ligamentos que o viu falhar o Mundial 2022. Wirtz inspira com o seu drible, assistências e os seus remates colocados. Compete com Musiala para a honra de maior talento alemão. Durante muito tempo os adeptos perguntavam-se sobre qual dos dois devia ser titular, mas agora a resposta… provavelmente ambos. Juntos serão provavelmente o melhor duo de 21 anos do mundo. «O Florian é um rapaz extraordinário», disse o diretor desportivo da DFB, Rudi Voller. Muitos alemães depositam a sua fé em Wirtz, que se pode tornar numa das grandes estrelas do torneio. A sua irmã Juliane também joga na Bundesliga, pelo Werder Bremen.

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Maximilian Mittelstaedt. Foto: IMAGO
18. Maximilian Mittelstaedt

Data de Nascimento: 18-03-1997

Posição: Lateral-esquerdo

Clube: Estugarda

Antes desta época, nem o próprio Maxi acreditaria que ia jogar no Euro. A sua inclusão é parcialmente dada ao facto de ser lateral-esquerdo, a posição com menos competição na Alemanha. Mas é também porque Mittelstadt teve uma época impressionante, evoluindo de forma fantástica. Com o clube da sua cidade, Hertha de Berlim, desceu à segunda divisão no último verão e nem era um titular regular. «Claro que nem tudo foi mau no Hertha. Mas algumas coisas não foram boas para a minha evolução pessoal», disse à FAZ. A mudança para o Estugarda no verão passado foi, seguramente, a melhor decisão da sua carreira. Mittelstadt tem um remate incrível para um defesa, com qualquer dos pés. Na sua internacionalização, em março, frente aos Países Baixos, fez um erro defensivo crasso, mas compensou-o com um grande golo. Fora dos relvados é um homem de família – os seus pais vivem com ele no seu apartamento em Estugarda.

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19. Leroy Sané

Data de Nascimento: 11-01-1996

Posição: Extremo-direito

Clube: Bayern Munique

Leroy Sané tem uma tatuagem enorme nas costas de: Leroy Sané. «Hoje teria tido uma decisão diferente», disse ao Der Spiegel sobre a tatuagem que fez aos 21 anos. «Era alguém que tinha de bater contra a parede, mesmo que doesse, para aprender.» Vem de uma família de atletas: o seu pai senegalês, Souleymane, jogou na Bundesliga com o Nuremberga e Wattenscheid. A sua mãe, Regina Weber-Sané, foi medalhista olímpica de bronze em ginástica rítmica. Souleymane Sané foi vítima de insultos racistas em muitos estádios alemães, e Leroy também já os experienciou ao jogar pela seleção. Diz que o seu pai o aconselhou: «Nunca deixes que essas pessoas te prejudiquem ou perturbem. Acredita em ti próprio!» Esta época foi tipicamente à sua imagem: jogou bem na primeira metade da temporada, desceu de nível na segunda, mas ainda marcou golos importantes em encontros cruciais. Pode ser um dos melhores extremos do mundo num dos seus dias bons, mas ainda tem dificuldades a mostrá-lo regularmente.

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20. Benjamin Henrichs

Data de Nascimento: 23-02-1997

Posição: Lateral-direito

Clube: RB Leipzig

Henrichs é o rapper no plantel alemão; em janeiro de 2023, lançou a sua própria música, «Von Anfang», junto do rapper Quin Pin. «Sou o mesmo – desde o princípio», diz o refrão. «Tantos encontros – eu vivo para a família». O rapper Ah Nice, amigo de Henrichs, escreveu recentemente «Benjamin Henrichs x Simakan», sobre os dois defesas do Leipzig. Henrichs participou uma vez numa ação antirracista, dizendo à Sky o quão importante era para os futebolistas «liderarem o caminho como inspirações». Jogou pela Alemanha na Taça das Confederações 2017 e os Jogos Olímpicos em Tóquio, mas nunca em outros torneios. É um defesa versátil; frequentemente lateral-direito, mas também pode cobrir a ala esquerda. É uma vantagem, sendo que Nagelsmann tem poucas opções nas laterais.

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Ilkay Gundogan IMAGO
21. Ilkay Gundogan

Data de Nascimento: 24-10-1990

Posição: Médio

Clube: Barcelona

Consegue transformar uma boa equipa numa excelente. Gundogan foi o capitão do Manchester City de Pep Guardiola e agora é líder no Barcelona, ajudando o clube a voltar ao seu rumo. Em contraste, Gundogan mal se tem destacado na seleção nos últimos anos – embora o tenha feito em 2018, posando numa foto muito criticada com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, antes do Mundial. Agora, Gundogan é finalmente confiável e foi nomeado capitão – mas onde exatamente irá jogar? Desde o regresso de Kroos que tem jogado mais à frente, como número 10, mas não encontrado a consistência. Com Wirtz e Musiala a trazer as suas capacidades de drible, o capitão pode ser deixado de fora em detrimento de um extremo clássico. Numa entrevista ao Zeit, falou da seleção alemã como um reflexo da sociedade: «A Alemanha é muito multicultural. Claro, isso também tem os seus riscos, mas só funciona se respeitarmos a diferença. Isso também se aplica a uma equipa de futebol.»

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Marc-Andre ter Stegen IMAGO
22. Marc-Andre ter Stegen

Data de Nascimento: 30-04-1992

Posição: Guarda-redes

Clube: Barcelona

O príncipe Carlos do futebol alemão – a única diferença: Ter Stegen ainda está à espera do seu momento. Provavelmente o melhor guarda-redes suplente do mundo, tem aceitado bem o seu papel com a exceção de uma breve guerra de palavras em 2018 – não há uma rivalidade com Neuer como a de Kahn com Lehmann. Dito isto, muitos achariam que Ter Stegen seria o titular neste Euro. Muito provavelmente isso não será o caso. O guarda-redes do Barcelona tem 32 anos e 40 internacionalizações, mas nunca jogou na fase final de Mundial ou Europeu. Irá dar um grito de revolta? Dado que fora dos relvados é conhecido por ter uma conta do Twitter absurdamente enfadonha, não parece provável.

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23. Robert Andrich

Data de Nascimento: 22-09-1994

Posição: Médio

Clube: Bayer Leverkusen

Pode ser o Casemiro alemão (a versão do Real Madrid) este verão. Durante anos aliviou bolas e adversários para Kroos no Real e, agora, é suposto Andrich ter esse papel pela seleção. «Tento protegê-lo», diz do seu papel como guarda-costas de Toni Kroos. A Alemanha tem médios mais delicados, mas nenhum tem a capacidade defensiva do jogador do Leverkusen. É por isso que Nagelsmann optou por Andrich. Pode quebrar o jogo adversário e tem o bónus de se parecer com um lenhador norueguês. Nem sempre foi um habitual nos Die Werkself depois de crescer nas divisões inferiores, mas teve um papel importante na conquista do histórico título com Exequiel Palacios frequentemente lesionado. Durante os festejos do título segurou um enorme copo de cerveja Kolsch.

 

Texto de Nicolas Horn, que escreve para o Die Ziet, no âmbito da rede de troca de conteúdos do Euro 2024 que A BOLA integra.

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Robin Koch. Foto: IMAGO
24. Robin Koch

Data de Nascimento: 17-07-1996

Posição: Central

Clube: Eintracht Frankfurt

O seu pai, Harry, que defendeu o Kaiserslautern de 1995 a 2003, era uma figura de culto nos anos 90. Robin herdou muito dele, mas infelizmente não os anéis. Koch é dos poucos jogadores da Bundesliga que não treinou numa academia jovem. Jogou pelo Eintracht Trier, da liga regional, e acabou um curso de 3 anos de vendedor industrial na cidade de Karl Marx. Talvez possa dar à DFB, em dificuldades financeiras, algumas dicas. «Os meus pais sempre disseram: primeiro vem a escola, o curso e depois o futebol», disse ao Der Spiegel. Koch jogou pelo Leeds United na Premier durante três anos. Voltou à Bundesliga em 2023 e é um elemento viável na defesa do Eintracht Frankfurt. A Alemanha terá certamente centrais mais talentosos, mas Koch trabalhou para merecer a chamada.

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Emre Can (IMAGO)
25. Emre Can

Data de Nascimento: 12-01-1994

Posição: Médio

Clube: Borussia Dortmund

O médio só tem 30 anos, mas parece que anda nestas andanças desde sempre. Talvez porque sempre jogou em clubes de topo, começando no Bayern de Munique antes de representar o Bayer Leverkusen, Liverpool, Juventus e, agora, Borussia Dortmund. De volta à Bundesliga, tornou-se num verdadeiro líder pelo Dortmund, empregando a braçadeira de capitão e tornando-se parte vital da equipa que chegou à final da Liga dos Campeões na última época. Pode jogar na defesa e no meio-campo, com Julian Nagelsmann a dizer após a sua chamada, que colmata a ausência de Aleksandar Pavlovic: «Queríamos outro médio-defensivo no plantel e decidimos chamar o Emre Can. Fez questão de dizer que estava entusiasmado e pronto para se juntar imediatamente à comitiva. Queríamos um jogador que tivesse experiência na seleção e que saiba lidar com a pressão. Encaixa bem nesse perfil.»

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Deniz Undav. Foto: IMAGO
26. Deniz Undav

Data de Nascimento: 19-07-1996

Posição: Ponta-de-lança

Clube: Estugarda (por empréstimo do Brighton & Hove Albion)

Teve de decidir por que seleção jogar: Alemanha ou Turquia. Numa entrevista após um jogo, citou o hino nacional: «Einigkeit und Recht und Freiheit» (união, justiça e liberdade). Isso deixou as coisas claras. Até o ministro alemão da agricultura e adepto do Estugarda, Cem Ozdemir, ficou impressionado pela sua forma de ser relaxada. Há quatro anos ainda jogava na terceira divisão pelo Meppen, tendo-se depois mudado para a segunda divisão belga num clube em ascensão, Saint-Gilloise. Juntou-se ao clube parceiro, Brighton, em 2022, mas foi novamente emprestado ao Union SG e, esta época, ao Estugarda. Tem bom faro de golo, mas, ao contrário de Fullkrug, também consegue contribuir fora da grande área. Pedido para descrever a sua carreira internacional em três palavras: difícil, quase impossível, divertida. Foram quatro, mas um resumo justo.

 

Textos de Nicolas Horn, que escreve para o 'Die Zeit'. Publicados em A BOLA no âmbito da Guardian Experts' Network, rede de troca de conteúdos para o Euro 2024 liderada pelo jornal inglês 'The Guardian', e que tem A BOLA como representante português.