João Ferreira teve o melhor dia no Dakar 2025. E pela importância de um segundo lugar em etapa na categoria principal dos automóveis na competição, não será demasiado afirmar que é o momento mais relevante do piloto português e do seu navegador Filipe Palmeiro em três participações na prova mítica do todo-o-terreno mundial. Depois de cinco vitórias em etapas em 2023 e 2024 nas classes (T4 e T3) de veículos ligeiros e do quinto lugar na etapa 3 na corrente edição, João Ferreira obteve este sábado a segunda posição na etapa seis e reentrou no top-10 da classificação geral, no nono lugar. O leiriense, em Mini JCW 3.0 D, teve mais um desempenho rápido e consistente para terminar a jornada a 1.34 minutos do seu companheiro de equipa na X-Raid e vencedor da etapa, Guillaume de Mevius. O belga, que alcançou o seu segundo sucesso em etapas no Dakar (venceu na edição de 2024), acabou com a série vitoriosa da Toyota, que não colocou nenhum dos seus carros no pódio, que ficou fechado com a terceira posição de Nasser Al Attiyah, em Dacia Sandrider. «Fizemos uma etapa com ritmo muito bom, aproveitando bem a posição de partida mais atrás. Fomos consistentes e apenas batidos pelo nosso companheiro de equipa, que foi segundo classificado no Dakar 2024. (...) Amanhã [domingo] é muito possível que, arrancando do segundo lugar, tenhamos alguma dificuldade em impor o nosso ritmo, mas o Dakar é isto mesmo», declarou após a etapa João Ferreira, que subiu da 11.ª para a 9.ª posição, a 1:47.13 horas do líder, o sul-africano Henk Lategan, em Toyota da Gazoo Racing. Após a etapa seis, e a faltarem o mesmo número por disputar (a prova termina do próximo dia 17), Lategan tem 7.16 minutos de vantagem sobre saudita Yazeed Al Rajhi (Toyota Overdrive), segundo classificado, e 22.27 minutos sobre Mattias Ekstrom (Ford), terceiro. Al-Attiyah (Dacia) continua a recuperar tempo para o topo (nesta etapa cerca de cinco minutos), mas encontra-se ainda a mais de meia-hora de atraso do primeiro (30.25 m), na quarta posição. Motos: Rui Gonçalves 16.º na etapa Entre as motos, Ross Branch (Hero) teve de ser resgatado de helicóptero, após uma queda ao quilómetro 48, depois de ser vice-campeão em 2024, com o norte-americano Ricky Brabec (Honda) no topo da tirada e o australiano Daniel Sanders (KTM) na frente da geral. O português Rui Gonçalves (Sherco) continuou entre os melhores, com o 16.º posto na tirada, ocupando o 13.º posto na geral, em que Bruno Santos (Husqvarna) é 52.º. O salto de Gonçalves, de 19.º para 13.º, coloca-o agora a 2:12.52 horas do líder, a pouco menos de uma hora do top 10. Nos SSV, Alexandre Pinto e Bernardo Oliveira (Old Friends) caíram para o quarto posto, com João Monteiro (South Racing) a fechar o top-10, recuperando duas posições em relação à quinta etapa. No domingo, os concorrentes cobrem uma distância de 709 quilómetros na sétima etapa, em Al Duwadimi.
