FC Porto: o campeão
FC Porto é mais do que um clube: é mesmo uma grande e coesa família, que sabe defender as prioridades e apoiar em todos os momentos
AO longo de várias jornadas e de forma antecipada, os azuis e brancos, mesmo a faltar um jogo, confirmaram o título. Mais uma vez no Estádio da Luz, o clássico foi um jogo dividido e intenso. Ambas as equipas colocaram pressão alta e o FC Porto, baixando as linhas, criou várias oportunidades de golo. A coesão dos portistas convidava o adversário a jogar no meio campo contrário. Foi um clássico muito tático, preservando a segurança e organização. Na segunda parte, Evanilson criou perigo e o FC Porto atraiu a subida do Benfica para aproveitar espaços que permitissem chegar à baliza das águias com perigo. As substituições foram úteis ao FC Porto e com dinâmica a equipa do norte conseguiu marcar o golo da vitória perto do final: Zaidu, com assistência de Pepê, marcou aos 94’ e os dragões, antes de a prova acabar, conquistaram o 30.º título nacional, antecipadamente e em casa do adversário.
O FC Porto alcançou 88 pontos e ainda falta uma jornada com o Estoril no Dragão. Sérgio Conceição, o construtor de vitórias e de jogo muito forte, foi ganhando superioridade ao longo de uma época muito dura, com viagens longas nas provas internacionais. E, mesmo perdendo Luis Díaz para o Liverpool, onde o craque continua a revelar-se como um dos melhores do mundo, Sérgio conseguir inovar, reforçar modelo com estratégias e dinâmicas surpreendentes, mantendo-se no topo da tabela, graças a um projeto de jogo muito criativo, muito unido, com uma aplicação total. O país foi unânime ao reconhecer a superioridade dos dragões, com muitos jovens a assumirem grandes responsabilidades, aperfeiçoando as características de alguns dos jogadores, para integrarem campeonatos tão exigentes. Além de conquistar pontos, de jogar com controlo do jogo, a equipa revelou sempre um espírito de unidade e entreajuda muito vivo, revelando todos os índices para ser considerada como a melhor da prova. Qual máquina imparável, os azuis e brancos mantiveram o seu modelo, com variantes específicas para todas as ocasiões. Nesse jogo em que mais um título viajou para o Dragão, é justo destacar pela positiva o árbitro que conseguiu uma excelente prestação, sem receios e com decisões acertadas (em colaboração com os árbitros assistentes e o próprio VAR), num grande desempenho com imparcialidade: mereceu pontuação elevada. Um dos sinais negativos deste campeonato, que impediu um clube português de bater o recorde europeu de 58 jogos sem perder no campeonato, que estava na posse do Milan de Fabio Capello (entre 1991 e 1993), foi igualado por Sérgio Conceição nesta época: o árbitro do jogo em Braga, ao errar tantas vezes e em lances decisivos, não penalizou unicamente a equipa azul e branca, mas o prestígio de Portugal e do nosso campeonato. Que fique a lição: Hugo Miguel nunca mais, pelos prejuízos causados ao futebol nacional e pela falta de competência (hábito que parecia destino coincidente quando arbitrava o FC Porto). E todos sabemos que mediocridade, incompetência e incapacidade não permitem ser elemento de aperfeiçoamento e de futuro.
Sérgio Conceição tem o hábito de jogar sempre para vencer e a todos os níveis consegue estar no topo das vitórias nos clássicos, com a equipa que marca mais golos em lances de bola parada e em jogo corrido, que alcança mais pontos, que sofre menos golos, com o melhor aproveitamento dos jogadores da formação; com Sérgio a exigir concentração e impedindo euforias precoces para se poder manter o máximo foco de concentração nos jogos. Sem os gastos elevados em contratações, na oficina do Olival o trabalho é sempre muito intenso, de grande responsabilidade, com a máxima atenção aos pormenores e evitando distrações das metas a conquistar, mantendo média de golos sempre superior ou próxima dos 80 golos. O país e mesmo os adversários mais diretos foram obrigados a reconhecer os factos: FC Porto, com Sérgio Conceição, qual máquina poderosa e constante, marca sempre e conseguiu uma regularidade fantástica, superando lesões e castigos, porque a dinâmica está absorvida pelos jogadores, estrutura e adeptos que sempre estiveram muito bem e em números recorde a apoiar o clube em todos os estádios, com dedicação exclusiva. O FC Porto é mais do que um clube: é mesmo uma grande e coesa família, que sabe defender as prioridades, apoiar em todos os momentos e só assim se conseguem estes resultados.
FC Porto festejou a conquista do título de campeão no Estádio da Luz
O presidente, Sérgio Conceição e sua equipa, os jogadores e famílias e os sócios que estão sempre presentes criaram a arte de ser campeão, com mérito reconhecido pelos adversários. Em cada novo desafio ou contrariedade, criado pelos órgãos de disciplina ou de arbitragem, o FC Porto sempre soube reagir com determinação, com a garra de Ser Porto e nunca qualquer obstáculo conseguiu prejudicar o clube, porque a mística do dragão vem de trás, de memórias conquistadas e sofridas por causa de erros e imparcialidades tendenciosas. O nosso clubismo é granítico, logo indestrutível. Mas ainda há quem desconheça ou desvalorize a enorme capacidade de entrega do universo Porto, a sua persistência em aplaudir a equipa em todos os campos, dizendo: «Presente! Aqui estamos para vos apoiar sempre!» Como todos sabemos por experiência própria, esta gente do norte tem sempre a mesma face, a frontalidade que enobrece e a coragem de nunca desistir. São múltiplos os aspetos que nos distinguem dos outros e, entre eles, destacam-se a confiança e a certeza de que nunca um adepto ou profissional do clube, em qualquer modalidade, estará sozinho, porque todos somos um só no querer: lutar para vencer sempre, seja onde for, esse o nosso lema! Além disso há muitos factos que comprovam a superioridade do FC Porto neste campeonato a concluir: melhor média de remates por jogo, melhor média de remates de cabeça, maior número de golos em remates de ângulo difícil, equipa com mais posse de bola (média de cerca de 63 por cento), entre muitos outros dados.
O título de campeão nacional (antecipado) fica bem entregue à equipa mais regular e intensa deste campeonato. Em todos os campos, o FC Porto controlou os jogos, aplicou as dinâmicas mais eficazes e provou ser a melhor equipa, portanto o campeão com inteiro mérito. E nem as decisões dos órgãos da FPF, que por vezes deixaram marcas de alguma injustiça, provocaram problemas à equipa, porque Sérgio Conceição soube blindar o balneário e deu consistência aos jogadores para superarem provocações com o objetivo de os desequilibrar emocionalmente para correrem riscos de penalizações. Há muitos jovens no plantel mas já com mentalidade de jogador vencedor. No ano do 40.º aniversário da presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa, o treinador campeão e a sua equipa, os respetivos staffs e adeptos, deram uma das maiores prendas ao presidente: mais um título sem dúvidas, nem casos obscuros, apenas mérito e excelência. Agora falta o jogo da consagração no Dragão contra o Estoril e certamente Sérgio pretenderá conseguir ultrapassar os 90 pontos na tabela classificativa. Os jogadores valiosos podem ser importantes, contudo os que acrescentam qualidade, entrega e dedicação ao clube, com humildade e profissionalismo, são o melhor património que um clube pode ambicionar. Acabado o campeonato seguir-se-á a final da Taça de Portugal, opondo o campeão FC Porto ao Tondela, no jogo que representa a festa maior do nosso futebol.
REMATE FINAL
FC Porto: campeão nacional com justiça! Parabéns ao universo portista! Sérgio Conceição, uma mais-valia do clube, do futebol nacional e mundial, como treinador, chegou ao FC Porto em 01/07/2017. Antes do último jogo, com o Estoril no Dragão, lidera a classificação com 88 pontos, 33 jogos, 28 vitórias, 4 empates e 1 derrota (em Braga, com Hugo Miguel, como árbitro). FC Porto marcou 84 golos e sofreu 22 golos. O melhor marcador do clube, nesta época, foi Taremi com 20 golos obtidos. FC Porto também participou na Champions League. Um clube que conquistou 30 campeonatos, 17 Taças de Portugal, 22 Supertaças, 2 Taças da Liga dos Campeões, 2 Taças UEFA/Liga Europa, 1 Supertaça Europeia, 2 Taças Intercontinentais, é uma honra também para o futebol português! No próximo dia 15 de Maio, no Dragão, FC do Porto defronta, no último jogo do campeonato, o Estoril Praia.
Presidente do FC do Porto, no final do jogo afirmou: «Sérgio ainda tem muito a vencer neste clube.»
O treinador de futebol João Henriques afirmou: “O FC Porto perdeu o melhor jogador do campeonato e a equipa conseguiu esconder essa perda.» De facto, Luis Díaz potenciou o Liverpool e Sérgio Conceição criou alternativas eficazes.
José Mourinho emocionou-se ao confirmar a presença da Roma na final da Liga Conferência. O português é o primeiro treinador a estar presente em todas as finais europeias, juntando esta à Liga dos Campeões (FC Porto e Inter), Taça UEFA (FC Porto) e Liga Europa (Manchester United).