Miguel Oliveira termina GP Alemanha em 6.º, Pecco Bagnaia foi o vencedor
Jorge Martín e Miguel Oliveira logo atrás nas primeiras voltas do GP Alemanha
Foto: IMAGO

Miguel Oliveira termina GP Alemanha em 6.º, Pecco Bagnaia foi o vencedor

MOTO GP07.07.202413:43

Piloto português chegou a estar alguns metros na liderança, mas acabou não resistir ao poderio das Ducati

Miguel Oliveira conseguiu o melhor resultado da temporada ao ser 6.º classificado no GP da Alemanha, não resistindo às Ducatis que ocuparam o Top 5 e só não fizeram o pleno porque, a duas voltas do fim, o espanhol Jorge Martín, que liderava desde o arranque, caiu. O primeiro lugar ficou entregue a Pecco Bagnaia que, além de ter alcançado o primeiro triunfo da carreira em Sachsenring, ainda saltou para o primeiro lugar do Mundial de pilotos.

O segundo piloto a ver a bandeira de xadrez nas mãos do ator Keanu Reeves foi um surpreendente Marc Marquez, que saiu do 13.º lugar depois de um fim de semana atribulado que o levou até ao centro médico. O espanhol, que já venceu 11 vezes no circuito alemão, só não teve tempo para chegar ao bicampeão mundial, Bagnaia, que vai agora gozar a pausa de verão do Mundial – o próximo GP será em Silverstone a 4 de agosto – confortavelmente instalado no topo. Pecco fez a reta da meta toda a correr, saiu de pista e foi entregar os protetores dos joelhos a duas crianças que tinham um enorme cartaz a pedir-lhe uma recordação.

O pódio fechou-se com Alex Marquez e a festa dos manos. «Foi espetacular, dei tudo, esperava que o Miguel estivesse um pouco mais rápido. Estou muito contente, foi uma recuperação fantástica, mas tive de trabalhar muito», constatou o terceiro classificado.

O mano mais velho Marc Marquez estava sorridente e tinha todas as razões para tal, elogiando a equipa, a Gresini, que colocou dois pilotos no pódio. «Obrigada Sachsenring, foi um fim de semana espetacular. Hoje, senti-me bem, vim passo a passo e, depois do toque com Morbidelli, pensei ‘Ok, chegou a hora de atacar’. Estar no pódio com o meu irmão é fantástico!»

Melhor só mesmo para o italiano da Ducati, que viu a vitória cair-lhe nas mãos a duas voltas do final e nem queria acreditar: «Não foi fácil, tentei estar na liderança, mas pensei ‘ vou esperar pelo final para pressionar’. Quando comecei a fazê-lo, Martin começou a cometer erros e quando vi que ele caiu nem queria acreditar. É a minha primeira vitória aqui, estou muito feliz.»

Este é o melhor resultado de Miguel Oliveira num Grande Prémio esta época, sem contar com a corrida sprint.
O português, possivelmente pensando numa gestão mais cuidadosa dos pneus, preferiu ser menos ousado e foi caindo posições – e ficou atrás de Alex Márquez, após cinco voltas. Na volta 7, na tentativa de ultrapassagem de Viñales o espanhol acabou na gravilha, deixando o português entre os irmãos Márquez durante várias voltas, até ser passado pelo ex-campeão do mundo. E por Bastiannini pouco depois.
Se a perda de posições era frustrante, a realidade é que não teria ritmo para acompanhar as Ducati e, por outro lado, a ameaça mais próxima estava a cinco segundos nas mãos do seu colega de equipa, Raúl Fernández.

Por isso, Miguel Oliveira fez e bem o que podia, gerir e assistir ao animado duelo lá na frente.