Luís Bernardo, antigo diretor de comunicação do Benfica, alvo de buscas por suspeitas de corrupção
Luís Bernardo (Foto: Rui Raimundo)

Luís Bernardo, antigo diretor de comunicação do Benfica, alvo de buscas por suspeitas de corrupção

DIVERSOS04.07.202411:27

O empresário Luís Bernardo é o principal alvo de uma megaoperação de buscas levadas a cabo pela Polícia Judiciária (PJ) esta quinta-feira.

O antigo assessor do então primeiro-ministro José Sócrates e mais tarde diretor de comunicação do Benfica é suspeito de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação, participação económica em negócio e abuso de poderes, ocorridos entre 2020 e 2024, de acordo com a CNN e a SIC Notícias.

Em causa está a forma como a empresa Wonder Level Partners (WLP), de Luís Bernardo, ganha contratos para liderar a comunicação de entidades públicas por ajuste direto ou consulta prévia, com um dos casos investigados a dizer respeito ao Tribunal Constitucional. As autoridades acreditam num esquema de criação de aparência fictícia de legalidade, que envolve ainda a First Five Consulting, do amigo João Tocha, a Remarkable, de um sócio de Tocha, e a Sentinelcriterion, de um sobrinho de Luís Bernardo.

De acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), as buscas foram realizadas em residências da região de Lisboa e em sedes de várias empresas comerciais e públicas, bem como em instalações «de uma universidade, de municípios, de uma freguesia de Lisboa, de serviços municipalizados, de empresas municipais e da secretária-geral do Ministério da Administração Interna».

Em comunicado, a PJ confirma a execução de 34 mandados de busca e apreensão: 10 buscas domiciliárias, 13 não domiciliárias em organismos públicos e 11 buscas não domiciliárias em empresas nas zonas de Lisboa, Oeiras, Mafra, Amadora, Alcácer do Sal, Seixal, Ourique, Portalegre, Sintra e Sesimbra.

Com a designação de «Concerto», o operação, coordenada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), conta com a participação de cerca de 150 elementos da PJ, além de oito procuradores do Ministério Público.