Erling Haaland é o avançado mais temido no futebol atual. Há dois anos e meio, o Manchester City não teve pudor em pagar 60 milhões de euros pelo seu passe ao Borussia Dortmund e deu-se muito bem com isso. Em Inglaterra, o avançado norueguês ganhou títulos, bateu recordes e marca muitos, muitos golos. Não se estranha, portanto, que o clube tenha olhado para o mercado de janeiro e constatado que mais vale segurá-lo durante muito tempo, a qualquer custo. Os valores do novo contrato não foram divulgados oficialmente ao pormenor - sabemos apenas que se trata de um dos maiores contratos desportivos de sempre. O que, em 2025 e no universo do City Group, deve querer dizer que não temos estudos para acompanhar tantos zeros. Mas é a duração que salta ainda mais à vista: até 2034. Significa isto que Haaland terá quase 35 anos quando, teoricamente, se despedir de Manchester. São nove anos e meio a ganhar muitos milhões... Clubes como PSG, Man. City e Chelsea já mudaram há muito os mercados de transferências, com investimento sem fundo e valores astronómicos para lá e para cá. Mas, nos últimos anos, viram chegar uma ameaça chamada Arábia Saudita. O primeiro abalo já passou e estes tiveram de começar a pensar no que fazer para evitar perder jogadores para salários e promessas de outro mundo. A nova moda parece ser precisamente os contratos de longa duração, que permitem dar uma perspetiva de carreira sempre muito bem paga. Bastará para segurar alguns que não querem ir para um campeonato menor, acredito. Mas claro que também expõe estas equipas a erros de longa duração (João Félix assinou até 2031 com o Chelsea e nos últimos dias tem corrido muita tinta sobre uma eventual saída já...). Eu é que não me vou preocupar com isso, decerto. Se têm dinheiro suficiente para fazer asneiras, é lá com eles... Não parece ser o caso de Haaland. O novo contrato é uma boa jogada do Man. City e os seus adeptos devem estar felizes. Em princípio, vão poder desfrutar do avançado até 2034, festejar muitos golos e criar alguma ligação com um ídolo. E isto já não é coisa pouca. Que o digam os sportinguistas, portistas ou benfiquistas, que passam épocas inteiras a sofrer por antecipação a perda de um craque para uma destas equipas que pode pagar 100 milhões de euros de cláusula de um dia para o outro. Por cá, já não há relações destas para a vida toda. No futebol moderno, clubes com os cofres sempre cheios arranjam sempre maneira de contornar as dificuldades. Os outros que se amanhem...
