De acordo com a imprensa austríaca, a KTM está a planear retirar-se do MotoGP no final de 2026 como parte do processo de reestruturação em curso, devido aos mais de 3 mil milhões de euros em dívidas. Apesar do vice-presidente do Grupo ter afirmado, em novembro, que «a KTM é inimaginável sem competição», a realidade é que nenhum plano foi apresentado para o próximo ano e se não conseguir resolver o problema de excesso stocks - milhares de motos que não foram vendidas - e uma injeção de capital de «três dígitos» o futuro de Brad Binder, Viñales, Bastianini e Acosta pode mesmo estar em risco. O jornal austríaco Der Standard sugere que a saída da KTM do MotoGP está alinhada com o fim do atual contrato com a Dorna Sports, mas que a administração vê isto como uma medida de redução de custos, dado que as projeções indicam uma poupança anual de 46 milhões de euros por equipa. É certo que o interesse dos investidores aumentou, esperando-se ofertas que totalizam 700 milhões de euros até janeiro, mas as esperanças recaem agora sobre Lewis Hamilton. O novo piloto da Ferrari é um apaixonado pelo MotoGP e em 2024 chegou a assumir o seu interesse em tornar-se acionista de uma equipa, embora na altura se estivesse a referir a Gresini de Marc Márquez. Contudo, esta semana, Pit Beirer, chefe da KTM Motorsports, disse à Speedweek que de facto existiam conversas com o britânico. «Não é segredo que Lewis Hamilton está interessado na MotoGP e está a pensar em ter a sua própria equipa. Tivemos discussões concretas a esse respeito. Tudo o que posso dizer é que tivemos algumas discussões muito interessantes com sua empresa», disse, ignorando que o principal patrocinador de Hamilton é a Monster Energy e que a KTM tem uma ligação umbilical à Red Bull. «Temos de ser criativos. Estamos convencidos de que poderemos fazer alguns anúncios interessantes antes do início da temporada. Até lá, precisamos de continuar a trabalhar neste projeto», concluiu.
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