Logo 1. Etrit Berisha
Etrit Berisha (IMAGO / LaPresse)
1. Etrit Berisha

Data de nascimento: 10-03-1989

Posição: guarda-redes

Clube: Empoli

Em janeiro de 2009, o então guarda-redes de 19 anos da equipa de reservas dos suecos do Kalmar fez testes nos sub-21 da Albânia e impressionou. No entanto, acabou preterido pela federação do país porque, na altura, era difícil para jogadores do Kosovo obterem passaportes albaneses. Três anos depois, Gianni de Biasi, que reconstruía a seleção histórica que participou no EURO 2016, chamou-o novamente, agora já com o estatuto de titular do Kalmar. O técnico italiano tinha ficado impressionado por Berisha bater os penáltis da equipa, marcando tanto no campeonato como na qualificação para a Liga Europa. «Encontrei-o numa cidade remota», recordou De Biasi mais tarde, com orgulho. Berisha estreou-se pela Albânia em 2012 e tornou-se, desde 2014, num titular praticamente indiscutível, ao mesmo tempo que foi acrescentando clubes da dimensão de Lazio, Atalanta, Torino e SPAL ao currículo.

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Ivan Balliu (IMAGO / AFLOSPORT)
2. Ivan Balliu

Data de nascimento: 01-01-1992

Posição: lateral-direito

Clube: Rayo Vallecano

Nascido na Catalunha e pupilo de La Masia, ao lado de jogadores como Sergi Roberto ou Thiago Alcântara, Balliu descobriu aos 24 anos que tinha ascendência albanesa. O lateral-direito tinha-se mudado de Espanha, depois de não se conseguir afirmar no Barcelona, para o Metz, em França, tendo então sido contactado pela federação albanesa devido ao apelido suspeito, que indiciava origens no país. A busca pelos documentos da família demorou vários meses e Balliu estreou-se em 2017 frente a Espanha, o país que curiosamente tinha representado nos sub-17. Agora, aos 32 anos, já completou um curso que lhe permitirá ser diretor desportivo, mostrando que tem a carreira após pendurar as botas já bem planeada.

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Mario Mitaj (IMAGO / Bildbyran)
3. Mario Mitaj

Data de nascimento: 06-08-2003

Posição: lateral-esquerdo

Clube: Lokomotiv Moscovo

Considerada a melhor aposta de sempre de Sylvinho na seleção, o lateral-esquerdo Mitaj parece destinado a quebrar recordes. Tornou-se, aos 17 anos, no estrangeiro mais novo de sempre a atuar pelo AEK Atenas e, depois, no segundo mais jovem a jogar pela Albânia. Ninguém esperava que fosse titular na qualificação para o EURO, mas destacou-se, mostrando que o que o Lokomotiv pagou por ele (3 milhões de euros), dias depois do 19.º aniversário, foi completamente justificado. «Fui surpreendido por esse valor também», admitiu Mitaj. O percurso na Rússia não começou da melhor maneira devido ao número de camisola que escolheu. «Sempre usei o 12, então escolhi-o aqui também. Não sabia que era o número dos adeptos. Depois da polémica mudei para o 21», explicou. Tornar-se-á no mais novo de sempre a representar a Albânia num EURO.

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Elseid Hysaj (IMAGO / Goal Sports Images)
4. Elseid Hysaj

Data de nascimento: 02-02-1994

Posição: lateral-direito

Clube: Lazio

Quando a Albânia participou no EURO 2016, Hysaj era um dos mais jovens do grupo. Foi titular nos três jogos da fase de grupos como lateral-direito e impressionou, mostrando a habilidade que sido revelada ao serviço de Maurizio Sarri, primeiro no Empoli e depois no Nápoles. Desde então, tornou-se presença regular na seleção e persegue já o recorde de internacionalizações (93) de Lorik Cana. Hysaj afirmou-se na Serie A. Leva quase 300 jogos no campeonato e está no top20 dos jogadores ativos com mais encontros na competição. É um entusiasta de carros desportivos, embora o hobby se tenha revelado dispendioso e até perigoso em abril. O seu Ferrari incendiou-se com ele e o sogro no interior, mas felizmente ambos escaparam ilesos.

Logo 5. Arlind Ajeti
Arlind Ajeti (IMAGO / NurPhoto)
5. Arlind Ajeti

Data de nascimento: 25-09-1993

Posição: central

Clube: Cluj

Na única vitória da Albânia no EURO 2016, frente à Roménia, foi a exibição de Ajeti que recebeu muitos elogios, tendo sido eleito homem do jogo e destacado no relatório técnico da UEFA sobre o torneio. Contudo, nos dois anos seguintes em Itália, ao serviço de Torino e Crotone, já não granjeou tanto sucesso, e o mesmo se passou durante o empréstimo aos suíços do Grasshoppers. Depois de sete meses afastado dos relvados, reconstruiu a sua carreira na segunda e terceira divisões de Itália até encontrar o seu lugar no Cluj, da Roménia. Tem dois irmãos gémeos mais novos, Albian e Adonis – Albian optou por jogar pela Suíça e conta com 11 internacionalizações pela seleção principal.

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Berat Djimsiti (IMAGO / Mika Volkmann)
6. Berat Djimsiti

Data de nascimento: 19-02-1993

Posição: central

Clube: Atalanta

A imagem, de 1 de maio de 2016, ficou gravada na cabeça de todos os albaneses: Gjimshiti com uma mochila nos ombros, de cabeça baixa, a mexer o café. Foi tirada antes de se juntar a três outros jogadores riscados da convocatória final para o EURO 2016 numa carrinha e seguir para o aeroporto. Gjimshiti optou depois por não se juntar à recém-reconhecida seleção do Kosovo, insistindo que queria jogar pela Albânia. Agora, está na altura de se redimir, com a braçadeira de capitão, na Alemanha. Nascido em Zurique, com passaporte sérvio, uma vez que os pais mudaram-se para aí deixando o Presevo Valley, ainda sob jurisdição de Belgrado. A adaptação a cirílico mudou-lhe o apelido em todo lado para Djimsiti, todavia, quando joga pela Albânia, usa Gjimshiti nas costas. Fala inglês, francês, alemão, italiano, albanês e servo-croata.

Logo 7. Rey Manaj
Rey Manaj (IMAGO / Sports Press Photo)
7. Rey Manaj

Data de nascimento: 24-02-1997

Posição: ponta de lança

Clube: Sivasspor

Tendo treinado às ordens de Roberto Mancini no Inter e, mais tarde, na companhia de Lionel Messi no Barcelona, Manaj pode dizer que teve a oportunidade de trabalhar com profissionais de topo. Contudo, a carreira não descolou, exceto quando foi o melhor marcador numa turné de particulares do gigante catalão em 2021. Foi suplente não utilizado em alguns jogos antes de sair por empréstimo para a Spezia, primeiro, e depois para o Watford, ao serviço do qual uma lesão o deixou afastado dos relvados durante um ano. Começou de novo no Sivasspor, da Turquia, e tem conseguido finalmente algum sucesso com os seus pontapés-míssil, tornando-se num dos melhores marcadores do campeonato. Adepto do Inter, confessou que o seu ídolo era o brasileiro Ronaldo. «Não ia ao barbeiro», lembrou. «A minha mãe cortava-me o cabelo como o dele.»

Logo 8. Klaus Gjasula
Klaus Gjasula (IMAGO / Eibner)
8. Klaus Gjasula

Data de nascimento: 14-12-1989

Posição: médio

Clube: Darmstadt

Na Alemanha, onde Gjasula jogou durante toda a carreira, a maioria das pessoas ainda o chama de Spartacus. O nome veio da utilização de um capacete protetor durante os encontros na sequência de uma lesão sofrida no rosto. Tornou-se tão natural para ele que o usou durante anos, mesmo depois de ficar sem dores e de haver risco de agravar o problema. Juntou o visual às admoestações frequentes, sugerindo que não era de todo culpa sua quando estabeleceu um recorde da Bundesliga de 17 cartões amarelos numa única época. Decidiu colocar de lado de vez o capacete em 2021, após 8 anos a utilizá-lo «até a tomar duche». O número de cartões caiu drasticamente nos anos seguintes. Gjasula e o seu irmão mais velho, Jürgen, que também jogou profissionalmente, foram batizados em homenagem a famosos futebolistas alemães.

Logo 9. Jasir Asani
Jasir Asani (IMAGO / TT)
9. Jasir Asani

Data de nascimento: 19-05-1995

Posição: extremo direito

Clube: Gwangju

Inicialmente considerado uma promessa brilhante, Asani não foi de imediato convocado assim que, em 2016, se decidiu pela Albânia em detrimento da Macedónia do Norte. Antes de Sylvinho tomar a corajosa decisão, o mais perto que tinha estado da seleção foi quando o então técnico Edy Reja o identificou como um jogador a observar, tendo em vista a sua possível utilização como ala-direito num sistema 3-5-2. Nunca foi convocado pelo italiano, que insistiu que Asani devia defender melhor. Sylvinho, por outro lado, focou-se sobretudo nas suas capacidades ofensivas e não teve receio de o convocar quando já se tinha mudado para o Gwangju, da Coreia do Sul. «Aquela chamada mudou a minha vida», disse Asani. E provavelmente também mudou a história da qualificação para a Albânia, com os seus 3 golos e duas assistências tornarem-se fundamentais rumo ao EURO. Os seus poderosos remates de longa distância são frequentemente destacados nas redes sociais da UEFA.

Logo 10. Nedim Bajrami
Nedim Bajrami (IMAGO / NurPhoto)
10. Nedim Bajrami

Data de nascimento: 28-02-1999

Posição: médio

Clube: Sassuolo

Quando Bajrami decidiu que não ia jogar pela Suíça, o país que representou por mais de 40 vezes nos escalões jovens, mas sim pela Albânia, seguiu-se uma batalha legal. No final, em 2021, o Tribunal Arbitral do Desporto decidiu que podia usar a camisola vermelha e negra. Foi uma escolha que se provou importante para a Albânia, com o médio a marcar 3 golos e a providenciar uma assistência durante a bem-sucedida campanha de qualificação. O gesto técnico e o golo frente à Chéquia, no empate a uma bola em Praga, foi considerado como um dos mais importantes da qualificação, ajudando a cimentar o médio ofensivo como um dos intocáveis para Sylvinho. Não marca frequentemente, mas gosta de o fazer contra grandes clubes como Lazio, Roma, Milan e Inter, entre outras vítimas, desde a sua estreia na Serie A, em 2021.

Logo 11. Armando Broja
Simon Simoni (IMAGO / Beautiful Sports)
11. Armando Broja

Data de nascimento: 10-09-2001

Posição: ponta de lança

Clube: Fulham FC (por empréstimo do Chelsea)

Rejeitado aos 15 anos pelo staff da federação da Albânia, Broja nunca desistiu. «Quero provar que estão errados», garantiu o avançado nascido em Inglaterra. Regressou dois anos depois e impressionou nos testes nos sub-19. Desde aí, a ascensão tem sido imparável. Ao marcar na estreia pelos sub-19 e pelos sub-21, Broja tornou-se rapidamente um favorito dos adeptos, prolongando o estado de graça até à seleção principal, embora decisões menos favoráveis por parte dos treinadores e algumas lesões tenham condicionado a sua contribuição nos últimos anos. Tendo começado na formação do Tottenham, foi aproveitando os empréstimos, já pelo Chelsea, a Vitesse, Southampton e Fulham. O pai via-o como um futuro Ronaldo Fenômeno, e Broja estudou o brasileiro para imitar tudo o que este era capaz de fazer no auge. «Quero ser o Harry Kane, Ronaldo ou R9 da Albânia», projetou. «Quero ajudar o meu país a chegar ao Mundial. E, quando a minha carreira acabar, quero deixar legado. Pela Albânia. Pelo meu pai.»

Logo 12. Elhan Kastrati
Elhan Kastrati (IMAGO / LaPresse)
12. Elhan Kastrati

Data de nascimento: 02-02-1997

Posição: guarda-redes

Clube: Cittadella

Herdeiro de uma das mais ricas famílias albanesas, Kastrati procurou algo diferente para a sua carreira. Enquanto o irmão mais velho, Resul, desistiu do futebol para tratar do negócio dos pais, Elhan insistiu no objetivo de se tornar guarda-redes. Mudou-se para Itália ainda adolescente e foi, passo a passo, somando jogos por Pescara, Piacenza e Trapani. Juntou-se depois ao Cittadella, ganhou a titularidade e foi considerado um dos melhores guarda-redes da divisão. «Trabalhar com a minha família teria sido um caminho mais fácil, mas escolhi o futebol porque quero tornar-me independente», garantiu. O reconhecimento da sua perseverança chegou em 2022, quando se estreou pela seleção albanesa.

Logo 13. Enea Mihaj
Thomas Strakosha (IMAGO / Focus Images)
13. Enea Mihaj

Data de nascimento: 05-07-1998

Posição: central

Clube: Famalicão

Filho de imigrantes albaneses, nasceu na Grécia e teve de ultrapassar o conflito interior de representar um ou outro país. Optou pela Albânia, depois de rejeitar todas as chamadas aos sub-21, insistindo em jogar apenas pela seleção principal. O pedido provocou reações furiosas dos adeptos. Contudo, o seu compromisso tem sido exemplar sempre que entra em campo de vermelho e negro, e a animosidade ficou no passado. Até deixou a Grécia, depois de ter representado o PAOK, por não estar a evoluir de acordo com as suas expetativas. Prosseguiu a carreira em Portugal, no Famalicão.

Logo 14. Qazim Laci
Naser Aliji (IMAGO / NurPhoto)
14. Qazim Laci

Data de nascimento: 19-01-1996

Posição: médio

Clube: Sparta Praga

Excelente aluno no ensino secundário, Laci esteve dividido entre o futebol e os estudos. No entanto, os resultados conseguidos pelos sub-19 do Olympiakos na UEFA Youth League, durante a qual foi considerado um dos melhores jogadores da equipa, fizeram com que continuasse pelos relvados. Não pôde fazê-lo na Grécia, porém mudou-se para o Ajaccio. Ajudou os franceses na histórica subida à Ligue 1 antes de se juntar ao Sparta Praga, ao serviço do qual foi considerado um dos melhores médios do campeonato checo. Embora não seja habitualmente titular pela Albânia, Sylvinho considera-o como um bom elemento de rotação e é frequentemente um dos primeiros a saltar do banco.

Logo 15. Taulant Seferi
Enea Mihaj (IMAGO / ABACAPRESS)
15. Taulant Seferi

Data de nascimento: 15-11-1996

Posição: ponta de lança

Clube: Baniyas Club (por empréstimo do Vorskla Poltava)

O mais jovem de sempre a jogar pela Macedónia do Norte, batendo o recorde de Goran Pandev, ao estrear-se aos 17 anos e 6 meses, decidiu mais tarde jogar pela Albânia. «Foi sempre o meu sonho. Estou grato à Macedónia, mas sou albanês», disse, em 2016, o menino de Kumanovo. A estreia pela seleção principal deu-se em 2020 e, lentamente, emergiu como titular com Edy Reja e depois com Sylvinho. As suas escolhas no que aos clubes que representa diz respeito têm sido algo surpreendentes. Mudou-se para o campeonato albanês numa altura de êxodo, transferiu-se para o Vorskla Poltava, da Ucrânia, meses depois da invasão russa e, agora, iniciou uma nova aventura nos Emirados Árabes Unidos, por empréstimo, ao serviço do Baniyas.

Logo 17. Ernest Muci
Marash Kumbulla (IMAGO / IPA Sport)
17. Ernest Muci

Data de nascimento: 19-03-2001

Posição: ponta de lança

Clube: Besiktas

O avançado de 23 anos é um dos jogadores mais entusiasmantes a brotar do campeonato albanês nos últimos anos. Mudar-se para o Legia de Varsóvia, em 2019, quando ainda se estava a afirmar no Traiana, foi considerado um risco, mas, no final de contas, provou-se aposta de sucesso dos polacos. Bateu depois o recorde de transferências do Besiktas, quando o clube turco pagou, em janeiro de 2024, 10 milhões de euros por ele. Outra vez, Unai Emery perdeu a calma de forma memorável durante a fase de grupos da Liga Conferência, ao ver Muci desmontar a defesa do Aston Villa. Inspira-se em Robert Lewandowski e já disse várias vezes que estuda vídeos de Cristiano Ronaldo para perceber os seus movimentos.

Logo 18. Ardian Ismajili
Ardian Ismajili (IMAGO / Pius Koller)
18. Ardian Ismajili

Data de nascimento: 30-09-1996

Posição: central

Clube: Empoli

Ismaijli foi um dos primeiros a optar por abandonar a seleção do Kosovo para ingressar na Albânia. O central tinha apenas uma internacionalização, curiosamente uma vitória por 3-0 frente aos albaneses num particular realizado em Zurique, e decidiu que queria, afinal, fazer parte da seleção vermelha e negra. A situação chegou a criar alguma tensão entre as duas federações, uma vez que Ismaijli era considerado pelo Kosovo como um elemento fiável por muitos anos. O defesa, que cresceu em pequenas equipas do Kosovo antes de se juntar aos croatas do Hadjuk e, posteriormente, aos italianos de Spezia e Empoli, não demorou igualmente a afirmar-se pela Albânia e é agora um habitual titular para Sylvinho. A corrida para abraçar a mãe nas bancadas, depois do triunfo frente à Polónia, em Tirana, é uma das grandes imagens da campanha de qualificação.

Logo 19. Mirlind Daku
Ylber Ramadani (IMAGO / Fotoagenzia)
19. Mirlind Daku

Data de nascimento: 01-01-1998

Posição: ponta de lança

Clube: Rubin Kazan

A troca do Kosovo pela Albânia foi inesperada, uma vez que Daku representou os primeiros durante vários anos, embora só tenha participado em encontros particulares. Contudo, ainda sente o seu lado kosovar com orgulho, mesmo que agora tenha outro emblema sobre o peito, como mostrou na celebração do golo frente à Polónia, em setembro de 2023. Quando tirou a camisola colocou a nu a tatuagem no ombro direito em que se lê «Katana 138», com o desenho de um pé a pisar uma rocha fronteiriça. Era o nome de guerra de um comandante do exército de libertação do Kosovo, e remete para o momento, em 1999, em que foi aberta, durante o conflito, a fronteira entre a Albânia e o Kosovo. É esperada controvérsia caso celebre da mesma forma no EURO.

Logo 20. Ylber Ramadani
Kristjan Asllani (IMAGO / sportphoto24)
20. Ylber Ramadani

Data de nascimento: 12-04-1996

Posição: médio

Clube: Lecce

Quando era jovem e vivia no Kosovo, Ramadani fugia dos pais para jogar futebol. A família passava por dificuldades financeiras e Ramadani tinha de ajudar no negócio da família. «Quando encontrei uma equipa, disse: ‘Pai, vou ser futebolista profissional!’ No primeiro jogo – acho que tinha 15 anos e meio – foi ver-me jogar. Disse-me: ‘Concentra-te apenas no futebol; não vais tocar e fazer mais nada», Ramadani lembrou. Começou nas seleções jovens do Kosovo e representou os sub-19. Mudou-se depois para o Partizani e optou pela seleção da Albânia. Seguiram-se estadias no Vejle, da Dinamarca, MTK Budapeste, da Hungria, e Aberdeen, da Escócia. Agora no Lecce, da Serie A italiana, o médio afirmou-se rapidamente como uma figura importante.

Logo 21. Kristjan Asllani
Qazim Laci (IMAGO / Action Plus)
21. Kristjan Asllani

Data de nascimento: 09-03-2002

Posição: médio

Clube: Inter

No verão do EURO 2020, realizado em 2021, Asllani ainda celebrava a subida do Empoli à primeira divisão e o seu primeiro troféu, fazendo parte da equipa que venceu o campeonato Primavera. Um ano depois já era titular na Serie A, com transferência assegurada para o Inter de Milão, clube do qual sempre foi adepto. Dois anos depois, o médio chega ao EURO 2024 com uma Serie A, uma taça italiana e duas supertaças, bem como com uma final perdida da Liga dos Campeões. Estreou-se na seleção há apenas dois anos, mas afirmou-se rapidamente e um golo frente às Ilhas Faroé na fase de apuramenro foi eleito o melhor da jornada pela UEFA.  

Logo 22. Amir Abrashi
Amir Abrashi (IMAGO / Pixsell)
22. Amir Abrashi

Data de nascimento: 27-03-1990

Posição: médio

Clube: Grasshoppers

A Albânia não foi a primeira escolha para o médio defensivo nascido na Suíça e, como tal, selecionado para as equipas jovens helvéticas. Foi ainda por essa bandeira que competiu nos Jogos Olímpicos de 2012. Contudo, após uma longa discussão com o então selecionador Ottmar Hitzfeld, no ano seguinte, tornou-se claro que as oportunidades seriam poucos e espaçadas e optou pela Albânia. Tornou-se rapidamente num elemento querido da equipa e foi chamado para o EURO 2016, mas as lesões impediram que se mantivesse como opção regular. Abrashi foi aposta surpreendente para o EURO, mas Sylvinho explicou a opção pelo jogador que tem a alcunha de Pitbull: «Precisamos da experiência e do espírito dele em campo.»

Logo 23. Thomas Strakosha
Armando Broja (IMAGO / Pro Sports Images)
23. Thomas Strakosha

Data de nascimento: 19-03-1995

Posição: guarda-redes

Clube: Brentford

A vida não tem sido fácil para Strakosha, que passou muito tempo na sombra do pai. Também guarda-redes, Foto Strakosha é uma lenda do futebol albanês e o jovem Thomas decidiu percorrer o mesmo caminho, ainda que, no início, Strakosha Senior, não o quisesse. «Ele dizia ao Thomas: ‘Só os tolos se tornam guarda-redes’», recordou mais tarde Adelina, a mãe do guardião do Brentford. Nada perturbado, Thomas desceu no terreno, de avançado para guarda-redes, ainda nas academias de formação de Atenas, antes de se mudar para Itália, para ingressar nos sub-19 da Lazio. Em 2016, após a saída do compatriota Berisha do clube romano, estreou-se na primeira equipa pela mão de Simone Inzaghi e, pouco depois, relegou o italiano Federico Marchetti para o banco. A carreira levou-o agora ao Brentford, tendo feito a estreia em 2023 frente ao Manchester United. Não tem, contudo, tido o mesmo impacto pela seleção, sendo suplente de Berisha, e ainda está longe das 73 internacionalizações registadas pelo pai durante, principalmente, a década de 90.

Logo 24. Marash Kumbulla
Mirlind Daku (IMAGO / Russian Look)
24. Marash Kumbulla

Data de nascimento: 08-02-2000

Posição: central

Clube: Sassuolo (por empréstimo da Roma)

Kumbulla tinha apenas 19 anos quando se estreou pela seleção e, aos 21, tornou-se no albanês mais caro de sempre (29.5 milhões de euros), quando se mudou do Hellas Verona para a Roma. Embora não tenha sido titular na final, o central que idolatra Giorgio Chiellini foi ainda o primeiro do seu país a vencer uma competição europeia quando, em 2022, a Roma bateu o Feyenoord para conquistar a Liga Conferência, precisamente em sua casa, Tirana, capital da Albânia. Falhou um ano depois nova final, agora da Liga Europa, devido a uma lesão que o deixou de fora durante quase um ano, assistindo do lado de fora à derrota dos transalpinos frente ao Sevilha. Durante esse período, contudo, experienciou o «melhor dia da sua vida» ao ver nascer a filha Matilde.

Logo 25. Naser Aliji
Taulant Seferi (IMAGO / Sportimage)
25. Naser Aliji

Data de nascimento: 27-12-1993

Posição: lateral-esquerdo

Clube: Voluntari

Nascido em Kumanovo, na Macedónia do Norte, mudou-se aos 4 anos para a Suíça e recebeu formação futebolística no Basileia. Jogou pelas seleções helvéticas dos sub-15 aos sub-21 antes de escolher em definitivo a Albânia, fazendo parte dos eleitos para o EURO 2016. Foi, no entanto, o único jogador de campo a não somar minutos na competição. A transferência para o Kaiserslautern nesse verão não lhe trouxe dividendos e o mesmo aconteceu no Virtus Entella, de Itália, em 2018. Optou por deixar o futebol de lado em 2018 para cuidar do pai, diagnosticado com uma doença terminal. «A melhor coisa que podia ter feito foi ficar perto da minha família», disse Aliji. Regressou à sua carreira na Roménia e é agora o lateral-esquerdo titular no Voluntari.

Logo 26. Arber Hoxha
Arber Hoxha (IMAGO / Seskim Photo TR)
26. Arber Hoxha

Data de nascimento: 06-10-1998

Posição: extremo esquerdo

Clube: Dínamo Zagreb

É uma das mais recentes adições à seleção, tendo anteriormente jogado e marcado pelo Kosovo. Nascido na Alemanha, no seio de uma família de emigrantes kosovar-albaneses, deu os primeiros passos no futebol na antiga província jugoslava e teve a sua grande oportunidade após tornar-se titular no Ballkani. A mudança para a Croácia levou-o a representar Lokomotiva e Slaven Belupo antes da grande transferência, em janeiro de 2024, para o Dínamo Zagreb. Aí, teve um grande impacto: marcou o golo decisivo na partida que garantiu o título, frente ao Rijeka, antes de assinar duas assistências contra a mesma equipa na final da taça. A escolha da Albânia como seleção definitiva foi surpreendente, uma vez que já somara três internacionalizações pelo Kosovo. Foi uma surpresa na lista para o EURO, já que esteve em campo menos de 30 minutos nos particulares de março.


Textos de Ermal Kuka, que escreve para o 'Panorama'. Publicados em A BOLA no âmbito da Guardian Experts' Network, rede de troca de conteúdos para o Euro 2024 liderada pelo jornal inglês 'The Guardian', e que tem A BOLA como representante português.

 

Written by Ermal Kuka for Panorama