Juiz admite engano e pede libertação de um dos supostos assassinos do pai de Michael Jordan
Daniel Green e Larry Demery foram condenados a pena de prisão perpétua
James Jordan, pai da lenda do basquetebol Michael Jordan, foi assassinado a 24 de julho de 1993, enquanto dormia no carro, para descansar após uma longa viagem, e, 28 anos após a condenação de dois dos supostos homicidas, um deles vai ser libertado de forma condicional, após pedido de Gregory Weeks, juiz responsável pelo caso.
Daniel Green e Larry Martin Demery, na altura ambos com 18 anos, foram condenados a pena de prisão perpétua, em 1996, estando detidos desde então. Ambos confessaram que apenas queriam assaltar o carro, um Lexus vermelho, e, quando o pai de Michael Jordan acordou, dispararam, assustados, um tiro fatal. Após perceberem de quem se tratava, esconderam o corpo num lago e, mais tarde, este foi encontrado, já em estado de decomposição, por um pescador local. Na altura, a morte do pai levou Michael Jordan a abandonar a NBA durante algum tempo, regressando meses mais tarde para jogar numa liga secundária de basebol, em homenagem à modalidade preferida do pai.
Agora, Gregory Weeks solicitou à comissão da liberdade condicional da Carolina Norte a libertação de Daniel Green, detido desde então, por «ter-se precipitado» na decisão que tomou na altura e isso «pesar-lhe na consciência». Daniel Green e Larry Demery acusaram-se mutuamente do homicídio, tendo o depoimento do segundo sido decisivo para a condenação do primeiro. Em 2018, a diretora executiva do North Carolina Center on Actual Innocence revelou ter provas de que Daniel Green estava inocente e o homicida teria sido Larry Demery, tendo o primeiro apenas ajudado a levar o corpo para o lago, mas o caso não foi reaberto
O juiz, que já se aposentou, argumentou o pedido de libertação condicional com o testemunho de um perito forense, que, na altura, não encontrou evidências de que teria sido Daniel Green a premir o gatilho da arma. Os resultados inconclusivos dessas análises não foram mencionadas no julgamento, o que conduziu à condenação, errada, de Daniel Green.