O que vale a Eslovénia, próxima adversária de Portugal

Apurou-se para os oitavos apenas com empates

A Eslovénia, que Portugal defrontou uma única vez, a 26 de março desde ano, em Ljubljana, e perdeu por 2-0, com golos de Cerin (72’) e Elsnik (80’), é a adversária nos oitavos de final do Euro 2024.

Os eslovenos, que se apuraram pela primeira vez para a fase a eliminar de uma grande competição depois de três empates, à semelhança do que aconteceu com Portugal em 2016, não deixam dúvidas quanto ao onze-tipo, uma vez que o selecionador Matjaz Kek utilizou sempre os mesmos titulares.

Eslovénia (4x4x2) – Oblak; Karnicnik, Drkusic, Bijol e Janza; Stojanovic, Cerin, Elsnik e Mlakar; Sporar e Sesko

Kek faz alinhar a sua equipa num clássico 4x4x2, com Jan Oblak, antigo guarda-redes de Benfica, Rio Ave, Beira Mar, Olhanense e União de Leiria, a ser desde logo uma garantia de segurança defensiva, apesar da época menos eficiente no Atlético Madrid. Na Alemanha, tem estado imperial e grande parte do mérito da qualificação é dele.

O conjunto esloveno é muito rigoroso no momento defensivo, mostrando-se sempre muito coeso e permitindo muito pouco aos rivais na sua grande área. Alterna momentos mais baixos com tentativas de condicionamento da construção contrária, complicando o caminho dos jogadores mais eloquentes com bola, e assim obrigando à entrada de outros, menos eficazes, no processo. Foi visível diante da Inglaterra como Guéhi e Trippier (destro à esquerda) acabaram por ser deixados muito mais à-vontade do que Stones e Walker, por exemplo.

A transição ofensiva é uma arma, sobretudo pela disponibilidade do ex-Sporting Sporar, embora nem sempre apresente discernimento e eficácia no momento da definição, ao contrário de Benjamin Sesko, um excelente e completo avançado, que já testou os postes das balizas do torneio, porém ainda não festejou qualquer golo.

Apesar da fama que já rodeia Sesko devido ao seu potencial, o conjunto de Matjaz Kek não tem grandes estreias.

A Eslovénia será sempre um rival que voltará a pôr ênfase no ataque posicional de Portugal, que se mostrou deficitário já na atual fase final diante da Chéquia e esta quarta-feira frente à Geórgia pela forma como se colocarão em campo, sendo que o lado mais estratégico de Kek e dos eslovenos poderá levar o jogo para um campo difícil de gerir do ponto de vista luso.

É a segunda participação da Eslovénia num Europeu, depois de em 2000 não ter passado da fase de grupos, com empates com Jugoslávia e Noruega, e uma derrota com a Espanha.