Miguel Oliveira e a (nova) pista da Índia: «Divertida mas quente»
Em estreia no Mundial de velocidade, circuito internacional de Buddh é palco, este sábado (11 horas), da corrida 'sprint'
«Divertida de conduzir, mesmo que um pouco quente», comentou Miguel Oliveira (Aprilia) sobre a pista internacional de Buddh, em Greater Noida, Utar Pradexe, próximo de Deli, em estreia no calendário do motociclismo, após concluir longe da frente, no 17.º lugar, os dois treinos cronometrados desta sexta-feira para o inédito Grande Prémio da Índia de MotoGP, 13.ª prova do Mundial de velocidade marcada para domingo, às 11 horas de Lisboa (15.30 h locais).
Um traçado de 5.01 quilómetros que o italiano Luca Marini (Ducati) completou em 1.44,782 minutos, melhor tempo e recorde do circuito, a superar por oito milésimas de segundo o de Jorge Martín (Ducati) e por 51 o também espanhol Aleix Espargaró (Aprilia), segundo e terceiro classificados, respetivamente.
«A sessão da manhã foi um pouco difícil. Acho que falhámos o vértice em todas as curvas. Para ser sincero, estávamos à espera de que a pista fosse um pouco mais rápida. Achei-a bastante estreita e algo difícil de perceber as marcas de travagem. No geral, a tarde já foi um pouco mais divertida e a pista também esteve melhor. Divertida de conduzir, mesmo que um pouco quente», transmitiu o almadense que, como a maioria dos restantes pilotos, teve as primeiras voltas canceladas, razão de ter tido mais de uma hora de sessão, de manhã e à tarde.
Discutirá a primeira fase de qualificação (Q1) este sábado bem cedo, a partir das 6.50 horas (11.20 locais), na disputa por um dos dois lugares de acesso à Q2, agendada para as 7.15 h (11.45 h), enquanto a corrida sprint acontece pouco depois, às 11 horas (15.30 h locais).
Do novo traçado Miguel Oliveira, 13.º classificado (65 pontos) no Mundial de pilotos, liderado pelo italiano Francesco Bagnaia (Ducati), mas hoje apenas com o 7.º tempo do dia, destacou a complexidade da primeira curva: «É muito estreita na saída, de 90 graus, portanto só tem uma linha, nada fácil. Além de que é ligeiramente a descer e depois a subir, um autêntico pesadelo.»
E também as razões de preferir a curva 9/10. «É divertida de se fazer. Não se vê a entrada, o apex [ponto mais interior] é feito muito, muito tarde, por isso é preciso levar muita velocidade a entrar e depois confiar que a pista segura a moto e fazê-la virar», revelou o n.º 88 da RNF Aprilia.