Calças, luvas e casacos
1 - Marcel Keizer não tinha Bas Dost para Tondela, Montero regressava após cinco semanas de paragem, mas deixou Luiz Phellype, contratado ao Paços de Ferreira, em Lisboa. Nos minutos finais, quando tentava chegar ao empate, colocou os três centrais na frente de ataque. É a mesma coisa que nestes dias de frio me terem dado um gorro novo pelo Natal, cuja cor não agrada por aí além, deixá-lo no armário e quando tiver frio, tirar as meias e as calças e tentar enfiá-las pela cabeça. Faz o mesmo sentido e as probabilidades de apanhar uma valente constipação são muitas. Como se viu no caso do Sporting.
2 - O FC Porto sentiu que se podia constipar caso não tapasse bem o setor mais recuado e contratou Pepe, o que deverá implicar, caso o brasileiro fique, a deslocação de Éder Militão para o lado direito da defesa, com o internacional português a fazer companhia a Felipe no centro da defesa. Poderia fazer mais sentido contratar um lateral direito para fazer concorrência a Maxi Pereira, mas neste caso não será colocar as calças na cabeça mas tapar as mãos com um casaco comprido. Não será o ideal, mas as probabilidades de se apanhar uma gripe são poucas.
3 - Luís Filipe Vieira recusou vender o passe de Jonas no mercado de verão e, apesar de já estar um pouco gasto, quis continuar com o seu vison mais bonito, renovando-lhe o contrato até 2020. O casaco gigantesco do brasileiro aquece os adeptos, os treinadores e a Direção mas, com tantas lavagens, tem encolhido cada vez mais e o Benfica constipa-se com frequência. Quando assim é, o melhor será trocar de casaco ou comprar outro, de preferência com a mesma eficácia. Na certeza de que será preciso gastar dinheiro, porque não é fácil nem muito frequente encontrar nos restos de coleção - Jonas estava livre após ter rescindido contrato com o Valência - tanta qualidade como a do brasileiro.