Fórmula 1 Talvez 12 equipas em 2026!
O Mundial de Fórmula 1, cumprida a ronda 12 de 2023, que tem 22 corridas no calendário, parou para férias, encontrando-se o regresso à competição marcado apenas para 27 de agosto, com o Grande Prémio dos Países Baixos, no circuito de Zandvoort, ‘casa’ do bicampeão em título e líder destacadíssimo do campeonato, Max Verstappen, que somou a oitava vitória consecutiva e a décima da temporada, este domingo, em Spa-Francorchamps, na Bélgica.
A paragem num Mundial tão intenso, com grande prémio após grande prémio, cria oportunidade temporal para analisar mais e melhor o potencial de crescimento da grelha de partida, por existir a possibilidade de somar-lhe duas equipas a partir de 2026, ano da introdução de geração nova de motorizações híbridas na Fórmula 1. A Federação Internacional do Automóvel (FIA) é adepta da ideia, mas a promotora do campeonato, a norte-americana Liberty Media, que também tem simpatia pela hipótese, confronta-se com o «não» das 10 escuderias que competem no campeonato.
Este fim de semana, Mohammed Ben Sulayen, presidente da FIA, admitiu outra vez que o organismo está a estudar, seriamente, a inclusão de equipas novas no Mundial, no máximo de duas, por existir um limite de 12 inscrito no regulamento da categoria. «Não pretendemos excluir nenhuma candidatura sem analisarmos tudo, incluindo os prós e os contras da expansão. A Fórmula 1 ganha se contar com melhores equipas e, sobretudo, melhores fabricantes», disse.
Este fim de semana, em Londres, nas rondas finais da temporada na Fórmula E, Michael Andretti, que comemorou a vitória do britânico Jake Dennis no Mundial de Pilotos, teve oportunidade de comentar as palavras de Bem Sulayen, que interpretou como «abertura das portas da Fórmula 1» ao interesse da escuderia norte-americana que lidera. Apoia-o a Cadillac, marca integrada no consórcio General Motors. A candidatura foi anunciada a 5 de janeiro, não muito tempo depois de conhecer-se a associação da Audi à Sauber com concretização confirmada para o final da temporada, depois do fim da ligação da equipa suíça à italiana Alfa Romeo.
Outra interessada na Fórmula 1 é a britânica Hitech, que compete, atualmente, nas três categorias abaixo do topo da competição automóvel: Fórmula 2, Fórmula 3 e Fórmula 4. A equipa é financiada por dinheiro do Cazaquistão, o que tem alimentado polémica(s). Mas, também neste caso, Ben Sulayen disponível para… estudar. «Temos tempo, não devemos nem podemos precipitar-nos! Todos conhecem as posições da FIA, reunimos com os interessados, analisámos os pedidos e a decisão será conhecida até ao início de setembro», concluiu o presidente da FIA.
A Liberty Media, neste tema, coloca-se do lado das equipas que competem no Mundial. A detentora dos direitos da Fórmula 1 admite o interesse no crescimento das grelhas de partida, se os candidatos somarem valor ao campeonato, o que pressupõe, igualmente, a disponibilidade de (mais) dinheiro. Em contrapartida, as escuderias, confrontadas com a possibilidade de contarem com rivais novos, reagem mal, por não pretenderem dividir o bolo financeiro atual, o que significaria menos receitas.
«Não antecipo nada. Respeitamos o processo iniciado pela FIA. Anunciam-se conclusões para breve e estou convencido que escolheremos o mais correto para o negócio e a sustentabilidade financeira do desporto. Este tipo de decisões exige consensos», disse Stefano Domenicali, ‘patrão’ da Fórmula 1.