Os eurobrasileiros
Pepe jogou os 90 minutos diante da Chéquia (Foto IMAGO)

Os eurobrasileiros

OPINIÃO22.06.202412:00

Enquanto, na Copa América, o Brasil está quase a entrar em campo, no Euro já entrou. E cinco jogadores do país, incluindo Pepe, foram até campeões

O Brasil entra em campo na segunda-feira na Copa América, a mais antiga competição, ainda existente, entre seleções do mundo, uma prova este ano, como noutras ocasiões, fortalecida pela presença de seis representações da América do Norte e Central.

Mas a seleção canarinho (sim, aqui diz-se «seleção canarinho» no masculino e não no feminino ou «canarinha» se não incluir «seleção») participar numa Copa América, onde competirá pela 38.ª vez e buscará o 10.º troféu, não é notícia – notícia seria se participasse no Euro.

E a verdade é que, indiretamente, já participou, já o ganhou em três ocasiões e já voltou a entrar em campo este ano.

 

Pepe, natural de Maceió, a capital de Alagoas, atuou 90’ com a Chéquia. Matheus Nunes, nascido em São Gonçalo, nos arredores do Rio de Janeiro, e substituto do lesionado Otávio, de João Pessoa, na Paraíba, ficou no banco.  

E Jorginho, de Imbituba, em Santa Catarina, está entre os 26 italianos escolhidos para o Euro 2024 e foi titular com Albânia e Espanha.

O médio do Arsenal é, por outro lado, um dos três brasileiros que levantaram a taça pela Itália, em 2020/21, ao lado de Rafael Tolói e Emerson Palmieri.

Antes dele, Marcos Senna, médio incansável de passe preciso, titular indiscutível no triunfo da Espanha de 2008, foi o primeiro brasileiro campeão no Velho Continente, em 2008.

E Pepe, claro, foi um pilar de Portugal campeão, em 2016.

A lista de brasileiros naturalizados que disputaram a competição por seleções europeias, é vasta: além dos cinco campeões citados, inclui Donato (Espanha), em 1996, Paulo Rink (Alemanha), em 2000, Deco (Portugal), em 2004 e 2008, Kevin Kuranyi (Alemanha), em 2004 e 2008, Eduardo (Croácia), Roger Guerreiro (Polónia), Mehmet Aurélio (Turquia), em 2008, Thiago Motta (Itália), em 2012, Thiago Cionek (Polónia), Thiago Alcântara (Espanha), Guilherme Marinato (Rússia) e Éder (Itália), em 2016, Marlos (Ucrânia) e Mário Fernandes (Rússia) em 2020/2021, num total de 19.

Em 2024, destaque ainda para o segundo selecionador brasileiro na história da prova, Sylvinho, treinador da Albânia, repetindo o feito de Luiz Felipe Scolari, por Portugal, em 2004 (vice-campeão) e 2008 (quarto-finalista).