O caos, ou muito perto disso
O resultado da reunião de ontem ao final da tarde entre os órgãos sociais do Sporting já se sabia mesmo antes de começar o jogo. Jaime Marta Soares queria que, à luz dos últimos acontecimentos no clube, Bruno de Carvalho se demitisse. O presidente do Conselho Diretivo - cada vez mais curto - garante que não sai pelo seu próprio pé e fica, convocando depois os jornalistas para mais uma extensa conferência de imprensa na qual apresentou as suas razões para a continuidade.
Marta Soares marcou, entretanto, para 23 de junho uma Assembleia Geral para discutir a continuidade dos órgãos sociais. À saída de Alvalade, desmentiu quase tudo o que o presidente do Conselho Diretivo disse na conferência.
Uma AG nos mesmos moldes poderia ter acontecido em 2013, quando o movimento Dar Rumo ao Sporting recolheu as assinaturas necessárias para uma reunião magna com o mesmo propósito. No entanto, na altura, os órgãos sociais tiveram a lucidez de se demitirem em bloco e evitar a realização de uma reunião magna que poderia decorrer em clima absolutamente escaldante.
Desta vez não. Pelo visto, haverá a AG, que o Conselho Diretivo de Bruno de Carvalho promete impugnar - para já, não se sabe se a sua realização se o resultado desta.
O futuro, em Alvalade, é uma incógnita. Mas, no meio do caos - ou muito perto disso - instalado, há já algumas certezas. Independentemente dos culpados, tudo isto é profundamente lamentável, com o nível a ter baixado imenso nos últimos dias. O clima de guerrilha está instalado e não se sabe quem vencerá. Pode-se não saber quem ganha, mas, pelo menos para já, há um derrotado incontestado: o Sporting Clube de Portugal. Mas, como sempre, vai-se reerguer. Resta saber é quando.