Se o FC Porto conseguir vender o passe de Francisco Conceição (à Juventus ou outro clube) pelo valor da cláusula que é válida até 15 de julho, € 30 milhões, ultrapassará a barreira dos €200 milhões em negócio com jogadores, estando nesta contabilidade incluída também o somatório dos montantes da cedência de vários ativos do clube. A situação de Francisco não é, contudo, clara, em virtude da crise desportiva que a Juventus atravessa e do elevado investimento que acarreta a compra do passe do extremo e internacional português, que na equipa italiana marcou cinco golos e fez quatro assistências. Voltar ao FC Porto e fixar-se no plantel é um cenário possível, mas que, na ausência de outra grande venda, poderia comprometer o cumprimento das diretrizes de estabilidade financeira impostas pela UEFA para a época 2025/26, sobretudo no caso de os dragões não garantirem a qualificação para a UEFA Champions League. Sendo assim, a venda dos direitos económicos de Francisco Conceição tem um peso maior que a sua permanência no plantel, onde seria, sem dúvida, titularíssimo e um jogador bem-vindo na estratégia atacante de Anselmi. O FC Porto já vendeu grande parte dos anéis (Evanilson, Nico, Galeno) e tem neste momento dois jogadores muito valorizados no mercado; Diogo Costa e Samu. Rodrigo Mora, eventualmente, se continuar a ter palco. Não estou a ver Alan Varela ou Pepê valerem €30 milhões, salvo se na Arábia Saudita surgir outro furo de petróleo que leve um deles ou os dois. A juntar a isto, voltar à Liga portuguesa seria um retrocesso para Francisco Conceição, que conquistou o seu espaço numa grande equipa e num dos melhores campeonatos do Mundo.