Transferências internacionais
Dire(i)to ao golo é o espaço de opinião semanal de Marta Vieira da Cruz, jurista
Fechou mais um período de janela de transferências. Este corresponde ao hiato de tempo determinado por cada federação desportiva (não é exclusiva do futebol), no qual os clubes podem registar jogadores que advêm de outros clubes, ou seja, que são transferidos. Esse período é definido por via regulamentar, todos os anos. Podem existir períodos diferentes consoante se trate de jogadores profissionais ou amadores, e consoante a transferência seja nacional ou internacional.
Na passada semana, como já vem sendo habitual, a FIFA publicou o Relatório Global de Transferências 2024 de onde resultam alguns dados interessantes: i) Foi atingido um recorde histórico de 78.742 transferências internacionais de jogadores em 2024 no futebol profissional e amador masculino e feminino; ii) Depois do recorde em 2023 relativos a gastos em transferências (US$ 9,66 biliões), o desembolso total foi menor em 2024 (US$ 8,59 biliões), mas ainda mais de 15% acima do recorde anterior estabelecido em 2019 (US$ 7,33 biliões); iii) Quase 40% de todos os gastos com transferências no futebol profissional masculino foram contabilizados pelos 2,5% das transferências mais bem pagas, o que incluiu taxas de pelo menos US$ 20 milhões por transferência; iv) Em 2024, os clubes continuaram a investir no futebol profissional feminino com o gasto total em taxas de transferência atingindo um nível recorde de US$ 15,6 milhões – mais de 2,5 vezes mais alto que no ano anterior – e cerca de 2.284 transferências internacionais de jogadoras profissionais – um aumento de 20,8% em comparação a 2023; v) Foi registado um total de 53.678 transferências de jogadores amadores, mais uma vez um novo recorde e 4,3% a mais que no ano anterior.