Seleção Difícil escolher onze num grupo com tantas soluções
Feliz do treinador, ou neste caso selecionador, que tem tanta e tão boa matéria humana à sua disposição. Mas isso não o livra, claro está, daquelas boas dores de cabeça que os técnicos de futebol tanto falam. Mas Roberto Martínez tem, de facto, uma dificílima equação para resolver em cada vez que pensa na equipa que vai iniciar cada jogo. Primeiro será a Bósnia, amanhã, depois a Islândia, na terça-feira, próximos adversários de Portugal no caminho para o Europeu de 2024.
E ontem, nos primeiros 15 minutos da sessão, os únicos em que foi autorizada a presença de jornalistas, a forma como os jogadores foram divididos faziam qualquer amante de futebol começar a tentar adivinhar o que pode estar na cabeça do treinador espanhol.
Senão, vejamos: enquanto os guarda-redes trabalhavam à parte num relvado anexo ao campo principal da Cidade do Futebol, onde decorreu o treino dos restantes jogadores, de colete cor de laranja estavam, de uma forma aleatória, António Silva, Diogo Jota, Rafael Leão, Pepe, João Palhinha, Raphael Guerreiro, Renato Sanches, Bernardo Silva, Gonçalo Inácio, Vitinha e Nélson Semedo, já de colete branco evoluíam Cristiano Ronaldo, Diogo Dalot, Toti Gomes, Danilo, Rúben Neves, Bruno Fernandes, João Cancelo, Rúben Dias, João Félix, Ricardo Horta e Otávio.
Ora, quem de 22 tira 11... sobram 11. Tudo certo. Mas que onze é que vão sair destes 22? Essa é a tal equação cuja resposta só Roberto Martínez sabe. E isso poderá ajudar a explicar o ar pensativo na parte inicial do treino de ontem, na altura dirigidos pelo inglês Anthony Barry. Talvez hoje, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com os bósnios, o selecionador de Portugal revele alguma coisa sobre o resultado da (tão difícil) equação.