1 Onde anda Frederico Varandas? É a questão que se faz neste momento no universo leonino, com o presidente do Sporting a não dar a cara num momento conturbado do clube. Foi ele quem escolheu, perante alguma perplexidade, João Pereira para dar continuidade ao enorme legado deixado pelo agora treinador do Manchester United. E a aposta no ex-técnico dos sub-23 é legítima como qualquer outra, mas sabia-se de antemão que João Pereira, verdinho nestas andanças, não tinha arcaboiço para comandar uma nau tão grande, nem sequer estava habilitado para tal, pois não possui o IV Nível da UEFA para exercer devidamente as suas funções no banco e, além disso, não possuía qualquer experiência na elite do futebol português. Na cabeça de Frederico Varandas a máquina estava montada, os jogadores iam comprar a ideia de jogo de João Pereira, mas equivocou-se num enorme erro de casting. Os últimos resultados acabam por provar esta teoria e o presidente do Sporting tem agora um grande problema em mãos, ele que chegou a dizer que este é o melhor plantel na era da Sociedade Anónimo Desportiva dos leões e também o melhor Sporting desde os tempos dos Cinco Violinos. Não está em causa a qualidade do grupo de trabalho, pois isso é inegável, a questão aqui é que a equipa não estava preparada para a saída de Ruben Amorim a meio da temporada. Os jogadores sentiram-se traídos, sobretudo pelo ex-treinador, e o resultado está à vista desarmada. Perante este cenário, a vida afigura-se muito difícil para João Pereira, mas impunha-se tomada de posição do seu líder máximo, até no sentido de apaziguar os ânimos. Na mente dos sportinguistas já estava o palco montado para o bicampeonato, mas esse objetivo, ainda exequível naturalmente, está agora mais difícil. Sente-se que o Sporting em campo perdeu aquele instinto faminto e goleador que tinha e que, na verdade, o discurso de João Pereira já não passa, tanto para os atletas como na própria comunicação. Assim sendo, o próximo compromisso com o Club Brugge, na Bélgica, terá o carimbo de decisivo para o ainda técnico leonino. Se não ganhar, o chicote irá estalar para as bandas de Alvalade, onde cresce a olhos vistos uma onda de contestação, que atinge por tabela Frederico Varandas pela aposta de risco que fez no sucessor de Ruben Amorim. 2 A oposição de André Villas-Boas apontava-lhe o dedo por não reconhecer e respeitar o legado deixado por Pinto da Costa, assim como o passado de Pepe. Na Gala dos Dragões de Ouro, o presidente honorário e o ex-capitão foram alvos de enormes homenagens e tiveram direito a duas sonoras ovações no Pavilhão Rosa Mota. Depois disto, o que vai argumentar, agora, a ala pintista e a curva Pinto da Costa para criticar a atual Direção? O universo azul e branco precisa de união e não divisão. Criticar, sim, mas com argumentos válidos...