COM Kokçu e Di María oficializados, Jurásek em vias de sê-lo e Guedes reservado, Roger Schmidt parte com renovadas esperanças para uma segunda época de sucesso no Benfica. E há ainda o crescimento de João Neves. O jovem promete manter a forma que estendeu das últimas jornadas a um Euro sub-21 que apenas não correspondeu no plano coletivo, o que merece particular atenção. De todos - sendo que ainda falta o tal guarda-redes sombra de Vlachodimos, abordagem difícil de entender por ser uma posição em que é possível crescer -, o checo é aquele que carrega a herança mais pesada, nem que seja por Kokçu ter tido alguém pelo meio a receber o testemunho de Enzo. Jurásek vem do mesmo contexto de Bah, o que se notou em alguns jogos do dinamarquês, logo também ele arrisca sentir a subida de patamar. Além disso, as comparações com Grimaldo podem igualmente ser-lhe desfavoráveis. Menos técnico e mais agarrado à linha, o que não é necessariamente mau dadas as dificuldades dos encarnados em colocar largura no seu jogo, o checo terá de fazer valer-se dos seus maiores argumentos: a profundidade a que chega para usar um dos melhores gestos, o do cruzamento, e a energia inesgotável para correr todo o flanco e para disputar duelos. Quando se olha para os maiores rivais, as dúvidas são maiores. Num Sporting sem Ugarte, porém reforçado com um avançado e um lateral-esquerdo, que tem potencial mas não o estatuto que o torna indiscutível diante de Esgaio, Rúben Amorim vai ter de encontrar o equilíbrio e a solidez. Já no Dragão, se Navarro parece excelente ideia para criar relação simbiótica com Taremi, as dúvidas sobre a continuidade do iraniano e de Otávio, e as que resultam de ainda não ter sido colmatada a saída de Uribe, podem exigir novo trabalho de Hércules a Sérgio Conceição. Não que este se importe.
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