Roberto Martínez foi convidado a avaliar a época de estreia de Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita e a forma como chegou, em termos emocionais e físicos, a esta concentração. «Tenho muita experiência com jogadores que jogam na Europa e fora da Europa, algumas vezes é uma vantagem para jogar na Seleção. Nós temos três formas de analisar um jogador: a qualidade individual; a experiencia; o compromisso. O compromisso do Cristiano é total, é um exemplo no balneário, um exemplo para o futebol português e mundial, é um jogador com 198 internacionalizações. Numa situação normal, como outro jogador, precisa de fazer um bom treino, de treinar bem, para poder jogar, e é isso o que precisamos, de um ambiente de alto rendimento, com competição entre os jogadores», realçou Martínez, que pela primeira vez trabalhou com Pepe, outro dos ausentes da concentração de março. «É a primeira vez que trabalho com Pepe, ele e o Cristiano são exemplos para o futebol português e exemplos que precisamos deixar para os mais jovens, pela experiência e sabedoria», elogiou. O selecionador nacional também avaliou a estreia de Toti Gomes nas suas opções, dando a entender que este precisará de mais tempo para ter minutos, até pela fortíssima concorrência que enfrenta, mas confessando-se surpreendido pelo que tem visto nos treinos, que foi ainda melhor do que já observara nos jogos do Wolverhampton. «Toti é jogador diferente. Acho que nós, agora, para jogarmos com três centrais precisamos do perfil do Gonçalo Inácio e do Diogo Leite, mas o perfil do Toti é totalmente diferente e gosto muito da atitude dele. Tem um potencial mais alto do que eu achava depois de ver os jogos do Wolverhampton e agora foi muito interessante trabalhar com Rúben Dias, António Silva, Pepe, Danilo, Toti e Gonçalo Inácio. Temos seis centrais de alto nível. Toti precisa de mais tempo para conhecer os nossos conceitos, mas foi surpresa muito, muito agradável», assentou Martínez.