Totobola de treinadores
Previsões furadas e imprevisibilidades
Há semanas alvitrei aqui que seria possível ver os treinadores do top-4 de Portugal sair, quando José Mourinho, sem clube, se evidenciava em vários estádios do país e até disse estar disponível para treinar em Portugal.
Durante alguns dias parecia que o pleno se realizaria, com Rúben Amorim em viagem público-privada para Inglaterra deixando o Sporting com o coração nas mãos, Roger Schmidt no seu planeta e empurrado para fora pelos adeptos do Benfica, e Sérgio Conceição a apostar no presidente errado no FC Porto, como se viu pela vantagem esmagadora de André Villas-Boas sobre Pinto da Costa nas eleições.
Por agora apenas Artur Jorge se materializou devido ao chamamento do Botafogo no Brasil – e agora até vai ter a companhia do rival do Minho, Álvaro Pacheco, que se prepara para assumir o Vasco da Gama. Se fosse fazer um boletim do totobola em que o 1 seria sair e o 2 ficar, era tudo a 1.
Entretanto Amorim diz que fica, Schmidt trava a fundo, continua a dizer que a equipa joga bem e até recusa o Bayern Munique – também um clube de outro planeta, ainda que tenha perdido a hegemonia para o Bayer Leverkusen – e quanto a Conceição, com o Milan a chamar, temos de esperar mais uma semana, deixando que caia o pano sobre a época com a Taça de Portugal frente ao Sporting. 1-2-2-X. Já perdi.
Lá por fora o cenário não está menos confuso com tanta decisão ao longo da época. Em janeiro Jurgen Klopp disse que saía do Liverpool e fez ontem o último jogo; o mesmo com Thomas Tuchel no Bayern em fevereiro, que manteve posição mesmo depois de uma petição de adeptos para ficar – será que não querem Schmidt?
Aqui ao lado o verdadeiro quebra-cabeças: Xavi também disse em janeiro que saía do Barcelona, há poucos dias afinal não (depois de meses a dizer que estava inflexível), e agora ninguém sabe o que vai acontecer porque disse o óbvio e que toda a gente sabe: há pouco dinheiro no clube. Entretanto rasguei o boletim e vou ficar só a ver.