UGARTE. Em Alvalade, a julgar pelas notícias, já se fazem contas aos milhões e Rúben Amorim também as fará à vida. Não só pode estar em vias de perder um dos melhores como terá de mexer, uma vez mais, no duplo-pivot. Depois de uma temporada aquém das expectativas, que nem sequer trará o retorno do capital da entrada na Champions para que possa ser reaplicado no plantel, os leões correm o risco de verem disparar distâncias para os rivais, com um SC Braga a querer tornar-se ainda mais sólido na candidatura ao título. João Neves. Depois da estreia a titular, os mesmos que se queixavam da falta de rotação sentenciaram que o miúdo não iria ser titular em Barcelos. Só que Schmidt manteve a sua e pode ter ganho elemento importante para o que resta da temporada. Já era altura de se deixar de avaliar competências pela idade. A inteligência é bem mais importante do que a experiência na tomada de decisão. Pressão. Se o SC Braga estivesse na posição de Benfica e FC Porto provavelmente também sentiria as mesmas dificuldades para ganhar jogos. Percebe-se que está mais solto e que a bola pesa mesmo muito em algumas unidades dos candidatos mais fortes. No entanto, o Benfica-SC Braga, ao contrário do que se tem vendido, será de um contexto especial e não mexe apenas com os encarnados. Os arsenalistas sabem que, para concretizarem o sonho, vão ter de vencer. E essa é uma realidade que enfrentam pela primeira vez esta temporada. O que não quer dizer, contudo, que serão as águias a prevalecer. É jogo para quem tiver mais estofo. Um grande jogo. O Nápoles está muito perto da festa 33 anos depois. Podia ter sido este fim de semana, mas Paulo Sousa escondeu os foguetes. Depois do título de campeão do mundo da Argentina, Maradona tem de estar outra vez a mexer os cordelinhos, agora junto dos deuses do futebol.
