Análise Arthur volta a ser nome de rei e a Luz presta-lhe vassalagem
Águias voam até ao primeiro lugar com exibição sólida; brasileiro marca e joga bem; FC Porto mais longe, SC Braga mantém 4.º lugar
Roger Schmidt justificou que Kokçu e João Mário precisavam de descansar para explicar as presenças de Florentino no lugar do turco e de Aursnes a ocupar a posição que tem sido do português, abrindo-se assim espaço para o regresso de Bah à titularidade. A verdade é que fosse por gestão física ou por afinação tática, o Benfica apresentou um onze mais equilibrado e realizou uma exibição de controlo absoluto diante de um Gil Vicente sem soluções.
Arthur Cabral marcou e assinou um bom jogo, que não é mais do que a continuação das últimas partidas. A Luz aplaudiu-o com entusiasmo quando saiu e as nuvens negras que pairavam sobre a sua cabeça parecem dissipadas, mesmo com um concorrente à altura como é Marcos Leonardo. Até já terá moral suficiente, se o quiser fazer, para perguntar: quem é o Rei agora, amigos?
Também o Benfica assume o primeiro lugar, aproveitando a não realização do Famalicão-Sporting. É o 7.º triunfo consecutivo na Liga, e o ganhar de fôlego para um calendário que vai apertar.
O FC Porto deu um passo atrás depois de vários em frente. Diante de um Rio Ave que só conseguiu colocar em campo organização defensiva, os portistas lançaram ondas de ataque que se extinguiam antes de obrigar Jhonatan a defender. As poucas oportunidades criadas com o novo modelo talvez sejam ainda pior notícia do que o resultado, que não deixa de afastar ainda mais os dragões do Benfica e, eventualmente, do Sporting, se vencer o Famalicão.
O SC Braga resiste no 4.º lugar, pressionado pelo rival V. Guimarães. O Arouca soma o terceiro triunfo seguido e sobe até ao 8.º lugar, com os sinais negativos a vir de E. Amadora (7 jogos sem ganhar), Chaves (8) e Vizela (9).