Capital Mundial do Desporto 2027 — um desígnio de Porto e Gaia

A candidatura portuguesa a capital mundial do Desporto em 2027 assenta em três pressupostos: a excelência, a inlusão e a inovação. Por uma comunidade mais sustentável

Um desafio que une Porto e Gaia, mas que se estende para além dos seus territórios. Um esforço de convergência que deve envolver toda a região e mobilizar as autarquias adjacentes, entidades públicas e privadas, clubes desportivos, empresas e sociedade civil. Todos implicados num objetivo comum: transformar Porto e Gaia na capital mundial do desporto em 2027.

A candidatura é, desde logo, uma oportunidade para mostrar o que de bem se tem feito no desenvolvimento desportivo nas duas cidades ao longo dos últimos 10 anos. São 57 milhões de euros de investimento, dos respetivos orçamentos municipais, direcionados para a construção e modernização de equipamentos, em programas de apoio e desenvolvimento de atletas, ao suporte financeiro de clubes e associações locais e em incentivos para a dinamização de eventos desportivos. Aliados a uma aposta igualmente considerável na vertente da responsabilidade social e das políticas públicas de inclusão. Fomentar a prática desportiva enquanto compromisso agregador, que soma e acrescenta à vida em comunidade, e que pretende esbater diferenças e desigualdades sociais, culturais e no acesso à educação. O desporto como uma família que está sempre presente, que a todos acolhe, tendo em vista a prossecução de uma comunidade mais saudável, menos desigual e mais sustentável.

A candidatura portuguesa a Capital Mundial do Desporto 2027, assenta em três vetores estratégicos: a excelência, a inclusão e a inovação. As duas cidades afirmam-se no contexto nacional e internacional como um hub transversal, onde a tradição se alia à modernidade, onde a excelência e o mérito são fatores promotores de inclusão social e onde a relação próxima com o desporto, e o incentivo generalizado à prática de atividade desportiva, se transforma num ensinamento legado às gerações vindouras.

Porto e Gaia, que disputam com Buenos Aires a atribuição desta distinção, dispõem de uma plêiade de equipamentos desportivos — desde campos, pavilhões, piscinas — para fruição e uso público. Para além do acervo de infraestruturas, ambas as cidades promovem, em articulação estratégica e conjugação de vontades, uma política de democratização no acesso à prática de exercício físico, com a adoção de medidas que estimulam o envolvimento, sem restrições ou impedimentos, da generalidade da população, independentemente da sua condição social, género, situação económica ou condicionalismos de ordem física ou intelectual. Desporto com todos e disponível a todos. Sem fronteiras, barreiras ou discriminações.

No desporto adaptado, onde atualmente já é garantida a isenção de taxas de utilização das instalações desportivas e onde são assegurados os apoios financeiros necessários para que os atletas possam bater-se de igual para igual, a nível nacional e internacional. No desporto feminino, onde são asseguradas as inscrições das atletas em todos os escalões de competição tendo em vista a dinamização e o crescimento das diversas modalidades. No desporto sénior, onde a promoção de qualidade de vida e o envelhecimento ativo são elementos essenciais para garantir maior longevidade, com menos riscos e problemas de saúde.

A dimensão inclusiva é provavelmente o pilar fundamental da candidatura, sendo visível na vasta oferta de programas que garante o acesso à prática de exercício físico a todas as faixas etárias e contextos socioeconómicos. Dois bons exemplos que neste âmbito merecem destaque são o programa Desporto no Bairro — que, na cidade do Porto, dinamiza a atividade desportiva junto de crianças e jovens oriundos de contextos sociais mais desafiantes, proporcionando-lhes oportunidades de desenvolvimento e crescimento pessoal — e, em Gaia, a Escola Municipal de Futebol, que fomenta o desenvolvimento de valores essenciais como o espírito de equipa, a disciplina e o sentido de partilha, dimensões essenciais na formação da personalidade nos segmentos da população mais jovem.

Com conhecimento e experiência sólida na promoção e organização de grandes eventos desportivos, as duas cidades já demonstraram no passado a capacidade de transformar, com competência e dinamismo, o grande Porto, num grande palco de competições de dimensão internacional. São, aliás, disso bons exemplos a final da Liga das Nações em 2019, a final da Liga dos Campeões em 2021, a final- four da Liga dos Campeões de hóquei em patins no Super Bock Arena em 2024, ou o Campeonato do Mundo de Vela em 2021. Eventos marcantes para a região, bem-sucedidos, que atestam a solidez da atual candidatura portuguesa.

Por todas as razões, Gaia e Porto merecem ver reconhecido todo o empenho que depositaram na apresentação dos pressupostos da candidatura e devem contar com apoio comprometido do governo central e a mobilização empenhada da sociedade civil. Pelo Porto, por Gaia e pela região Norte

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Nuno Espírito Santo e o Nottingham Forest: na Premier League, a equipa liderada por Nuno Espírito Santo vai demonstrando, jogo após jogo, os argumentos que sustentam a época verdadeiramente extraordinária que está a realizar. Com o acesso direto à Liga dos Campeões praticamente assegurado e num confortável terceiro lugar, o Forest continua a demonstrar que aliar a competência técnica a um lote de atletas comprometidos é meio caminho para alcançar o sucesso. Bravo!