Carlos Sainz abandonou a edição de 2025 do Rali Dakar em consequência dos estragos no seu Ford Raptor causados pelo capotamento durante a segunda etapa, a de maratona de 48 horas e quase 1000 quilómetros. O carro do espanhol, quatro vezes vencedor do Dakar, capotou após um salto numa duna, ao km 327 da etapa, no domingo, causando estragos graves na carroçaria, que não impediram o piloto de chegar ao acampamento nesse dia, final da primeira parte da etapa (626 km). Esta segunda-feira, apesar de não podido dispor de assistência técnica (não permitida na etapa maratona) e de ter enfrentado problemas de navegação e um furo, Sainz concluiu a etapa, perdendo, no total, uma hora e 35 minutos para os primeiros classificados, e todas as hipóteses de repetir a vitória de 2024. Todavia, o veterano piloto, de 62 anos, afirmava-se preparado para continuar em prova, em apoio aos seus companheiros de equipa. Contudo, após normativas verificações técnicas ao Ford Raptor, os comissários da FIA decidiram que o veículo tem danos irreparáveis na estrutura de proteção do cockpit (gaiola de proteção). Qualquer deformação que exceda o limite estabelecido pelo regulamento poderá ter graves repercussões em caso de repetição do acidente - e a estrutura pode não ser suficientemente segura para proteger o piloto e o navegador. Ainda segundo os regulamentos, não pode ser feita qualquer reparação nesta peça, e a Ford emitiu um comunicado confirmando o motivo da desistência Carlos Sainz, na primeira participação no Dakar com a estreante equipa do construtor norte-americano, que já tinha perdido Nani Roma para a classificação geral nesta segunda etapa, devido a um problema no motor. No entanto, o espanhol poderá retomar o rali na etapa 3, hoje, depois das reparações necessárias no seu Ford Raptor. O melhor representante da marca da oval azul é agora o sueco Mattias Ekstrom, em quinto lugar, 13 minutos do líder da geral Henk Lategan, da Toyota.