Não, não foi nem podia ser «another day in the office»
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Opinião Não, não foi nem podia ser «another day in the office»

OPINIÃO29.05.202411:00

Sérgio Conceição e o novo FC Porto dão todos os sinais de que a separação vai acontecer

Abuso do título dos meus companheiros Pascoal Sousa e Paulo Pinto na edição impressa de A BOLA desta quarta-feira. Não para contrariá-los (nem ao título nem a eles), mas para me permitir dizer que Sérgio Conceição não é um homem de escritório, e muito menos de se sentir confortável com um dia de trabalho à secretária.

Obviamente que teve, nos últimos sete anos, de sentar-se bastas vezes para escrever relatórios, analisar relatórios, prever relatórios e entregar relatórios. Faz parte do trabalho de um treinador. Mas sabemos que um treinador ao nível do que estamos a falar tem na equipa quem lhe faça todos os relatórios. Ele tem de ratificá-los, discuti-los, se for o caso, e colocar a sua assinatura — uma chancela —no dito documento.

Deixemo-nos de rodeios: Sérgio Conceição e o novo FC Porto dão todos os sinais, de parte a parte, de que a separação vai acontecer.

Não me parece que tivesse de ser líquido, mas os sinais estão aí.

Depois da demora na passagem de testemunho da SAD, que ainda ninguém percebeu a quem serviu, é escusado continuar a atirar palavras de circunstância para os olhos dos adeptos portistas.

Já todos perceberam que Villas-Boas não quer Sérgio Conceição como treinador nem este quer Villas-Boas como seu presidente.

Na partida para férias dos jogadores (e Galeno, ainda ontem, se despediu de Sérgio) tem de haver toda uma equipa a preparar a nova época. Com o pormenor, no caso portista, de boa parte dessa equipa, se não toda ela, ser nova.

Para o bem do FC Porto, urge que André Villas-Boas, Zubizarreta e Jorge Costa anunciem o quanto antes o novo treinador.

E mesmo que o destino desse duas voltas sobre si próprio e ele viesse a ser Sérgio Conceição — permito-me não acreditar —, era bom para todos eles que isso ficasse claro e fosse público.